terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Gratidão - A chave que abre o coração de Deus




"Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ações de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.” Filipenses 4:6-7

Já entramos na contagem regressiva para o próximo ano. Muitas pessoas ao escrever datas já nem mencionam mais o ano de 2014, pois já estão com o pensamento em 2015. Nessa época as listas com projetos e metas a serem alcançadas no ano que virá são muito comuns, muitos começam o planejamento para viver um ano com mais tranquilidade e com mais conquistas. E assim enchemos os nossos corações de esperança e se o ano que se encerra foi considerado trágico então, aí é que aumentam as expectativas para o ano seguinte. O post de hoje quer falar com você que está com caneta e papel na mão para fazer sua lista de 2015. Antes de apresentar seus pedidos a Deus vamos falar de uma coisa que muito agrada ao Senhor: a gratidão.   

A gratidão muda o cenário de nossas vidas. Sem gratidão buscamos as realizações com um coração vazio, pois se não sabemos ser grato ao que temos como sentiremos motivados a alcançar novidades em nossas vidas. Se formos ingratos reclamando do que nos falta e do quão pouco temos, não teremos alegria e viveremos frustrados. A frustração tapa os olhos e impede-nos de contemplar as bênçãos de Deus em nossas vidas. E então não podemos tomar posse daquilo que não reconhecemos. A gratidão é a chave que abre o coração de Deus, um coração onde habita a ingratidão entristece o coração do Senhor e bloqueia as bênçãos em nossa vida, afinal, porque Deus daria mais uma benção em sua vida só para você ter mais um motivo para murmurar? “Em tudo daí graças porque esta é a vontade de Deus” (I Tessalonicenses 5:18). Deus ama ver em Seus filhos atitudes de gratidão.    

O meu apostolo Sérgio Paulo Guimarães em suas ministrações sobre gratidão conta uma história de uma de suas viagens a Israel. Sempre que ele viaja à terra de Jesus ele traz lembrancinhas para presentear alguns irmãos que não puderam ir. Quando ele entrega um chaveirinho como presente da viagem, algumas pessoas recebem e mostram-se insatisfeitas pela simplicidade do presente, chegam a  esboçar um sorriso “meia boca”, e um muito obrigado muito “chocho”, como dizem em minha terra. Já outras, antes mesmo de saber qual é o presente já agradecem pelo simples fato de ter sido lembradas, e vendo então que se trata de um chaveiro já começa a glorificar a Deus profetizando a casa própria ou um carro novo. Qual desses dois perfis de pessoas o apóstolo lembrará em sua próxima viagem? Como ele mesmo diz: “Quem celebra tem direito a retorno”. O nome disso é gratidão. Quando Deus vê que apreciamos verdadeiramente e somos gratos pelas grandes e pequenas coisas, Ele se inclina a nos abençoar ainda mais.     

Temos mais facilidade em pedir do que em agradecer. As orações de petições superam as de ações de graças, a dedicação com jejuns com a finalidade de se obter uma bênção é mais comum do que a dedicação com jejuns de gratidão. No livro de Filipenses 4:6 está escrito “Não estejais inquietos por coisa alguma, antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica com ação de graças”. Inicie suas orações agradecendo, são tantos os motivos para agradecer, o fôlego de vida, a saúde, a misericórdia de Deus que não nos deixa ser consumidos, a Sua maravilhosa graça que nos permite ter aquilo do qual não somos merecedores, o Seu amor, e a própria salvação. Independente do que formos pedir as ações de graças devem sempre vir primeiro.

Convido lhe a um desafio no último dia do ano, antes de celebrar o ano que virá agradeça ao Senhor pelo ano que passou. Liste 12 motivos de agradecimento por coisas que lhe aconteceu neste ano de 2014 (se quiser pode colocar mais, só não pode ser um número inferior a este). Se você tiver dificuldades em demonstrar gratidão terá dificuldades em fazer esta lista, mas não se preocupe peça ao Senhor que lhe faça enxergar o que houve de melhor este ano em sua vida, liste tudo, até mesmo as provações, coisas que lhe trouxeram crescimento, amadurecimento e por fim as conquistas ou bens adquiridos. E comprometa-se a passar o último dia do ano sem pronunciar uma palavra de murmuração em todas as situações seja ela qual for. Diga sempre palavras de gratidão e não de reclamação. Parece ser um exercício simples, porém muito desafiador, pois dependendo da sua conduta, ele lhe causará desconforto nos primeiros momentos, mas não desista, só há mudança quando há confrontos internos. Se você estender este exercício por mais uma semana verá um resultado surpreendente. Você se tornará extravagantemente grato e verá sua intimidade com o Senhor aumentar enquanto Ele derramará bênçãos maiores em sua vida. Seu senso de realização pessoal está relacionado à sua motivação pelas conquistas que já teve em sua vida. Se você não honrar e agradecer ao Senhor pelo que tem não multiplicará e não frutificará, pois essas são as recompensas de quem tem um coração grato. Não importa se foram grandes ou pequenas as conquistas deste ano, finalize-o agradecendo, e somente depois apresente ao Senhor suas petições e celebre o ano que virá e então poderá ouvir do Senhor: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do Seu Senhor!” (Mateus 25:21) Alegria, realização e prosperidade estão diretamente relacionadas a gratidão, e são essas as bênçãos que o Senhor tem guardado para você neste ano que se iniciará.  

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Do sopro à vida - A celebração do amor



Conta-se a história de um homem que seguia a pé por uma estrada de terra e acidentalmente pisou em um formigueiro, as formigas que ali estavam saíram em polvorosa, pois, ficaram sem seu abrigo. O homem mostrando-se muito aborrecido com sua falta de cuidado abaixou-se e começou a amontoar a terra na tentativa de refazer a casa das formigas. Sem sucesso em seu ato ele orou ao Senhor e pediu instruções de como refazer aquele formigueiro. E então o Senhor respondeu - lhe: - Só tem um jeito de você refazer este formigueiro, se você se tornar uma formiga.  E foi aí que o homem teve um entendimento do que foi a vinda do Messias à terra. Mas com uma ressalva: Jesus não veio para compreender a natureza humana, mas sim para mostrar aos humanos a natureza divina.

Os planos de Deus para o homem sempre foi perfeito. Antes de Deus criar a terra ela era sem forma e vazia (Gênesis 1). Então Deus disse: - Haja Luz. E houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus a separação entre a luz e as trevas. E foi assim, por meio de Sua palavra que Deus criou todas as coisas existentes no mundo: céu, terra, mar, árvores, frutos e animais. E ao homem o Senhor criou à sua imagem e semelhança formando – o do pó da terra e com um sopro de amor o fez ser vivente, dando lhe todo o domínio das coisas desta terra. Porém o homem pecou e afastou-se de Deus. O homem que se afastou de Deus e não o contrário. Durante toda a história do velho testamento vemos Deus usar pessoas para restaurar o Seu relacionamento com o Seu povo. Para que este não saísse da Sua presença foram instituídas leis a serem seguidas. Mas ainda assim, o coração do homem manteve fechado às coisas de Deus, faltava amor e respeito ao próximo.

Então Deus viu que o Seu sopro embora tivesse trazido vida ao homem não revelou o Seu amor à Sua criação. E então Deus viu uma necessidade de falar ao homem numa linguagem que este compreendia, num corpo que este conhecia. E assim veio Jesus, o Messias, cem por cento homem, cem por cento santo, para mostrar que é possível difundir corpo e espírito de forma que Deus seja exaltado na terra. Deus não poupou Seu filho colocando O na melhor casa ou em uma família que tivesse melhor condição financeira, muito pelo contrário, foi uma família humilde quem acolheu o Filho do Homem, foi no ventre de uma mulher simples, porém temente a Deus que Ele fora formado. As portas das maternidades não foram abertas para aquela mulher dar a luz, tão pouco os grandes hotéis para abrigá-los. Maria deu à luz a Jesus ali num estábulo junto aos animais, os mesmos que o Senhor fez no inicio da criação. Isso não diminuiu a vinda de Jesus em nenhum momento, pois fora recebido com toda honraria que um filho do Deus Altíssimo poderia ter, com ouro (pois era rei), incenso (pois era sacerdote) e mirra (pois também era um profeta) e ali mesmo numa manjedoura fora adorado.     

Nos três anos de seu ministério na terra, Jesus não cuidou em condenar a conduta das pessoas. Por onde andava Ele ministrava o amor, pois a vinda Dele à terra foi para revelar o coração de Seu Pai aos que desejassem tornarem-se filhos de Deus e lançar por terra a mentira de Satanás lá do jardim do Éden de que Deus não nos queria mais próximo Dele, pois, conhecíamos o pecado. Jesus veio para ser ponte, aliás, uma ponte liga uma extremidade de terra a outra. Jesus foi morto em uma cruz. E esta cruz ligou a terra ao céu, e este ato de amor tirou-nos da lei e colocou-nos debaixo da graça, que é justamente “uma concessão de bondade que ninguém não tinha direito, uma absolvição, uma indulgência”.

Quando dava a seus discípulos as últimas instruções antes de sua morte, Jesus deu lhes também um novo mandamento. “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (João 13:34) Ao dizer isto Jesus confirmou os planos de Deus ao nosso coração, além de vir para remir os nossos pecados, Ele veio para ensinar como amar ao próximo. Talvez você possa pensar: “Era fácil pra Jesus amar ao próximo, Ele era Deus”, lembramos, Ele veio em carne, logo era humano, teve as mesmas tentações que todos nós temos e venceu. Não tem nada que justifique o amor de Jesus, a não ser o ato de amar. Às vezes quando vimos alguém fazer obra de caridade pensamos “É fácil para essa pessoa solidarizar-se com o próximo, ela tem condições financeiras para isso”, mas daí lembramos de Jesus que veio numa família humilde, desprovido de bens e que compartilhou com uma multidão cinco pães e dois peixes (Mateus 14:14-21) movido pela compaixão de não deixar aquelas pessoas retornarem aos seus lares sem alimentar-se. Todo ato executado por Jesus quando andou pela terra foi movido pelo amor, e assim mostrou que é possível amar uns aos outros. Amor não é somente um sentimento, é também uma ação, ou seja deve ser colocado em prática, assim como eu escolho correr, ou andar, eu tenho que escolher amar e assim cumprir o mandamento deixado por Jesus.

Nessa época do ano o amor fica muito em evidência. Há confrontos quanto ao nascimento de Jesus, a bíblia não diz que Ele nasceu em 25 de dezembro, mas as pessoas escolheram essa data para comemorar, assim, o coração das pessoas mostra-se mais cheio de amor uns aos outros, isso alegra o Senhor, pois assim Ele quer que nós sejamos amáveis uns aos outros. Mas vamos comemorar essa data exaltando um Jesus ressurreto que nasceu há mais de dois mil anos, morreu na cruz e que agora vive no trono à direita de Deus Pai e que irá voltar para ver de  que forma colocamos em prática o mandamento que Ele nos deixou.

Imagina quão estranho seria se fossemos a uma festa de aniversário de um adulto e o encontrássemos criança. Nós ficaríamos assustados não é mesmo. Comemorar aniversário é celebrar a vida. Então deixemos de lado a imagem do menino Jesus, pois Ele cresceu, exalte O na condição em que Ele vive hoje, de Rei, de Santo, de Redentor! Em festas comuns comemoramos mais um ano de vida de uma pessoa, mas festejar a vida com Jesus é diferente, é menos um ano para encontrarmos com Ele e celebrarmos juntos numa grande festa no céu.  

Que neste Natal possamos celebrar a festa do amor, que antes de convidarmos amigos e familiares aos nossos lares convidemos primeiramente Jesus. Lembre-se das bodas em Caná, onde Jesus transformou água em vinho. Se Jesus não tivesse sido convidado Ele não estaria presente naquela festa e os noivos seriam envergonhados, pois, antes mesmo do fim da festa a bebida havia acabado.  Mas Jesus que ali estava fez o seu primeiro milagre, transformando água em vinho, e então os noivos serviram o melhor vinho no final da festa aos convidados. O vinho representa a alegria e isto não pode faltar em sua casa neste final de ano. Com Jesus na festa a alegria jamais acabará. Que possamos encher-nos com o vinho do Senhor, vinho da alegria, do amor e da Sua presença afinal é Dele a festa. Feliz Natal com Jesus!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Um natal diferente



Ei você já foi às compras? Eu imagino a correria nesse final de ano, hem. Como é difícil administrar tantas listas, de compras, de presentes, de eventos de confraternização, de convidados que irá receber na noite da ceia de Natal. Ô não se pode esquecer a lista dos reparos que devem ser feitos em casa, afinal os amigos e familiares devem ser bem acolhidos. Eita ainda tem os cuidados pessoais, agendar salão e sair na busca da roupa ideal para arrasar na noite feliz.  

Essa época do ano é assim, embora para muitas pessoas seja período de férias, este é um período de muita sobrecarga, afinal é uma responsabilidade e compromisso com sua família e seus amigos em dar o seu melhor a cada ano. Mas eu as convido para vivermos um natal diferente. Não estou dizendo que os encontros familiares não devam acontecer, nem que você não deva estar bonita com uma roupa legal. Isso não é pecado, e não faz mal a ninguém. O próprio Deus diz em sua palavra: “Se quiserdes e ouvirdes comerás o melhor desta terra”. O desejo Dele é de nos abençoar em tudo para que desfrutemos de sua maravilhosa graça. Mas é do nosso conhecimento também que vivemos em uma sociedade marcada pela desigualdade social. O retrato de uma noite de natal pode ser pintado de várias óticas diferentes. Em um quadro a abastância e em outro a carência, isso em ambientes muito próximos.  

A Igreja Internacional da Renovação – IIR está promovendo uma ação que irá abençoar mil crianças no setor Taquari, em Palmas, com distribuição de presentes no sábado, 20, com o intuito de promover um natal diferente, o natal da solidariedade e do amor ao próximo. São crianças atendidas pelo Projeto “Meninas de Deus”, menores que vivem em uma realidade muito triste, algumas vítimas de abuso, outras envolvidas no mundo das drogas vindas de uma vida marcada pela desestrutura familiar. Talvez você pense que um presente não vai mudar a vida de uma criança. Realmente somente o presente em si, não muda. Mas os sentimentos que levam esses presentes até elas sim. Amor, atenção, carinho, a sensação de sentir-se amada rompe com as barreiras da rejeição, que é a maior causa da rebeldia que assola a nossa sociedade enchendo presídios e clínicas de terapia para tratamentos de transtornos mentais.  O presente pode não mudar, mas se este for entregue com amor haverá mudança sim, pois, onde o amor reina tudo é modificado e restituído. 

Convido–lhe a checar a sua lista de final de ano, nela contém algum gesto ou ação de solidariedade? Talvez você pense, eu bem que gostaria, mas são tantos gastos não tenho dinheiro para comprar nada a ninguém. Volto a insistir na checagem da lista, mas dessa vez é para observar os itens que tem nela, enumere-os por prioridade, depois de feito isto, substitua os últimos itens por uma ação de solidariedade. Não precisa destinar o recurso para muito longe, dê uma volta no quarteirão de sua casa, vá a um abrigo de crianças ou de idosos, o que não falta são pessoas carentes de coisas e de atenção. Neste Natal não queira presente, seja presente. Que o brilho das luzes de Natal não ofusque o brilho do amor em nossos corações e nem ceguem nossos olhos para a necessidade do próximo. Então, vamos às compras?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Voltando para casa no ombro do bom pastor


 

“Não temerei mal algum, porque tu estás comigo” Salmo 23:4

Imagine-se num campo de batalha, você solitário numa guerra e diante de ti surge um gigante. Na sua primeira tentativa de guerrear contra ele você é lançado ao chão. Em meio a dor você olha para o seu peito e o encontra todo ferido e cortado. Puxa que estrago! Talvez você pense que o texto deste post seja uma sinopse de um filme de terror, porém, ele não tem nada a ver com uma ficção, na verdade  esta é uma história muito real que não retrata o mundo físico, mas sim, o mundo espiritual. Se você fosse convocado para uma guerra, você se levantaria do lugar onde está e dirigia-se ao campo de batalha sem nenhuma armadura ou proteção? Seria um ato de tremenda loucura, não é mesmo? Mas isso acontece frequentemente. Muitas pessoas seguem em suas vidas sozinhas achando que os obstáculos que terão de enfrentar serão vencidos com a força do seu próprio braço, e vão adiante, quando veem o tamanho do gigante muitas caem no chão antes mesmo de encarar, outras em sua rebeldia o enfrenta, porém são derrotados e lançados ao chão. E uma vez estando ali no chão, caem em si: “Puxa eu preciso de um exército, eu preciso de um general”.

A ilustração refere-se a um soldado, mas pode ser substituída por uma ovelha sem rebanho, sem pastoreio. Recordo-me quando entreguei a minha vida a Jesus. Fui convidada por uma amiga para participar de uma festividade de sua igreja, foram dias sobrenaturais, a paz de Cristo era sentida naquela atmosfera de louvor e de adoração. Mas houve uma noite que ficou marcada, eu que estivera atenta a todas ministrações fui tocada de uma maneira especial pelo Espírito Santo de Deus. O preletor da noite ministrou o salmo 23, o Salmo do Bom Pastor. Ele fez uma comparação dos pastores com seus rebanhos e de Cristo, o bom pastor com suas ovelhas. Citou que os pastores arriscavam suas vidas na luta contra feras do campo para que não comessem seus animais, e do bom pastor que deu a vida por suas ovelhas. Mas foi com o versículo “A tua vara e teu cajado me consolam” (23:4) que o Senhor apoderou-se do meu coração. O ministrante falou do uso da vara nas perninhas da ovelha que os pastores faziam para que elas não fugissem e não saíssem do rebanho. Era uma correção com intuito unicamente de protegê-las, pois uma vez fora do rebanho, esta tornaria-se presa fácil ao lobo devorador. Assim era Jesus conosco, muitas vezes era necessário o uso da vara de correção não com intenção de ferir, até porque como Ele poderia maltratar seu rebanho se a este mesmo Ele deu sua vida. Como eu não creio no acaso e sim na providência divina, justamente naquela noite eu era a última da fileira de cadeiras, não havia ninguém do meu lado direito, e eu senti uma ardência na minha perna direita, então tive a convicção de que eu estava recebendo a correção do Bom Pastor. Naquele mesmo dia O confessei Senhor e Salvador da minha vida.  

Na bíblia o Senhor nos trata como ovelhas, o próprio Jesus é citado como “cordeiro”, pois foi sacrificado para remissão de nossos pecados em um tempo em que  se sacrificava ovelhas para purificação de um povo. Somos todos, ovelhas porém nem todas estão no rebanho do bom pastor. Algumas decidiram andar solitárias pelo campo outras optaram por seguir viajantes deste mundo que afirmam conduzi-las à morada de Deus, porém no evangelho do nosso irmão João o próprio Jesus diz: “Ninguém vai ao Pai senão por mim” (João 14:6). Como pode alguém conduzir um rebanho a um lugar que não conhece, senão aquele que de lá veio e pra lá retornou? Somente Jesus Cristo, o bom pastor conduz as ovelhas para a habitação do Altíssimo, não há outro intermediário.  

Quando recebi o diagnóstico da tripofobia (fobia de imagens que contêm formas geométricas com algumas cavidades que provocam ascos na pele) foi uma experiência terrível. O último estágio dessa doença proporcionava náuseas e ânsia de vômito e era exatamente o nível em que me encontrava. Inúmeras vezes eu corria em direção ao chuveiro e esfregava os meus braços, pois parecia que aquilo realmente estava em mim. Na época procurei uma psicóloga e ela me disse que aquilo não tinha cura, eu deveria fazer terapia para controlar as crises. Eu estava desprovida de condições financeiras para realizar um tratamento desses. Mas como já havia entregado a minha vida ao Senhor, eu cri Nele e orava para que Ele me curasse. Quando participei de um encontro promovido por minha igreja recebi do Senhor a revelação do que estava associada aquela fobia. Mas continuei em oração para que houvesse a confirmação, e ela veio do altar do Senhor. Tive a oportunidade de participar de um Seminário de Aconselhamento Cristão no ano passado e recebi a seguinte resposta da psicóloga cristã que ministrava o seminário: “Toda fobia são traumas não curados até os seis anos de idade”. Essa era a confirmação de que precisava, o que o Senhor falara ao meu coração naquele encontro era sobre algo que ocorrera em minha vida justamente naquela faixa etária.  A partir de então comecei a orar e entrar em propósito clamando ao Senhor por cura. Eu vivi momentos muito dolorosos, pois mexer em traumas é revivê-los, mas esse processo era necessário até mesmo em cumprimento ao que palavra de Deus diz “Fez a ferida e a ligará” (Oséias 6:1), aquelas feridas precisavam ser restituídas, ser abertas, vir a tona para poder ser tratadas e então curadas.

A cura de traumas por abuso é um processo com várias etapas: o impacto (trazer a tona o fato em si traz choque, vergonha, ansiedade e medo) a negação (quando se tenta colocar o trauma de lado, ignorá-lo, fazer de conta que aquilo não fora nada e que se pode viver normalmente) e a etapa da confiança, onde finalmente a vítima precisa falar a respeito de suas memórias, expressar seus sentimentos, lidar com os sentimentos de culpa e raiva a outra pessoa. No meu caso a pessoa de confiança foi o próprio Espírito Santo, era nos pés do Senhor que eu confiava todas as dores daquelas lembranças e falava em oração para que eu pudesse receber alívio emocional. Compartilho esse meu testemunho para glorificar e exaltar o nome Dele, pois foi Deus quem me fez encarar a dor do trauma, confrontando-me para que eu fosse liberta daquele cativeiro em que vivi toda a minha vida. E por falar em vida nesse estágio enfrentei o período mais difícil de todo o processo, a crise de identidade, eu que sempre me achava muito autêntica em minha personalidade, ao encarar o passado me senti desnuda diante do mundo, pois muito do que eu assegurava ser da minha personalidade era na verdade mecanismos de defesa. Então orava ao Senhor e pedia para que Ele me mostrasse da forma como Ele me via, como um espelho que refletisse a minha imagem segundo a Tua visão. E o Senhor me respondeu com uma visão, nela havia um homem com uma criança em seu ombro, uma imagem que me parecia bem conhecida, a medida que aquela imagem ficava nítida consegui me reconhecer na imagem, eu era a menina com um penteado estilo “Maria-chiquinha” com um sorriso no rosto, mas o homem eu tive ainda muita dificuldade em reconhecer, embora o rosto não fosse estranho, foi necessário muito esforço para discernir. Depois de algum tempo consegui recordar. Quando criança tinha uma bíblia infantil e na página onde era mencionada a parábola da ovelha perdida havia uma imagem daquele homem com uma ovelha em seu ombro. Pedi a revelação daquela imagem ao Senhor, o que Ele queria me dizer através daquilo tudo, e então o Espírito Santo falou em meu coração: “Você é minha filha amada e eu estou te levando de volta para casa”. E ele me trouxe a lembrança da noite em que confessei Jesus. O Bom Pastor deixa no campo em segurança suas ovelhas e sai no resgate da sua ovelha perdida. Não sabia do impacto do meu “SIM” a Jesus no mundo espiritual. Aquela minha declaração fora o meu grito de socorro, e Ele se voltou para resgatar a minha alma e livrá-la do cativeiro. A partir desse dia entramos na terceira etapa do processo de cura, que é a etapa da reconstrução da vida, pois naquele dia o Senhor me disse a única coisa que eu precisava saber, do amor Dele por mim, e que mesmo passando por momentos dolorosos eu estivera em seus ombros. Quem pode nos amar de tal maneira? Somente o Bom Pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas. 

Eu não sei onde você está nesse momento ovelha, talvez num vale ou perdida num campo, talvez o seu pé esteja preso em buraco (pecado) o qual você não consegue se soltar, mas como serva do Senhor venho lhe dizer que sem que seja necessário você sair do lugar em que está,  você pode dar o seu grito por socorro confessando-O como o Senhor e Salvador de sua vida. Talvez você leia e fale eu amo Jesus, eu já O conheço. Mas a bíblia diz que “Se confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos será salvo” (Romanos 10:9). Confessar quer dizer afirmar, expor ou revelar algo, mas a palavra diz “com a sua boca” e“crer em seu coração”. Talvez você o tenha em seu coração, porém não o tenha confessado com o seus lábios. Se sentir tocado a fazer isso neste momento você poderá fazer essa oração em voz alta, e então o bom pastor irá resgatar você.

Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Agradeço-te porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”

Reconhecer a Jesus como Salvador é concordar que é pecador e precisa de salvação, pois foi para isso que Ele veio ao mundo para libertar cativos (Lucas 4:19), e aceitando O como Senhor você renuncia a tudo que ocupa o lugar Dele em sua vida. Mas esta oração não deve ser feita da boca pra fora, lembre-se é necessário “crer em seu coração” (Romanos 10:9) e ninguém melhor que Aquele que conhece o oculto e o profundo do nosso coração para saber a veracidade da sua fé.  Eu vim de um conceito de que era necessário pagar quando recebia uma benção, inclusive quando pedia ao Senhor a cura eu me comprometi a servi lo enquanto vida tivesse. Mas Ele não quer que eu O sirva como quitação de promissória, ele quer que eu cumpra com o propósito para qual fui criada, até porque “O que darei ao Senhor por tantos benefícios?” não há quitação, reconheça O e desfrute da salvação e da vida eterna.    

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Já bebeu água hoje?






Desculpe-me a falta de originalidade, mas fui obrigada a colocar esse lembrete na minha geladeira. Não me alegro ao afirmar que tenho preguiça de beber água, mas isso é fato, e como uma cafecolátra assumida sempre substituo o líquido incolor pelo pretinho. O baixo consumo de água já trouxe sérios problemas ao meu organismo, por isso venho buscando me disciplinar. Eu sou muito curiosa e gosto de aprofundar no conhecimento de algo do meu interesse, na minha meta de me alimentar de maneira mais saudável descobri (ou aceitei, seria essa a melhor palavra a ser usada) que a água é o alimento mais saudável. Na busca por mudanças de hábitos e de atitudes no que se refere a alimentação reuni algumas  informações acerca da importância do consumo adequado de água e resolvi compartilhar com vocês. Antes de seguir faço uma perguntinha “Já bebeu água hoje?”, “na última hora?”, “nos últimos minutos?” Ops ... foi mais de uma pergunta! Sorry! No final você irá compreender! 

Existem pessoas que não sentem tanta sede e pensam que não tem problema algum em ingerir pouca quantidade de água. Engana-se quem pensa que a água serve apenas para matar a sede. A deficiência constante desse líquido pode causar sérios problemas no futuro e pôr em risco a nossa saúde.  A água é utilizada para digestão, para absorção e para o transporte dos nutrientes em nosso organismo. Ela reduz a toxidade do corpo, ajuda no processo de excreção e a manter a temperatura estável do corpo. A água proporciona uma camada protetora para as células do corpo e, sob forma de líquido amniótico protege o feto em desenvolvimento.  Ela é necessária à formação dos tecidos do corpo, fornece base para o sangue e mantém a elasticidade e maciez da pele. 

Com o envelhecimento a nossa pele começa a ressecar cada vez mais, devido o fluxo reduzido do sangue. Quanto mais jovem a pessoa, maior a quantidade de água que tem em seu corpo. Em média, as crianças têm 75% do seu peso formado por água, enquanto o adulto tem apenas 53%, (para os homens) e 46% (para as mulheres). Isso significa que, quanto maior a quantidade de gordura no corpo, menor a quantidade de água. Esse fato é importante porque, no caso das crianças, qualquer perda de água no corpo vai afetar profundamente o peso e o metabolismo, isso as torna mais suscetíveis a problemas como a desidratação ao adoecerem, pois perdem muito liquido com febre, vômitos e diarreias. 

Além da perda de líquidos por meio da febre, vômito e diarreia, o corpo humano perde água de outras formas também, através dos rins em forma de urina, como parte das fezes, através do processo de respiração e através da transpiração. Podemos verificar que a ingestão de água está insuficiente simplesmente observando nossa urina. Quando isso ocorre, os rins tentam compensar conservando a água e, portanto excretam uma urina mais concentrada, com coloração amarelo mais acentuado. Um baixo consumo crônico de água aumenta o risco de cálculos renais ou cálculos na bexiga. 

Segundo estudos a quantidade de água perdida por dia deve ser reposta para manter a saúde e a eficiência do organismo. Em geral, adultos devem consumir 35mL/Kg de peso, crianças 50 a 60mL/Kg de peso e lactentes 150mL/Kg peso. Isto quer dizer que se uma pessoa pesa 70Kg ela deverá ingerir diariamente cerca de 2,5L de água. Sucos, refrigerantes, chá, café e os alimentos contém água. Mas segundo os especialistas, a pessoa deve dar preferência à água pura. E aí, qual tem sido o seu consumo de água por dia? 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Da caverna ao esconderijo do Altíssimo



 
“E dar a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido. Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória”. Isaías 61:3

Era uma manhã de sábado eu e o meu filho estávamos a caminho de casa, próximo à rua em que transitávamos uma loja de móveis realizava uma ação promocional com muita queima de fogos de artifícios. O meu filho desde bebezinho tem medo do barulho desses tipos de fogos. Quando ainda era bem novinho que alguém soltava fogos próximo de onde estávamos, eu batia palmas e dizia a ele que onde tivesse fogos de artifícios tinha festa, alguém estava feliz e comemorava algo, então deveríamos bater palmas também. Às vezes a técnica funcionava, outras vezes não. Até hoje ele ainda demonstra medo com esse barulho e nesse dia ele me disse que estava com muito medo e, eu para acalmá-lo repeti o mesmo discurso de que não era preciso desesperar que as pessoas estavam apenas comemorando e que os fogos estavam lá no céu e não iria chegar até nós. Ele virou-se para mim e disse: “Mãe só me protege, por favor,” eu prometi protege-lo, então ele pegou a minha mão e passou em volta de seu ombro e disse: “É para me proteger assim mãe, não tira o seu braço porque eu estou com medo”. Neste instante eu me segurei para não sorrir, não do seu medo, mas da sua inocência, ele não sabia, mas, aquele meu braço não representava nenhuma proteção física dos fogos que estouravam no céu.  Devido o seu medo ele permaneceu calado durante todo o percurso, aquele silêncio todo me trouxe uma reflexão sobre nossa necessidade de sentirmos guardados quando ficamos amedrontados. 

Às vezes quando estamos em uma situação em que o medo nos acomete muitos querem convencer-nos de que não temos motivos a temer.  Mas há determinados momentos que não é uma palavra que vai nos ajudar, o que precisamos é apenas de um braço que nos envolva para que possamos sentir protegidos.  Às vezes o medo é consequência dos nossos próprios atos, e muitos se levantam contra nós com sermões deixando-nos pior do que estávamos. Deus em sua infinita sabedoria sabe discernir o que precisamos, quando é necessário Ele mesmo nos fala ou usa outras pessoas para nos repreender e corrigir. Mas Ele sabe também dos momentos em que precisamos apenas de proteção, então Ele nos põe em Teu colo até que todo o medo passe. Sentir medo é comum do ser humano, por mais que a nossa fé esteja firmada ainda assim em alguns momentos o medo rugirá e fará com que fiquemos  acanhadinhos e saímos em busca de um refúgio para nos esconder. É sobre o lugar em que refugiamos quando estamos com medo que iremos falar no post de hoje.  

Elias foi um dos profetas a quem o Senhor revestiu de poder e autoridade. Foi ele quem levou uma palavra de julgamento contra o rei de Israel, Acabe e sua esposa, Jezabel por terem levado a nação israelita à idolatria. Ele profetizou que nem orvalho e nem chuva haveria de cair naquela terra (1 Reis 17:1) e então a seca se abateu durante três anos e meio. Isso provocou a ira do rei que influenciado por sua esposa começou a persegui-lo com intenção de matá-lo. E então Elias um profeta que havia enfrentado sozinho mais de quatrocentos profetas de Baal (deus a quem os israelitas estavam adorando por influência do rei Acabe) deixou-se intimidar pela rainha Jezabel e fugiu para o deserto.  

No deserto Elias sentou-se debaixo de um pé de zimbro e pediu a morte (1Reis 19:4) É difícil compreender como alguém com tamanha intimidade com o Senhor chegue a tal situação, sendo um profeta ele poderia liberar uma palavra de benção que poderia mudar sua situação. Mas não foi o que houve. Mesmo sendo um homem muito usado por Deus, Elias não se eximiu do medo e da depressão. Ali debaixo da árvore ele dormiu e foi acordado por um anjo de Deus que havia levado comida para que ele se alimentasse. Elias comeu e deitou-se novamente. Pela segunda vez o anjo do Senhor o acordou para que ele comesse novamente pois, ele teria um longo caminho a seguir e precisava de forças. Elias comeu e seguiu pelo deserto e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até o Monte de Deus, chegando lá avistou uma caverna e entrou dentro dela e foi nesse momento que o próprio Deus o perguntou o que fazia lá.  

Uma pessoa com depressão evita a companhia de outras, a impaciência e a irritabilidade impossibilita o bom convívio, dessa forma a solidão passa a ser a opção mais agradável a pessoa depressiva. Quanto menos luz no ambiente melhor, segundo estudos o ambiente em que vive uma pessoa retrata a sua mente, logo uma mente que se encontra em trevas vai refugiar-se em lugares escuros. Quando refiro a “trevas” para retratar o estágio da mente de uma pessoa que encontra em estado de depressão, é um comparativo, pois treva é ausência de luz, a depressão é ausência de motivação, de esperança e de expectativa acerca da vida, por isso é comum que a pessoa faça questionamentos em relação a sua existência, pois falta luz, falta vida. A depressão é um problema de saúde pública, é considerada como o mal do século, seguida pela síndrome do pânico. Estima-se que 30% da população sofra com esta doença sem saber, pois muitos têm dificuldades em reconhecê-la, pois os seus sintomas podem ser apontados por outros como “frescura” “preguiça” ou desculpa para não assumir responsabilidades, com medo de críticas a pessoa não busca ajuda e acaba se escondendo dentro da caverninha. A depressão é uma doença séria e pode dar legalidade a problemas muito maiores como o suicídio por exemplo. 
   
Eu convivi com a depressão por muito tempo, embora não quisesse aceitar que tinha essa doença chegou um momento que tive que encará-la, pois a caverninha estava apertada demais a ponto de me tirar o fôlego. O Senhor chamou-me a trata-la, durante esse período assim como fez com Elias, ele me supriu em tudo. As ameaças malignas aumentam de acordo com a nossa fragilidade. De repente todo o mal que nos cerca aparenta ser muito maior do que tudo o que já vivemos e conquistamos em Deus na nossa vida, questionamos nossa força e até mesmo a autoridade que o Senhor nos deu. Eu não recorri a nenhum profissional para obter ajuda na cura da depressão e de outras coisas que na época vinha sofrendo, por um tempo era por ausência de recursos financeiros, mas depois de receber uma palavra de Deus onde o Senhor me disse que só Ele poderia me curar, pois Ele não aceitava dividir Sua glória com ninguém, eu confiei. Fortes essas palavras, né? Sim, foram elas que me sustentaram.  Durante esse período, eu meditava em Sua palavra e repetia em voz alta as promessas que estão na bíblia que são herança para os filhos do Senhor. E um fator que me ajudou muito foi o louvor e a adoração, nos momentos mais difíceis eu O louvava e O adorava. O louvor era para que Deus sentisse que mesmo em meio a tudo o que passava eu acreditava em suas promessas, e, a adoração era que independente das circunstâncias Ele era Soberano em minha vida. São essas duas atitudes que o Senhor espera de nós, que confiemos Nele e que exaltemos Sua santidade, pois fomos criados para adorá-lo. Quando cumprimos com o propósito para qual fomos criados, Deus se encarrega de fazer o resto. Ele mesmo revelou-me os motivos pelos quais me levavam à constante depressão, e Ele mesmo trouxe a cura. Mas isso só foi possível quando eu tomei a decisão de sair da caverninha e busquei refúgio no esconderijo do Altíssimo. No Altíssimo encontramos sombra (descanso) e fortaleza (ânimo renovado).  Nenhum mal chega até nós, porque anjos de Deus nos cercam. Lá recebemos o alimento de Deus (o amor e a graça) para que possamos seguir a nossa caminhada. 

Eu resolvi falar desse tema, pois certa vez conversava com uma pessoa acerca de uma conhecida que estava com depressão e ela me disse que um profissional indicou que a mesma ouvisse música como tratamento à doença, pois a música fala diretamente ao sistema do cérebro responsável pelas emoções, motivação e afetividade. Disfarçadamente dei uma piscadinha pra Deus, o meu “paisicólogo” pois juntos percorremos o caminho certo. Outro fato que motivou este post foi acompanhar na internet uma história que me deixou muito triste , a do padre Marcelo Rossi que vem lutando contra a depressão. Imagine vocês, enquanto buscava cura louvando ao Senhor, uma das músicas que eu ouvia e cantava em alto e bom som era “Mesmo na tempestade, mesmo que se agite o mar, te louvo te louvo em verdade” justamente na voz do padre mencionado. O grande profeta Elias caiu né, mas fora levantado e concluiu seu ministério aqui na terra para honra e glória do Senhor.  E creio que assim o Senhor fará também na vida dos que aceitarem a doença e buscarem por sua cura.
  
A palavra de Deus diz: “Meu povo se perde por falta de conhecimento” (Oséias 4:6). Às vezes conhecemos apenas o pai consolador e esquecemos que este mesmo pai é provedor, outras vezes o conhecemos como o criador e esquecemos que ele é também psicólogo, mentor e libertador. Na história contada no início deste post o meu filho naquele momento queria apenas a mãe protetora, ele não queria a mãe orientadora ou uma mãe psicóloga com suas técnicas de convencimento. E por falar em mãe, quantas funções são atribuídas a nós, não é mesmo? Mãe, médica, cozinheira, professora, psicóloga, dona de casa. Nós fazemos de tudo para que nossos filhos sejam cuidados e sintam-se amados. Se nós mães que somos falhas e tão humanas somos capazes de fazer tanto aos nossos filhos, imagine o Deus majestoso, misericordioso e infinito em bondade, que nos deu por meio de Seu filho, o direito de chama-lo de Pai. Refugie-se Nele, creia em sua palavra e então verás a glória de Deus em sua vida.