quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Eu preciso de tudo isso?



“As roupas com detalhe em franjas estão super em alta, eu ainda não tenho nenhuma peça”, “Menina, você viu o floral voltou com tudo. Eu preciso urgente de uma roupa deste tecido”

Que atire a primeira pedra a mulher que nunca pronunciou uma das expressões acima. Chegamos ao final de mais um ano, neste período a movimentação nas lojas e shoppings aumentam. A intenção é garantir a compra das roupas a serem usadas nas festas e reuniões de fim de ano. As mulheres amam ir às compras, e esse amor muitas vezes acaba por leva-las a compras desnecessárias, afinal que mulher nunca comprou uma blusa sem necessidade, porque achou linda ou porque estava numa promoção e quando chegou em casa a guardou no armário e nunca vestiu? O problema é afirmar quando for sair que não tem o que vestir. O marido ou os filhos piram neste momento: “Como assim, com um guarda-roupa cheio de roupas, você não tem o que vestir?”.  


Isso se dá a uma necessidade da maioria das mulheres de consumir. No mundo onde a publicidade está estampada até no saco de pão, o cérebro está condicionado ao consumo e isso tem se tornado um problema sério principalmente no que se refere a vestuário e moda. 


Eu fiz um propósito de me conter as compras de roupas por um período determinado. Vi que consumia para viver e não o contrário. Nessa experiência tive a alegria de conhecer melhor o meu guarda roupa, deparei-me com roupas que estavam guardadas e que não eram usadas há anos. Percebi que é possível extrair o novo do velho, basta apenas mudarmos a nossa forma de olhar para ele. Com isso descobri um ponto fraco da moda: ela não é tão inovadora quanto aparenta ser. Tire alguns minutos ou horas (o que vai determinar vai ser o tamanho do seu guarda roupas) para organizar suas roupas e atenciosamente verá peças de renda, animal print que você comprou anos atrás, depois dê uma voltinha e repare as vitrines das lojas. Pouca coisa mudou, não é mesmo? 


Antes que os meus amigos e conhecidos que tem lojas de roupas comecem a se irritar comigo já vou logo afirmando, este post não tem intenção de induzir as mulheres a não comprar roupas, mas sim, a consumir de uma forma mais consciente e proveitosa. Para ajuda-las nessa missão ouvi a consultora de moda, Thalita Siqueira, que trouxe dicas de como vestir-se com estilo sem haver necessidade de fazer estoque de roupas.

De acordo com a consultora o maior e principal erro cometido pelas mulheres é o de serem vítimas da moda, usando todas as tendências sem ser fiel ao seu estilo. “Antes de sair comprando tudo o que está na vitrine é necessário relevar dois pontos: o primeiro deles é conhecer o seu biótipo e o segundo é identificar o seu estilo e imprimir sua personalidade no mesmo”. 


Antes de seguirmos com as dicas, Thalita cita a diferença entre moda e tendência que muitos pensam se tratar da mesma coisa. “Moda é atitude e comportamento, em relação a roupa é o que determinado grupo social está usando, é aquilo que você vê em todo lugar. Tendência é algo que ainda virá a ser moda ou seja, ainda não caiu no gosto popular e certamente cairá” frisa a consultora. 


“A moda está muito democrática e popular, não precisa ser algo caro para ser elegante, mas é importante levar em consideração o custo benefício da peça, pois o barato também pode sair caro” pontuou a consultora referindo-se a alguns erros que algumas mulheres cometem em comprar diversas peças de uma qualidade inferior, podendo reverter o investimento a uma única peça com uma qualidade superior e que poderá ter mais utilidade.  


Existem peças que nunca saem de moda, são chamadas no mundo da moda de “curingas”. De acordo com Thalita a opção por essas peças é uma maneira inteligente da mulher estar segura na hora de montar um look para ir a qualquer lugar. “Uma boa calça jeans de lavagem escura e corte reto, uma camisa branca social, um pretinho básico, um maxi colar, uma calça de alfaiataria e uma bolsa preta média de boa qualidade são as principais peças que toda mulher deve ter no seu guarda roupas”. Ela lembra às mulheres a tomar cuidados com alguns erros cometidos numa produção “Roupas muito justas ao corpo ou muito folgadas devem ser evitadas, as roupas devem acompanhar o desenho do corpo destacando apenas a feminilidade e lembrando a todos a graça de ser mulher”. 


Thalita estende o cuidado também para que na tentativa de imprimir uma sensualidade no vestir, a mulher não caia no erro de tornar o look em um vestuário vulgar, pois se trata de uma linha muito tênue. “A mulher precisa entender que ela não é um produto, ela tem que mostrar sua força e feminilidade em um único look. Lembrando que a verdadeira elegância não está somente no modo de vestir, mas também no modo de falar, agir, andar e se comportar”. 


E aquelas que vão às compras neste final de ano a consultora dá dicas das peças que podem ser escolhidas. “Como todo final de ano os paetês, brilhos, bordados e rendas são excelentes opções. As cores alegres são a cara do verão e para inovar estampas que lembrem a fauna e a flora brasileira. Lembrando que preto e branco e animal print nunca saem de moda” finaliza Thalita Siqueira.

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