Certo período meditava
sobre obediência, pedia ao Senhor que me fizesse obediente a Ele, para que eu
permanecesse no Seu caminho, honrando O sempre. O Espírito Santo fala muito
comigo quando estou desenvolvendo minha função de mãe. Aceitar a paternidade de
Deus em minha vida não foi muito fácil. A referência que temos do nosso pai
terreno revela muito sobre o nosso relacionamento com Deus. Como essa
referência para mim era de ausência e de abandono fora um longo processo para rompermos
com as resistências. Então o Senhor me mostra e fala muito ao meu coração sobre
a Sua paternidade quando desenvolvo a minha maternidade, como já fora mencionado
em outros posts. Como é comum em todo processo de educação dos filhos, eu
cobrava do meu filho a obediência, eu não queria ser aquela mãe a qual ele
tivesse medo, eu queria que ele me obedecesse por respeito. Em nossas conversas
sobre obediência tive a oportunidade de citar os homens e mulheres da bíblia que
desobedeceram e as consequências geradas por suas desobediências. Embora seja ainda
pequeno o meu filho já demonstra o temor ao Senhor, e depois desta nossa
conversa muita coisa mudou em nossa casa (Aleluia!). Porém certo período ele
estava tendo atitudes contrárias e então veio se justificar “Viu mãe, eu quero
ser obediente, mas eu não consigo!” como aquele seu discurso fora proferido
diversas vezes, na última vez que ouvi não me contive e respondi-lhe: “Lucas, a
obediência é uma escolha!”. Isso aconteceu no período em que orava ao Senhor
para que crescesse em obediência e fidelidade a Ele, e após falar isso ao meu
filho o Espírito Santo falou em meu coração: “Obediência é uma
escolha”. Lembro-me de ter virado as costas a meu filho, pois me senti constrangida
em continuar com aquela correção, mas fiquei pensativa meditando naquele sermão
que na verdade era mais para mim do que para ele.
Impossível
falar de obediência sem mencionar o nome de Jesus, Ele é a referência da obediência
que Deus quer que tenhamos. Quando Jesus chegou ao Rio Jordão para ser batizado
por João Batista, João mostrou-se oposição, pois não se considerava digno nem
de desatar as sandálias do Messias quem dirá batizá-lo. Porém Jesus o
respondeu: “Deixa por agora, porque assim
nos convém cumprir toda a justiça. E assim ele permitiu. E, sendo
Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o
Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos
céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:15-17).
Comprazo
quer dizer “agradar alguém, fazer a
vontade”, ou seja, Deus se agradava de Jesus e fazia a vontade Dele. Uau!
Quão santo e obediente Jesus é pois, o Pai sempre faz sempre as suas vontades. Mas
o que chama atenção é que João que veio para anunciar a vinda do Messias para
que as pessoas se arrependessem de seus pecados, quando viu Jesus não achou na
condição de batizar o filho do criador. Jesus que poderia até mesmo se vangloriar com
a condição de ser o filho do Deus Todo Poderoso respondeu-lhe “porque assim nos convém cumprir”. Essa
atitude mostrou a submissão de Jesus ao Pai, a autoridade que o seu próprio Pai
havia dado ao profeta (batismo) e a obediência à Palavra dEle. Depois de ser
batizado, Jesus passou quarenta dias no deserto sem comer nada. No deserto fora
tentado por Satanás que aproveitou a Sua fraqueza (em nossas fraquezas quando passamos
pelo deserto recebemos grandes tentações) para que Ele caísse na desobediência.
Lembra-se de Eva e Adão, Satanás usou de uma palavra contrária à palavra proferida
por Deus e disse lhes que eles não morreriam se comessem do fruto proibido, mas
que estes ficariam como o próprio Deus, conhecedores do bem e do mal. Já com
Jesus, Satanás fez uso da Palavra de Deus para tentá-lo (Sim, ele conhece a
palavra e crê em Deus. Ah, e nem sempre usa dos mesmos truques. Vigiai!). Mas foi
com a Palavra que o próprio Jesus também respondeu lhe, pois ele sabia qual era
o propósito da Sua vinda a terra, e em obediência Ele teria que permanecer firme e então expulsou o inimigo
dali. A bíblia diz que completado os quarenta dias, Deus enviou
seus anjos para servir Jesus (o Pai O agradou).
Mas a vinda de Jesus a
terra custou-lhe uma morte de uma forma cruel. Jesus foi humilhado, cuspido e crucificado.
Que condenação terrível para um filho tão obediente e fiel? Mas na pergunta
temos a resposta: Ele era “obediente e fiel”. Tudo estava escrito e devia ser cumprido.
Na noite antes de ser morto Jesus foi ao Monte das Oliveiras com seus discípulos,
sabendo acerca de tudo o que iria acontecer Ele procurou um lugar solitário
para orar. “E apartou-se deles
cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava dizendo: Pai, se
queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a
tua” (Lucas 22:41-42). E demonstrando agonia Jesus orava com mais
intensidade. “E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue” (Lucas
22:44) Mas a Palavra diz também que apareceu um anjo que o fortalecia (Lucas 22:43)
(não importa a circunstância Deus sempre nos fortalece, devemos permanecer
firmes no caminho da obediência).
A obediência não deve vir
apenas por respeito, e sim por amor. Jesus obedeceu por amor ao Pai, aos propósitos
do Pai que era de redimirmos das garras do mal. A nossa obediência a Deus deve
vir acima de tudo por amor a Ele e não por medo das consequências como o “medo”
de ir parar no inferno. É muito bom quando os nossos filhos nos obedecem porque
querem, porque nos amam, sem que haja necessidade de correção,
essa atitude muito alegra o coração de um pai e de uma mãe, não é mesmo? Eu
imagino Deus ao ver cumprindo a profecia na terra com a morte e ressurreição de
Seu filho Jesus, Ele se alegrou vendo Seu filho cumprindo com Seu propósito, tanto que o aguardou para que se sentasse
no trono à Sua direita no céu. Quando veio ao mundo Jesus era o filho unigênito do Pai,
depois de Sua ressurreição Ele tornou-se o primogênito, o primeiro dos muitos
que nasceram (conversão) após a remissão dos pecados dos homens com a morte na
cruz, e de tantos outros que continuam a nascer até o Seu retorno a este mundo.
Por meio de Jesus nos tornamos filhos de Deus. Então da mesma forma como Ele olhava
para Jesus aqui na terra, Ele olha para nós também. Que nossas atitudes possam gerar
um brado no céu do nosso amoroso e bondoso Pai dizendo: “Este é o meu filho (a)
a quem eu me comprazo”. Não atribua as consequências
de sua desobediência à ira de Deus. Ele nos deu livre arbítrio para escolhermos
qual o caminho andar: da obediência (bênção) ou da desobediência (maldição), não
existe um meio termo, é apenas uma questão de escolha, como diz o meu apóstolo
Sérgio Paulo Guimarães, “ou é ou deixa de
é”. Simples assim!
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