sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O inimigo, o opressor, é o mau Hamã




Foto: Internet


Hamã comemorava o convite de Ester para que se juntasse ao rei Assuero num banquete que ela havia preparado. Ele que havia sido exaltado pelo rei, que o colocou acima de todos os príncipes da Pérsia, envaideceu por ter sido o único convidado da rainha para este banquete. Dando uma recapitulada na história, Hamã, foi aquele que induziu o rei a assinar um decreto para aniquilar o povo judeu que ali vivia, motivado pela raiva que sentia por Mardoqueu, o primo de Ester que a criou após a morte de seu pai. 

Mardoqueu era judeu e não se curvava perante Hamã, isso causou-lhe muita fúria e  o levou a instigar o rei a decretar a morte dos judeus, alegando ser um povo de leis diferentes, que não cumpriam as leis do reino da Pérsia. Quando soube do decreto, Mardoqueu cobrou de Ester  uma intervenção. A rainha que no primeiro momento temeu, pois, por submissão, não podia ir até o rei sem que fosse chamada por ele, disse a Mardoqueu que jejuasse junto a todo o povo judeu por ela, para que ela fosse até o rei e apresentasse sua petição. Ester e suas servas jejuaram também. Passados os três dias, a rainha foi até o rei, que se agradou dela e concedeu sua entrada. O rei perguntou-lhe qual era a sua petição, e Ester antes de apresenta-la  convidou-lhe juntamente a Hamã para um banquete que ela havia preparado a ambos. Eis aí o motivo da alegria do ambicioso Hamã, porém, ele não sabia o que lhe aguardava.  

Quando estavam à mesa, o rei perguntou novamente a Ester qual era sua petição. Então respondeu a rainha Ester, e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição, e o meu povo como meu desejo. Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem, e aniquilarem de vez; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia; ainda que o opressor não poderia ter compensado a perda do rei” (Ester 7:3-4). O rei perguntou-lhe quem havia induzido a fazer assim. Ester respondeu: O homem, o opressor, e o inimigo, é este mau Hamã” (Ester 7:6). 

Mas o decreto não havia sido autorizado pelo rei? Ester poderia ter questionado o seu esposo por sua atitude. Mas ela foi sábia e buscou discernir o tempo e o modo certo para agir. Ela discerniu o seu inimigo e a forma de desmascará-lo, arrancando o mal pela raiz. O edito foi assinado pelo rei, se Ester não fosse sábia ela poderia ter queixado a atitude dele, poderia teria dado uns “pitis”, tão conhecidos entre nós mulheres, ou usado de sua sensualidade para mudar aquela situação, afinal, o rei agradava-se dela. Mas, ela entendeu que embora o decreto tivesse sido assinado pelo rei, não era ele o seu inimigo, ela não precisava desgastar o seu relacionamento com o seu esposo por uma atitude motivada por um terceiro. Ester também não chegou denegrindo a imagem do opressor, desacatando – o diante do rei. Ela preparou a cena, trouxe o inimigo à mesa, numa refeição, num momento de intimidade dela com o rei, e ali o apresentou como “o inimigo, o opressor, o mau” aquele que não somente queria destruir um povo inocente como destruí-la também, pois nesse momento, para a surpresa do próprio Hamã, Ester revelou a sua identidade judia. Hamã foi enforcado a mando do rei Assuero. 

Que opressão e ataque você vem sofrendo em seu relacionamento conjugal, em sua vida pessoal, em sua vida profissional e até mesmo ministerial?  A história de Ester está registrada no Velho Testamento, depois que Jesus veio a terra, Ele revelou acerca do reino espiritual e Sua Palavra nos revela que “a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12). A nossa luta não é contra pessoas, mas sim, contra o inimigo que usa pessoas para nos afrontar e nos destruir. Devemos buscar no Senhor a sabedoria e o discernimento para não atacar pessoas que amamos e que nos amam, afastando as ainda mais de nós.

Devemos reconhecer os nossos inimigos e usar das estratégias do Alto para vencê-lo, servimos a um Deus que é o Senhor dos Exércitos, Ele sabe como derrotar o inimigo que nos aflige, busque-O e Ele irá lhe ensinar. Se você está passando por lutas e guerras, reserve um tempo com Deus, ore e jejue, peça a Ele direção e revelação acerca do seu inimigo, talvez você precisa de alguém para orar e jejuar com você, procure alguém de sua confiança. Assim como Ester, você receberá graça e favor do Senhor sobre a sua vida e será liberta de toda condenação e escravidão maligna. “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaias 53:5). Jesus levou sobre si, a opressão, a maldição, Ele nos chamou à liberdade e não ao cativeiro, tome posse dessa autoridade que foi lhe dada através do nome de Jesus, e aniquile o inimigo, o opressor, o mau que quer destruir a sua casa, a sua família, a sua vida.  

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