segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Se parecer bem ao Rei







Sem dúvida o livro de Ester nos remete acerca da cultura do Reino, embora a história tenha se passado num reino físico, entre um rei e uma rainha humanos, a história nos traz conceitos acerca do reino do espírito, do reino dos céus, afinal toda autoridade na terra é instituída por Deus. No post da semana passada falamos sobre Santidade, como devemos nos apresentar diante de Deus. Ester por submissão temeu entrar na presença do rei, pois ninguém poderia apresentar-se diante dele sem ser chamado, mas buscou em Deus sabedoria para como proceder. A história de Ester passa na época da Lei, no Velho Testamento, onde a Presença do Senhor ficava numa arca e o seu acesso era coberto por um véu onde apenas o sacerdote podia acessar. Com a morte de Jesus na cruz, o véu foi rasgado e todos nós temos acesso à Sua Presença. Mas a facilidade no acesso não redimiu o temor e santidade ao apresentar-se diante dEle, por isso devemos vigiar e buscarmos retidão diante de Deus ao entrar em Tua Presença.

Mas hoje o assunto é outro, vamos falar sobre o maior desafio de um cristão, submeter-se a vontade de Deus. Leiam com atenção essa passagem: Então o rei lhe disse: Que é que queres, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará. E disse Ester: Se parecer bem ao rei, venha hoje com Hamã ao banquete que lhe tenho preparado”. (Ester 5:3-4) (grifo meu). Reparem que o rei já tinha assegurado à Ester que atenderia a petição dela, porém, antes de apresentá-la a rainha disse: “Se parecer bem ao rei”, essa expressão é o mesmo que dizermos ao Senhor “Se for da Sua vontade”, “Se Te agradar”. Essa expressão cabe uma meditação nos tempos em que muitos vem vivendo uma vida cristã mercenária, onde o acesso a Deus à muitos tem se restringido a petições egocêntricas, onde muitos instruem a “reivindicar” uma benção sem antes saber se a petição é agradável ou não aos olhos do abençoador.

Ester nos ensina a antes de pedir antes de solicitar algo ao Senhor afirmarmos: “Senhor, se for da Tua vontade (...)”. A Palavra de Deus diz que “Sua vontade é boa, agradável e perfeita” (Romanos 12:2). Mas como cita no inicio do versículo de Romanos “é necessário uma renovação no nosso entendimento para que possamos experimentar essa Sua vontade”, Paulo alerta nos a não nos conformar com este mundo. A cultura do mundo é do hedonismo, que é uma doutrina que concorda na determinação do prazer como o bem supremo, independente das circunstâncias, a satisfação pessoal é o que importa, do instaneanismo. Mas a cultura do Reino é o oposto, a vontade do Rei é a que deve prevalecer. Porque o Rei consegue enxergar o que não enxergamos, e quando se trata de um Rei que também é Pai, não há de se duvidar que os planos dEle são os melhores para seus filhos. 

Eu não sei como tem sido o seu relacionamento com Deus, talvez você esteja querendo alcançar as bênçãos do Reino vivendo no conceito mundano, talvez tenha guardado em seu coração a promessa proferida por Deus: “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais”.(Jeremias 29:11). Mas precisa antes renovar a sua mente, entender acerca da cultura do Reino para enfim alinhar o seu tempo ao tempo de Deus e a sua vontade à vontade dEle.

Voltemos ao Senhor com humildade, o próprio Jesus em meio ao medo, disse: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42). A vontade de Deus deve prevalecer em nossas vidas, devemos recorrer ao trono e apresentar diante dEle o que está em nosso coração, mas dos nossos lábios deve sair a palavra firme de que ainda assim, a vontade dEle deve ser o nosso prazer, o nosso desejo e torna-se nossa também. A teimosia é um fator que nos impede de alinharmos a nossa vontade com a de Deus, e isso é um terreno perigoso, pois a teimosia procede da rebeldia. Peça ao Espirito Santo que trabalhe no seu coração tirando toda a teimosia e ansiedade para que você aprenda a esperar e confiar em Deus. Que tenhamos como referencial Jesus, o filho obediente que abdicou de Sua vontade para fazer a vontade do Pai.  



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