sexta-feira, 18 de setembro de 2015

21 dias andando com Jesus



Um lugar de tormento

Leitura Bíblica: Lucas 16

Muitos vivem como se o inferno não existisse, ou, até creem em sua existência, mas tem ignorado. A leitura de hoje revela que quando esteve na terra, Jesus mencionou acerca dele e através de uma parábola nos alertou quanto à conduta que devemos ter para não tê-lo como nossa morada eterna. A parábola conta a história de um homem rico que vivia com muita esbórnia. Havia também um mendigo cujo nome era Lázaro que ficava em sua porta e se alimentava das migalhas que caíam de sua mesa. Esse mendigo morreu e foi levado ao céu pelos anjos, e o homem rico que também morreu, porém foi para o inferno. Estando ele em tormento no inferno, ergueu os olhos e viu de longe, Abraão e junto dele, o mendigo Lázaro. O homem clamou misericórdia a Abraão, para que Lázaro molhasse a ponta do seu dedo com água e fosse colocar em sua língua para refrescá-la.

Abraão respondeu-lhe: “Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá”. O homem rico temeu por sua família e pediu a Abraão que mandasse Lázaro a sua casa contar onde ele estava e o que ele estava perecendo para que sua família não fosse parar naquele lugar também. Abraão disse lhe que estes deveriam ouvir os profetas. Mas o homem rico insistiu: “Mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam”. Porém, Abraão lhe disse: “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite”.

Essa parábola foi escrita há mais de dois mil anos e ainda hoje ela é muito válida. A forma como muitos têm vivido suas vidas como se não tivessem de prestar contas de seus atos. Muitas pessoas têm vivido e curtido os seus dias como se essa vida, este mundo fosse tudo o que existisse, sem sequer preocupar com o que acontecerá conosco após a morte. Enquanto profetas se levantam e declaram: “É chegado o Reino de Deus! Arrependam-se!” ou “Jesus está voltando”, muitos fazem deboche ou até mesmo ignoram, fingindo nem ouvir. Essa parábola nos exorta a pensar na forma como temos vivido aqui na terra, na forma de amar e nos relacionarmos com o próximo.

Muitas vezes envolvemo-nos a desfrutar do que temos, das bênçãos concedidas a nós nessa vida e ignoramos as necessidades do próximo. Lázaro mendigava migalhas e se alimentava delas, o homem rico no inferno mendigava migalha também, pedia apenas um dedo molhado para refrescar sua língua. Mas tinha uma diferença na situação de ambos, às necessidades de Lázaro poderiam ser supridas pelo homem rico, uma vez que tinha tanto, a ponto de viver uma vida desregrada. Já às necessidades do homem rico no inferno não cabia a Lázaro atender, pois como mencionou Abraão na parábola, havia um “abismo” entre eles, muito maior que o abismo social que os afastavam aqui na terra.

Ali nada mais poderia ser feito, ao contrário de alguns ensinos antibiblicos do catolicismo acerca da existência do purgatório, não existe um lugar de “re-teste”, somos julgados por nossos atos aqui na terra, pois foi aqui que vivemos toda a nossa vida. Não existe um “cantinho para pensar”, para purificar depois da morte. O cantinho para pensar deve ser enquanto estivermos vivos, devemos refletir nossas atitudes constantemente e mudá-las. Devemos avaliar se temos vivido em obediência ao Senhor e principalmente no que se refere ao comprometimento em amar ao próximo.
O apóstolo Paulo escreve em sua carta aos coríntios que “se não tivesse amor nada seria”. Uma vida cheia de fartura, cheia de bens, mas sem amor, sem caridade para com o próximo não tem valor algum diante de Deus. “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 João 4:20). Negar ajuda ao próximo é negar ao próprio Deus. No livro de Mateus capitulo 25, Jesus fala acerca do grande julgamento depois de sua vinda. Nele o Rei dirá às pessoas à sua direita: “Vinde benditos do meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome e me deste o que comer, tive sede e deste-me de beber, era estrangeiro, e hospedastes-me. Estava nu e vestistes-me, adoeci, e visitastes-me, estive na prisão e foste me ver”. Aos que estiverem à sua esquerda dirá: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seu anjos”.


Quando perguntado por ambos os grupos quando foi que eles O viram e O ajudaram, e, O viram e não O ajudaram, o Senhor lhes responderá: “Quando fizeste a um destes pequeninos irmãos, a mim o fizeste. Quanto não o fizeste a um destes pequeninos irmãos, não o fizestes a mim”. E então estes irão para o tormento eterno e os outros irão para a vida eterna. (Mateus 25:34-46). Alguém ainda tem dúvida de que a forma como tratamos o próximo e cuidamos dele vai ser essencial na decisão do lugar onde iremos passar a eternidade? Deixe o Espirito Santo continuar a ministrar o seu coração sobre esse assunto, pergunte a Jesus se você tem vivido de forma desregrada de forma que tem incomodado a Ele, e O acompanhe no caminho da caridade e da solidariedade, afinal, este caminho Ele conhece muito bem.  Graça e paz!


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