O alimento da casa do Pai
Leitura Bíblica: Lucas 14 e 15
Leitura Bíblica: Lucas 14 e 15
“E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!” (Lucas 15:16-17)
Esse é um versículo de uma das parábolas mais conhecidas da bíblia, a parábola do filho pródigo. Nela, Jesus conta a história de um pai que tinha dois filhos, o seu filho mais novo pediu sua parte da herança e saiu de casa. Longe de casa, depois que gastou todos os seus bens de forma dissoluta passou necessidade. Em busca de trabalho fora enviado para apascentar porcos no campo de um dos cidadãos daquela terra. Ali passara muita fome, pois nem da comida que era dada aos porcos ele podia comer, foi neste momento que ele lembrou-se da casa de seu pai, da comida que seu pai servia aos trabalhadores, do quão era generoso com os que vivam com ele. O que chama atenção nessa parábola é que o filho pródigo não mencionou o conforto do seu leito, que pela condição de seu pai deveria ter uma vida extremamente confortável, ou qualquer outra regalia digna a um filho cujo pai é detentor de tamanhas posses, mas foi do alimento da casa de seu pai que ele se lembrou.
Quando Jesus contou a seus discípulos essa parábola Ele queria revelar o coração de Deus, o nosso Pai, que não nos obriga a ficar em Tua casa, mas sempre nos acolhe quando tomamos a decisão de voltar. Quem experimenta do alimento da casa do pai (o amor) nunca se esquece dele, e quando está longe, nas situações mais difíceis é a falta que esse alimento faz que o traz de volta. Quando esteve na casa de seu pai o filho mais novo ansiou por experimentar novos sabores e um novo estilo de vida, mas toda aquela novidade não supriu o vazio que ficou em seu coração, vazio que só fora percebido quando o mesmo estava em meio a porcos e foi quando tomou a decisão de voltar para casa de seu pai e oferecer – lhe para ser um servo, pois, não considerava-se mais digno de ser chamado de filho.
Quando aproximava-se da casa de seu pai, ele o avistou de longe e veio ao encontro de seu filho que com o discurso já preparado disse-lhe: “- Pai pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho”. Mas para sua surpresa o seu pai chamou os seus servos e pediu que trouxesse o bezerro cevado e providenciasse uma refeição para comemorar com uma festa o retorno de seu filho. Alguém consegue imaginar o semblante do filho pródigo ao ouvir isso de seu pai? Ele jamais poderia imaginar que fosse recebido daquela maneira, pois se tivesse imaginado teria retornado bem antes. Embora ele tivesse vivido a tanto tempo na casa com o seu pai antes de partir, ele conhecia muito pouco do seu amor. Ele esperava que o pai tratasse a sua relação com ele da forma como ele tratou a sua com o do seu pai resumindo-a apenas a bens. O que chama atenção nesta parábola foi a rapidez que fora providenciada a festa em comemoração ao retorno do filho. Vejam bem, logo os seus servos trouxeram o bezerro cevado e a melhor roupa para que o filho vestisse. Mas será se foi tão rápido assim? O que este pai estivera fazendo durante todo esse tempo que o filho esteve fora desfrutando de sua herança? O filho não sabia, mas o pai já o esperava. Não ... não! Ele não mandou ninguém seguir os passos do seu filho, mas ele sabia que chegaria o momento em que ele sentiria falta do alimento de sua casa. Ele sabia que por melhor que fosse as refeições que seu filho fizesse em qualquer lugar que ele estivesse nenhuma delas seria igual ao alimento dado por ele em sua casa.
Assim é Deus com os seus filhos. Ele nos alimenta com o melhor alimento deste mundo, e este alimento é o seu amor. Mas muitos pedem sua herança, que é a sua vida e partem, vão experimentar o que acreditam ser as delícias deste mundo, acabando assim com a herança dada por Deus, destruindo sua vida. Quando os prazeres já não lhe satisfazem mais, pois tudo neste mundo é passageiro, se veem ali em meio a porcos (a imundície do pecado) então se lembram do alimento da casa do Pai, pois só o amor de Deus que preenche o nosso coração e nos supre.
Se o filho pródigo soubesse como o seu pai o receberia, ele não teria permanecido um dia sequer faminto naquele chiqueiro junto aos porcos. Mas Jesus revelou a nós o coração de nosso Pai, e nós só permaneceremos no chiqueiro se quisermos. O pai do filho pródigo não foi buscar o filho onde ele padecia, ele esperou que o filho viesse até ele, não por orgulho, mas por amor, pois ele amava o filho o suficiente para respeitar suas escolhas. Mas aguardava o seu retorno. Deus aguarda o seu retorno também. Talvez você diga que não é mais digno de ser chamado por Ele de filho, mas a um pai um filho jamais deixará de ser filho, mesmo este tendo optado por permanecer longe de Sua presença. Talvez você esteja envergonhado, pois, as coisas que tens feito não agradam ao Senhor, e acredita que não seja esta a hora, pois, é preciso purificar-se, limpar-se. Lembre-se o filho pródigo levantou-se do chiqueiro e foi em direção à casa de seu pai do jeito que estava, e o seu Pai providenciou roupas novas, anel e sandálias a ele.
Volte para casa do Pai, Ele te aguarda com vestes novas, e com muito amor para lhe saciar. O amor que você buscou em um relacionamento ou em um estilo de vida que no fundo no fundo não era nada do que você desejava à sua vida, este amor que não foi encontrado em nenhum dos lugares por onde você perambulou, tem em abundância em sua casa, basta apenas que você retorne a ela. “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lucas 15:10)
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