Foto: Internet
Hamã comemorava o convite
de Ester para que se juntasse ao rei Assuero num banquete que ela havia
preparado. Ele que havia sido exaltado pelo rei, que o colocou acima de todos
os príncipes da Pérsia, envaideceu por ter sido o único convidado da rainha
para este banquete. Dando uma recapitulada na história, Hamã, foi aquele que
induziu o rei a assinar um decreto para aniquilar o povo judeu que ali vivia, motivado
pela raiva que sentia por Mardoqueu, o primo de Ester que a criou após a morte
de seu pai.
Mardoqueu era judeu e não
se curvava perante Hamã, isso causou-lhe muita fúria e o levou a instigar o rei a decretar a morte
dos judeus, alegando ser um povo de leis diferentes, que não cumpriam as leis
do reino da Pérsia. Quando soube do decreto, Mardoqueu cobrou de Ester uma intervenção. A rainha que no primeiro
momento temeu, pois, por submissão, não podia ir até o rei sem que fosse
chamada por ele, disse a Mardoqueu que jejuasse junto a todo o povo judeu por
ela, para que ela fosse até o rei e apresentasse sua petição. Ester e suas
servas jejuaram também. Passados os três dias, a rainha foi até o rei, que se
agradou dela e concedeu sua entrada. O rei perguntou-lhe qual era a sua petição,
e Ester antes de apresenta-la convidou-lhe
juntamente a Hamã para um banquete que ela havia preparado a ambos. Eis aí o
motivo da alegria do ambicioso Hamã, porém, ele não sabia o que lhe aguardava.
Quando
estavam à mesa, o rei perguntou novamente a Ester qual era sua petição. “Então respondeu a rainha Ester, e disse: Se, ó rei,
achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como
minha petição, e o meu povo como meu desejo. Porque fomos vendidos, eu e o meu
povo, para nos destruírem, matarem, e aniquilarem de vez; se ainda por servos e
por servas nos vendessem, calar-me-ia; ainda que o opressor não poderia ter
compensado a perda do rei” (Ester 7:3-4).
O
rei perguntou-lhe quem havia induzido a fazer assim. Ester respondeu: “O homem, o opressor, e o inimigo, é este mau Hamã” (Ester 7:6).
Mas o decreto não havia
sido autorizado pelo rei? Ester poderia ter questionado o seu esposo por sua
atitude. Mas ela foi sábia e buscou discernir o tempo e o modo certo para agir.
Ela discerniu o seu inimigo e a forma de desmascará-lo, arrancando o mal pela
raiz. O edito foi assinado pelo rei, se Ester não fosse sábia ela poderia ter queixado
a atitude dele, poderia teria dado uns “pitis”, tão conhecidos entre nós
mulheres, ou usado de sua sensualidade para mudar aquela situação, afinal, o
rei agradava-se dela. Mas, ela entendeu que embora o decreto tivesse sido
assinado pelo rei, não era ele o seu inimigo, ela não precisava desgastar o seu
relacionamento com o seu esposo por uma atitude motivada por um terceiro. Ester
também não chegou denegrindo a imagem do opressor, desacatando – o diante do
rei. Ela preparou a cena, trouxe o inimigo à mesa, numa refeição, num momento de
intimidade dela com o rei, e ali o apresentou como “o inimigo, o opressor, o mau”
aquele que não somente queria destruir um povo inocente como destruí-la também,
pois nesse momento, para a surpresa do próprio Hamã, Ester revelou a sua
identidade judia. Hamã foi enforcado a mando do rei Assuero.
Que
opressão e ataque você vem sofrendo em seu relacionamento conjugal, em sua vida
pessoal, em sua vida profissional e até mesmo ministerial? A história de Ester está registrada no Velho
Testamento, depois que Jesus veio a terra, Ele revelou acerca do reino
espiritual e Sua Palavra nos revela que “a
nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12).
A nossa luta não é contra pessoas, mas sim, contra o inimigo que usa pessoas
para nos afrontar e nos destruir. Devemos buscar no Senhor a sabedoria e o
discernimento para não atacar pessoas que amamos e que nos amam, afastando as
ainda mais de nós.
Devemos
reconhecer os nossos inimigos e usar das estratégias do Alto para vencê-lo,
servimos a um Deus que é o Senhor dos Exércitos, Ele sabe como derrotar o
inimigo que nos aflige, busque-O e Ele irá lhe ensinar. Se você está passando
por lutas e guerras, reserve um tempo com Deus, ore e jejue, peça a Ele direção
e revelação acerca do seu inimigo, talvez você precisa de alguém para orar e
jejuar com você, procure alguém de sua confiança. Assim como Ester, você
receberá graça e favor do Senhor sobre a sua vida e será liberta de toda condenação
e escravidão maligna. “Mas ele foi ferido
por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados” (Isaias 53:5). Jesus levou sobre si, a opressão, a maldição, Ele
nos chamou à liberdade e não ao cativeiro, tome posse dessa autoridade que foi
lhe dada através do nome de Jesus, e aniquile o inimigo, o opressor, o mau que
quer destruir a sua casa, a sua família, a sua vida.
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