terça-feira, 2 de outubro de 2018

Quem te escolheu foi Deus!



Foto: Internet 


O Pequeno chegou em casa chateado. Era mês de junho e a turma se mobilizava para a Feira de Ciências que a escola estava promovendo. O tema escolhido foi “O Corpo Humano” e cada equipe deveria falar de um sistema específico. Acontece que segundo o Pequeno, a professora escolheu alguns líderes de turma e estes deveriam formar suas equipes. E ele não foi escolhido por nenhum destes. Chateado, ele me disse que não queria participar da Feira por este motivo. Conversamos e falei pra ele da importância de sua participação naquele evento da escola e que ele iria participar sim, e, que conversaríamos com a professora acerca do assunto.


- Mãe, por favor, eu não quero participar! Vou ficar com muita vergonha de aparecer sem ninguém ter me escolhido! – insistiu.


- Você vai, filho, e, vai dar o seu melhor! Os seus coleguinhas vão ver o quanto você é dedicado e na próxima vão querer você com eles. – persistiu uma mãe, sendo mãe.  


Ele continuou falando do seu desejo de não participar.


Conversei com a coordenadora que me disse que a professora havia feito a divisão das equipes. Aqueles que ficaram “sem turma” foram acrescidos por ela às turmas já formadas. O Pequeno estava incluso nessa.


Foram usadas todas as técnicas para convencê-lo. E ele insistentemente dizia não querer participar mesmo sabendo que poderia ser prejudicado na nota. Enfim, na noite anterior ao evento (que aconteceria no sábado pela manhã) ele mudou de ideia. Fomos juntos à Feira e ele ficou maravilhado com toda a estrutura do evento, afinal, era a primeira vez que participava de algo do gênero. Este é o primeiro ano dele nesta escola.


Chegamos ao stand de sua turma e o vi sendo muito bem recepcionado pelo coleguinha que já estava em seu posto. A professora o instruiu e à medida que os visitantes chegavam ele apresentava a sua parte do conteúdo, de modo meio tímido, porque ele não gosta de nada que o coloque em evidência/exposição, mas, modéstia a parte, ainda que timidamente expressou um carisma e um jeitinho que conquistou os que se aproximaram dele (Genética da Mãe, Certeza!). Ele concluiu o trabalho maravilhado com a experiência. E como mães, devemos aproveitar toda circunstância para levar um ensino aos nossos filhos. Falei do quanto ele teria perdido se não tivesse participado e que ele não deveria mais deixar que a preferência do outro o fizesse sentir inferior e incapaz de fazer algo que ele tem capacidade para fazer. 



“Sabei que o Senhor é Deus; foi ele, e não nós,
que nos fez povo seu  e ovelhas do seu pasto”.
(Salmos 100:3)



Lembrei-me dessa história quando meditava neste versículo. Todo ser humano já experimentou a rejeição em algum momento da vida. É normal, tanto que como mães, somos instruídas a preparar os nossos filhos para as frustrações para que estes possam crescer nas adversidades. São essas experiências que forjam nosso caráter e emoções e nos dão maturidade emocional, espiritual e física também.  Quem não passou por uma situação de não ser escolhido para fazer parte do time de futebol da escola na infância ou da brincadeira entre a vizinhança? Quem viu o “homem/mulher” dos seus sonhos escolhendo outra (o) e sentiu-se inferior? Passamos a vida assim, nos medindo a partir da preferência do outro, sendo que, a preferência do outro é um conjunto da perspectiva do que este considera ser bom e desejável segundo suas prioridades.  Imagine se o sorvete de chocolate se sentisse um inútil a ponto de pedir para ser tirado do freezer expositor da sorveteria porque a primeira pessoa que esteve ali escolheu o sorvete de morango (Eu me desesperaria!)? Ah Ana, que comparação boba! Isso é só para ver o quanto é bobo nos medirmos a partir da rejeição do outro!


A rejeição dói, isso é fato! Tive que lidar com ela por muito tempo devido a ausência paterna e bloqueios de traumas a qual fui submetida na infância. Sempre que me deparo com situações onde ela insiste em se intrometer em minha vida eu oro ao Senhor pedindo-Lhe que me ensine a ver aquela situação de outro modo, a ver segundo a ótica dEle e não da minha (Isso faz uma diferença absurda!). Mas uma das mais lindas experiências de que me recordo com Deus envolve esse versículo em questão:  “Sabei que o Senhor é Deus; FOI ELE (Deus), E NÃO NÓS (Substitua o NÓS pelo nome de alguém que tem te rejeitado/rejeitou e que você ainda não conseguiu perdoar), QUE NOS FEZ POVO SEU  e ovelhas do seu pasto”. (Salmos 100:3).


Após lidar décadas com a rejeição paterna (ainda publicarei no tempo oportuno acerca do desfecho disso) recebi essa Palavra como um bálsamo que trouxe cura às minhas emoções. Quando os meus olhos se abriram e me dei conta que “O SENHOR DEUS”, sim, esse que é “ O TODO PODEROSO” havia escolhido a mim e por meio de Seu Filho Jesus, tornou-me Sua filha. Me vi de “rejeitada” à “desejada como filha, e, escolhida para fazer parte da Família dEle” Ah, senti o meu padrão sendo elevado em nível HARD! E é nesses momentos que nos damos conta do quanto nos desvalorizamos e fazemos um juízo tão baixo de nós mesmos quando na verdade o Senhor, o Nosso Criador nos fez de modo tão especial e fez questão de levar-nos a mais próximo dEle por intermédio de Nosso Salvador Jesus!


Uma noite, pouco tempo após a minha conversão, chorava enquanto orava ao Senhor deitada em minha cama e o meu filho dormia ao meu lado. Eu havia acabado de passar por um processo de separação conjugal e estava muito abalada emocionalmente. Recordo – me dele (dormindo) ter virado e ter dito: - Mãe, a senhora é linda. Porque tudo o que Deus faz é bom! (Eu sei que aquelas palavras do Pequeno foram por inspiração divina. O Senhor colhia as minhas lágrimas e quando ouvi aquilo meu coração foi tomado pela alegria do Senhor. Ele estava ali e manifestou o Seu Amor recordando – me de Sua Palavra)


Quando diminuímos a nós mesmos, não somos a nós quem diminuímos, mas, Aquele que nos criou. Quando você olha para algo criado, uma obra de arte ou um alimento preparado ou o que quer que seja. Você pode julgá-lo bonito ou feito, de gosto agradável ou não, certo? Mas o responsável pelo resultado daquela criação é de quem a criou. E Deus não erra naquilo que faz! Assim como não errou quando fez você! Deus é Bom! E te escolheu para fazer parte do Seu rebanho. Essa é a Verdade que te incluí e não o reconhecimento ou a aceitação das pessoas!




“Não fostes vós que me escolhestes; ao contrário, Eu vos escolhi a vós e vos designei para irdes e dardes fruto, e fruto que permaneça. Sendo assim, seja o que for que pedirdes ao Pai em meu Nome, Ele o concederá a vós” (João 15:16) 


Fez sentido  este versículo para você? Para mim fez e sempre faz muito! Shalom! Boa tarde!  

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Um ano detox


Se pedirem para descrever em uma palavra o meu ano de 2015 com certeza seria: “desintoxicação”. No dicionário significa “eliminar os efeitos de uma intoxicação em (alguém ou si mesmo) / tratamento destinado a eliminar os tóxicos e a reparar as desordens que eles provocaram / ação de eliminar o que influencia insidiosamente pessoas”.  Oh, não estava refém de substâncias tóxicas e buscando libertar delas, se bem que, este ano foi o ano onde me privei de coisas das quais eu tinha vício, mas estão relacionadas à alimentação. Mas não foi somente neste contexto que houve necessidade de uma intervenção “desintoxicológica”, este foi de fato o ano do desapego, de limpeza, de retirar o excesso e reparar a desordem provocada por anos de escolhas erradas.

Toda ação nos leva às suas consequências. Lamentar não vale, corrigir a rota e aprender com o que foi vivido, isso sim, vale muito! Mudanças trazem grandes abalos (ou é só comigo que isso acontece?), escolher um caminho é renunciar outro, e, desde que escolhi o “Caminho da Verdade e da Vida”, venho experimentando renúncias todos os dias para prosseguir seguindo Aquele a quem entreguei a minha vida, Meu Senhor e Salvador Jesus. E é Ele quem vem direcionando o que deve permanecer e o que deve ser eliminado em mim, um “personal” para todas as áreas da minha vida, sendo assim, a Ele entrego toda honra e glória por cada vitória particular que venho obtendo ao longo desses “quase” três anos de conversão. É bom quando as pessoas em nossa volta testemunham a nossa mudança e o quanto elas tem visto o Espirito Santo em nós.

Mas as maiores guerras e também as maiores vitórias, somos nós mesmos que, embora não compartilhamos com o próximo, testemunhamos em nosso íntimo com Deus. E essas vitórias têm sido as mais importantes na minha caminhada cristã, pois foram mudanças muito profundas, mas que tem trazido benefícios visíveis em minha vida, embora muitos nem sequer imaginem o caminho que foi percorrido. Quando não entendemos acerca de níveis de guerra e somos recrutados, enchemos a nossa bagagem com coisas desnecessárias, mas no decorrer do caminho, tudo aquilo pesa tornando se um jugo impossível de se carregar e então começamos a reduzir o peso, e seguimos adiante, mas à frente nos deparamos com outra necessidade de checar a bagagem e mais coisas são retiradas. Até que chega num momento em que temos a lucidez de perguntar a quem é mais experiente que nós, ao nosso General, o que de fato precisamos para seguir adiante, e, então jogamos toda a bagagem fora, quando notamos que nada daquilo que trouxemos tem valor algum nessa nova jornada.


E foi fechando uma mala bem grande com algumas coisas que havia separado para doação que me veio o título deste post “um ano detox”. Quando cheguei nesta cidade recebi uma profecia, na visão eu estava com malas grandes e pesadas, posteriormente me encontrava com sacolas na mão e a voz daquela mulher de Deus me dizia: “O que tem nessas sacolas são muito mais importante para você do que tem na mala”. De fato, tem permanecido em mim o que é mais importante e valioso, os excessos Ele levou sobre Si. O ano nunca vai ser diferente se continuarmos iguais, querer sentir coisas novas, com o coração contaminado por sentimentos tóxicos, carregando jugos e pesos que não nos pertencem. “Não vos lembrei das coisas passadas, nem considereis as antigas” assim diz o Senhor em Isaias 43:18.  

Eu não sei como foi o seu ano de 2015, talvez você precisa de um “detox” na sua alma, na sua vida espiritual ou profissional. Não guarde mais dentro de si coisas tóxicas que vem lhe fazendo mal, “desintoxique” e, não precisa esperar o dia 1º de janeiro de 2016 para fazer isso, não deixe para amanhã o que se pode começar ainda hoje! Que Deus lhe abençoe e que 2016 possa ser o ano da consolidação das promessas de Deus em sua vida, pois essa é a certeza que tenho em meu coração! 

Paulo César Baruk - Tudo igual 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Comida de bebê também pode ser comida de verdade


Foto: Ranna Melo 


Ela chamou-nos a atenção com um de seus álbuns no facebook, Ranna Melo começou a compartilhar as refeições que prepara a seu filho Benício, de um aninho, em um álbum intitulado Menu Baby Beni em sua rede social. Ela conta que depois de uma experiência frustrante no processo de introdução de alimentos sólidos à sua filha mais velha, Isabela hoje com sete anos, que teve muita rejeição à alimentação devido ao refluxo (doença que acontece devido a imaturidade do trato gastrointestinal superior ou quando o bebê tem alguma dificuldade de digestão, intolerância ou alergia ao leite ou algum outro alimento), Ranna optou por fazer diferente com o filho mais novo: “Antes eu achava que comida de bebê tinha quer ser aquela mesma comidinha de sempre, verdurinha amassada com feijão, entre outras receitas tão conhecidas. Comecei a me questionar o porquê que a comida de bebê não podia ser comida de verdade” relata Ranna que pesquisou, estudou e conversou com amigos nutricionistas e então passou a fazer pratos de adultos com ingredientes adaptados para o seu filho.

Em seu blog “Maternando! Ponto Final” ela relata um pouco da sua história nas duas gestações e conta também sobre o seu dia a dia com seus dois filhos e, claro compartilha suas deliciosas receitas. Ao blog “De salto no mercado” confidenciou dicas de como incrementar as refeições de nossos filhos, ela assegura ainda que é possível sim, fazer pratos saudáveis e requintados com alimentos mais baratos e comuns do nosso dia a dia. Ranna disse que procura associar sabor, textura e ingredientes naturais e garante que esses são itens indispensáveis para o sucesso das receitas “Busco aliar verduras e frutas da estação que geralmente são mais acessíveis. Outra saída também é criar um estoque de produtos naturais. Por exemplo, sei que o tomate teve uma alta nas ultimas semanas. Mas sempre tenho uma grande porção do molho natural feito por mim mesma congelado no meu freezer. Isso além de facilitar as criações dos pratos do dia, economizo bastante”.

Criteriosa na formulação do cardápio do baby Beni, que vai de escondidinho de carne com abóbora, estrogonofe de carne sem creme de leite, panqueca de beterraba e abobrinha, hambúrguer de abobrinha, cenoura, chia e aveia, macarrão com creme de ricota caseiro, entre outros, Ranna disse que não fez nenhum curso de gastronomia, mas que faz pesquisa e busca incrementar as suas receitas. Às mães que trabalham fora de casa e que não têm disponibilidade de tempo para dedicar diariamente no preparo das refeições de seus filhos, ela dá dicas: “Eu, por exemplo, quando sei que a semana será agitada preparo as papinhas e congelo em potes de porções reduzidas para serem consumidos ao longo da semana. Muitas pessoas ainda possuem dúvidas quanto aos alimentos congelados, mas vale ressaltar uma diferença: aqui estamos falando de alimentos naturais, ou seja, sem conservantes, que são previamente cozidos e congelados por um prazo de no máximo um mês” pontua Ranna que afirma ainda que é possível preparar um prato nutritivo e saboroso e congelar e depois servir a crianças como se o alimento estivesse fresquinho: “Quanto mais baixa a temperatura, maior a certeza de que o alimento não estragara. Procure congelar em pequenas porções e sempre que descongelar, não volte a congela-la. Você pode manter o alimento descongelado na geladeira por até 24 hs. Não congele o que sobrar. Antes de congelar esterilize os potinhos plásticos. Sempre use potinhos plásticos ou saquinhos próprios para freezer. Jamais congele ovos com casca, nem iogurtes, creme de leite, ou cremes em geral feito com leite ou maisena e queijos”.

Dos pratos mais indicados, ela disse que gosta dos mix de sopas e caldos. Verduras no vapor que podem facilmente virar ingredientes para pratos rápidos. Cubinho de purês de aboboras, ervilhas, feijão ou/e mandioca, passados no processador ou peneira e congelados em forminhas de gelo. Carnes e frangos podem ser congelados depois do preparo. Outra dica da Ranna é o preparo de hamburguinhos naturais com legumes crus ralados como cenoura e beterraba, acrescentados aveia, linhaça e ovo: “Se ainda sentir que não deu liga você pode usar farinha de trigo integral. Acrescente Sal a gosto, salsa e pronto. Depois é só fazer bolinhas e amassar em formato de hambúrguer e congelar”.  Ela compartilha também uma receitinha de papinha doce: “Cozinhe peras e maçãs sem cascas em um pouco de água com uma canela em pau ate que forme uma calda. Não cozinhe por mais de 15 minutos pra não perder nutrientes. Depois amasse e congele. Você pode servir assim mesmo, ou fazer um rápido smootie no liquidificador com bananas e iogurte natural. Essa é uma receita ideal para dias mais quentes” finaliza Ranna.


Se você quer conhecer outras receitas da Ranna Melo é só acessar o seu blog “Maternando! Ponto Final.” no endereço: www.maternandopontofinal.blogspot.com.br e também a sua página no facebook:https://www.facebook.com/rannaariel.melo/media_set?set=a.1006982392665919.1073741831.100000625048157&type=3 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Não enterre o seu talento




Há mais de um ano que reativei esse meu blog, ele ficou mais de quatro anos sem atualização. Gostaria de compartilhar com vocês o que me fez retornar com os posts, foi uma experiência que tive com Deus e que ainda hoje fala muito forte ao meu coração. Estava em uma das minhas primeiras aulas da Escola de Dons 3 D na igreja que congrego aqui em Palmas (Igreja Internacional da Renovação).  O professor perguntou à classe quais dons cada um tinha e pediu um a um para que citasse-os. Quando chegou a minha vez, sorrindo respondi ao mestre: “Ah, eu não tenho dom nenhum! Mas bem que gostaria de ter o dom de cozinhar bem, de disciplina e organização (e comecei a citar os dons que desejava ter)”. Pois bem, a aula finalizou e retornei para casa, mas estava com algo afligindo o meu coração. Naquela mesma noite enquanto lia e meditava na palavra de Deus, o Senhor conduziu-me a “Parábola dos Talentos” (Mateus 25:14-30).

A parábola conta a história de um homem que antes de viajar chamou os seus servos e distribuiu os seus bens. A um foi dado cinco talentos, a outro, dois e ao terceiro, um talento, a cada um foi distribuído segundo a sua capacidade e depois ausentou-se para longe. Depois de um tempo, o senhor retornou e foi tomar contas com seus servos dos talentos que tinha lhes dado. O que havia ganhado cinco, multiplicou, adquirindo mais cinco, o que havia ganhado dois talentos, também dobrou a sua quantidade. A ambos, o Senhor respondeu-lhes: “Muito bom, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei, entra no gozo do seu Senhor”. Porém o terceiro servo, quando perguntado pelo seu Senhor sobre o que havia feito com o talento, respondeu-lhe: “Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; E atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu”. (Mateus 25:24-25). O senhor o chamou de servo mau e negligente e tomou o talento dando ao que havia recebido cinco e duplicado o valor. “Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância, mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado” (Mateus 25:29).  Ao finalizar essa leitura o Espirito Santo confrontou-me: “O que você tem feito com os dons que eu te dei? Você tem pedido outros dons, mas, tem enterrado o que já recebeu!”.

Nessa parábola vimos que Jesus disse que o senhor distribuiu os “seus bens”, os dons que temos são de Deus, e Ele disse ainda mais “a cada um foi dado segundo a sua capacidade”, ou seja, Ele sabe que temos condições de prosperar naquilo que Ele nos entregou. Acontece que muitas vezes não vemos nossas habilidades como dons, como um bem valioso que Deus nos deu e ficamos querendo fazer coisas que não é da nossa competência (não que não podemos conseguir, mas que não foi o que Deus confiou a nós). O terceiro servo não teve a mesma pro atividade dos demais, temeu fracassar e ainda tentou justificar sua atitude atribuindo à dureza do seu senhor. Com isso ele não somente demonstrou não conhecer a quem servia como também demonstrou ingratidão, não reconhecendo como benção o que havia recebido. Os demais, o senhor chamou-lhes de “servos bons e fieis” e convidou-lhes a se alegrar nEle, ou seja o Senhor é glorificado com tudo o que fizermos. Deus se alegra quando prosperamos naquilo que Ele nos dá, Ele se alegra quando rompemos as nossas limitações e nos empenhamos em frutificar o que foi entregue em nossas mãos.

“Foste fiel no pouco e no muito te colocarei”, talvez o Senhor espera somente a sua fidelidade no pouco que Ele tem te entregue para lhe colocar onde tanto deseja, mas se você não cuida do pouco que recebeu porque o Senhor lhe confiaria grandes projetos? Essa parábola ainda hoje fala muito comigo, e em todas as áreas da minha vida. Resolvi usar os meus dons para Deus, para manifestação de Sua glória. 1 Timóteo 4:14 diz: “Não despreze o dom que há em ti”. Mas esses talentos não referem-se apenas a dons espirituais, habilidades manuais, mas a tudo o que recebemos de Deus, a nossa casa, a nossa família, o nosso ministério. Tantas coisas que recebemos e deixamos “enterrados”, não reconhecendo como um bem, algo valioso vindo de Deus para cuidarmos. Mas a parábola é clara quando diz que o senhor daqueles servos passando um tempo retornou e fez contas com eles. Se o Senhor voltasse hoje como você seria chamado por Ele: servo bom e fiel, ou, servo mau e negligente? Vamos meditar um pouquinho!

Shalom! Graça e Paz! 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Onde os olhos não conseguem alcançar

Foto: Internet


Imagine você recebendo uma ordem para que saia com a sua família de sua casa e da cidade onde mora e siga viagem sem saber a direção. Você deverá fixar moradia na cidade onde lhe ordenarem. Loucura?! Imagine-se então casado sendo você e sua esposa já avançados em idade, ela sendo estéril e já não tendo mais os costumes das mulheres, e vocês recebem a notícia de que terão uma grande descendência.  Você deve estar pensando que é muita loucura junta. E de fato, é. Mas a palavra de Deus diz que “a loucura de Deus é mais sábia do que os homens” (I Coríntios 1: 25).

Foi assim com Abraão e Sara, o Senhor disse que ele deveria sair de sua terra e de perto de seus parentes e ir a um lugar que Ele lhe ordenasse. Abraão, que antes do Senhor mudar-lhe o seu nome chamava-se Abrão, obedeceu. Montaram acampamento no lugar onde o Senhor determinou e ali foi próspero. Mas a segunda promessa levou-se um tempo, muitos devem pensar que deveria ser mesmo um pouco mais complicada, pois como Sara poderia engravidar sendo estéril e idosa. À Deus todas as coisas são possíveis. O esforço do Senhor é o mesmo para efetuar qualquer milagre. Ele mesmo disse a Abraão: “Haveria coisa alguma difícil ao Senhor? Ao tempo determinado tomarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho” (Gênesis 18:14).

Abraão creu no Senhor e o Senhor o honrou. Isaque, o filho da promessa nasceu e Abraão tornou-se patriarca de uma geração que se multiplica até os dias de hoje. Eu não sei se Abraão compartilhou com as pessoas em sua volta, com os seus criados acerca da promessa de Deus À sua vida, caso tenha compartilhado, eu imagino eles rindo dele. Afinal, até Sara sorriu quando ouviu o anjo dizer a seu esposo que ela lhe daria um filho, imagine os demais. Essa situação não é diferente conosco. Quantas promessas o Senhor lhe fez que ainda não se cumpriu, talvez você tenha compartilhado com amigos e familiares e até se envergonham diante deles, pois o tempo vem passando e nenhuma delas se cumpriram.

Deus não age no nosso tempo e nem a nosso modo. “Como pensei, assim sucederá e como determinei assim se efetuará” (Isaías 14:24) assim diz o Senhor. O tempo é Dele, a Palavra também. Ele é fiel e cumpre, não temos porque não confiar. Não questione e nem cobre ao Senhor. Ele sabe todas as coisas. Sara e Abraão tiveram que ser tratados pelo Senhor antes de ver a promessa se cumprindo. O Senhor tratou na personalidade de ambos e inclusive trocou-lhes os nomes. Antes de ficar ansiosa porque você ainda não pode contemplar a promessa se cumprindo, repare no que o Senhor vem fazendo em sua vida, note as mudanças que Ele tem efetuado, e a partir de então, você poderá ter uma noção se a promessa está prestes a se cumprir ou não. E assim você irá crescer em fé. “Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hebreus 11:1). E pro ela que alcançamos testemunho, pois Deus age na vida daquele que nEle crê e confia. Não limite a sua visão à seus olhos físicos, contemple o sobrenatural de Deus exercitando a sua fé e passe a enxergar além do que os seus olhos podem ver.


terça-feira, 22 de setembro de 2015

21 dias andando com Jesus




Não O deixe ir
Leitura bíblica: Lucas 24

Esse é o último dia do propósito “21 dias andando com Jesus” com o intuito de crescer em intimidade com o Senhor. Em 21 dias muita coisa pode acontecer, talvez você tenha passado por tribulações e situações as quais lhe fizeram duvidar da presença dEle em sua vida. A leitura da devocional de hoje fala de uma situação parecida. Dois discípulos no caminho do povoado de Emaús estavam andando cabisbaixos e tristes, pois haviam recebido a notícia de que o corpo de Jesus não estava no sepulcro. Embora eles soubessem da profecia de que Ele ressuscitaria no terceiro dia, eles deixaram ser consumidos pela dor e tristeza. Eles seguiam andando e lamentando entre si quando Jesus aproximou-se deles e perguntou-lhes sobre o que falavam. Assustados pelo fato “daquele homem” que lhes acompanhavam não saber acerca do que estava acontecendo em Jerusalém, uma vez que a morte de Jesus era o assunto comum entre todos, eles foram lhe falando do que havia acontecido, sobre Jesus, sobre o que Ele havia feito, sobre a Sua morte, e agora sobre o sepulcro que encontrava vazio.

Chegando ao lugar onde iriam pousar, os discípulos interromperam a caminhada. Jesus fez como se fosse seguir viagem, e os discípulos convidaram lhe para que passasse a noite e ceasse com eles, pois era tarde para continuar na estrada. Jesus aceitou e sentou-se à mesa com eles. “E aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando o pão, o abençoou e partiu-o, e lhe deu” (Lucas 24:30). Então nesse momento os seus olhos foram abertos e eles reconheceram Jesus, que desapareceu logo em seguida. “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?” (Lucas 24:32).

Os discípulos estavam tristes, pois, Jesus era a promessa da libertação do povo de Israel, mas naquele momento, Ele encontrava-se morto e o seu corpo ninguém sabia onde estava. Eles ficaram presos à circunstância e esqueceram-se da promessa. Eles não entendiam que a libertação deles não era de soldados romanos ou dos perseguidores que maltratavam a nação de Israel, mas sim, uma guerra espiritual, Jesus veio ao mundo para resgatarmos das mãos de Satanás e seus demônios que tomaram o domínio da vida do homem com a entrada do pecado no Jardim do Edén. Eles olharam tanto à suas dores e desespero por não obter respostas que nem notaram a presença do Mestre. O Senhor durante o trajeto falou acerca das escrituras de um modo que ninguém falara igual, e estes mesmos homens que andaram com Jesus durante o Seu ministério na terra não O reconheceram, somente ao sentar-se e presenciarem um gesto tão comum de Jesus quando estavam em seus momentos de comunhão com seus discípulos: dando graças e partindo o pão.

Os discípulos estiveram o tempo todo com Jesus e lamentando a falta de Jesus. Isso soa familiar? Quantas vezes você se queixou da ausência de Jesus estando Ele do seu lado. Quantas vezes diante das circunstâncias você duvidou da promessa dEle à sua vida, mesmo Ele estando ao seu lado liberando palavra de coragem para lhe fortalecer.  Você se isolou em sua dor e no seu desespero e não contemplou a presença e o cuidado do Senhor contigo. Recordo –me de algumas experiências em que recebi revelações do Senhor de situações as quais eu passei antes da minha conversão, momentos dolorosos, momentos  desesperadores, sem ter ninguém ao meu lado, e o Senhor revelou-se presente. Certa vez perguntei-Lhe: “O Senhor estava lá?”. O Senhor respondeu: “Sim! Estava esperando você me entregar a sua dor e olhar para mim”.

Não feche os seus olhos para a vida, não isole no problema que você está enfrentando. Confie e creia que o Senhor está do seu lado e espera que você entregue o seu fardo a Ele. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28-30). Jesus ressuscitou, não está preso num madeiro e tão pouco num sepulcro. Ele vive, Ele reina, subiu aos céus, mas o Espírito Santo desceu para ficar conosco. Sendo assim, Ele está conosco e pode ser muito mais que uma companhia, pode ser um Pai, um amigo, um mentor, aquele que vai nos conduzir a mais próximo de Deus. Esse propósito se encerra aqui, mas você pode escolher se O deixará ir ou se O convidará para fixar moradia em sua casa, em sua vida.  Se andar com Jesus por 21 dias foi tão bom, imagine por toda a sua vida e também na eternidade? Converse com o Senhor, em oração, entregue-se por inteiro a Ele, consagre sua vida a Ele e deixa esse Bom Pastor te conduzir. Que o Senhor abençoe sua vida, sua casa e toda sua família. Que a semente que foi plantada em seu coração nesses 21 dias possa frutificar e possa fazer diferença em sua vida. Que você possa crescer em graça e sabedoria que vem do Alto para que não seja apenas recebedor das bênçãos e da Palavra de Deus, mas seja um abençoador nesta terra, um soldado do exército do Senhor para propagar o Seu evangelho e disseminar o Seu amor.


*As devocionais do blog são atualizadas as segundas-feiras. Continue acompanhando-nos! Graça e Paz!   

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

21 dias andando com Jesus



Vá pra cruz!
Lucas 22 e 23

Compartilho o testemunho de uma experiência que tive certa vez. O Espírito Santo ministrou ao meu coração para que eu conversasse com uma pessoa acerca de uma situação que ela e sua família viviam. Desde então, estive em oração para que o Senhor confirmasse e preparasse o lugar e o momento certo. Deus proveu, e eu em obediência falei com a pessoa. Mas para minha tristeza, ela foi muito rude comigo, usou de palavras que fez me sentir humilhada. Fui embora para casa extremamente chateada e furiosa e então questionei ao Senhor, o porquê dEle ter me pedido para fazer aquilo sabendo que eu seria humilhada daquela forma. Lembro-me do Senhor ter tocado em meu coração para perdoá-la simplesmente, e, orar por ela e sua família, pois ela retornaria e iriamos conversar. Dias depois ela retornou e conversamos sobre o assunto, e ela confidenciou a guerra pela qual passava e reconheceu que o Senhor havia mesmo falado com ela naquela noite.  

Isso foi o que aconteceu, mas antes da história desenrolar, após demonstrar ao Senhor a minha chateação pela forma como fui tratada por estar ali em obediência a Ele, fui muito ministrada no meu momento devocional. Ao ler a bíblia e deparar com as perseguições sofridas pelos servos do Senhor, as pedradas, e, o próprio sacrifício de Jesus na cruz do calvário, senti-me tão constrangida, pois nada daquilo que eu julgara ser “humilhação” era de fato uma “humilhação” se comparada aos mártires da fé que definitivamente “negaram-se a si mesmo e tomaram a sua cruz”. Vi que precisava negar o ego e o orgulho, e tomar a minha cruz. Quando decidimos andar com Jesus devemos ir aos lugares onde Ele anda e não nos lugares onde nós desejamos, isso inclui, a cruz, a crucificação, a morte.

A leitura de hoje é sobre a morte e crucificação de Jesus. Tenho em mim que a saga de Jesus (da condenação à consumação) deveria ser lida diariamente para que pudéssemos aprender a esvaziarmos de nós e a carregar a cruz todos os dias. Jesus veio em carne e sangue, logo, era um homem, era humano, mas o que sabemos da vontade de Jesus, de seu íntimo? O que vimos foi Ele sempre fazendo a vontade do Pai. O único momento que Ele expôs Sua vontade, o seu desejo de não tomar daquele cálice de sofrimento, ainda assim disse: “Pai se queres, passa de mim este cálice; todavia que não faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42). Com essa afirmação Jesus demonstrou medo, pois sabia o que lhe aguardaria, mas Ele estava firmado no propósito do Senhor a ponto de alinhar a Seu corpo, alma e espirito à vontade de Deus “pois eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (João 6:38).

Se queremos permanecer andando com Jesus devemos ir aos lugares que Ele anda, inclusive irmos à cruz, a morte. Muitas coisas precisam ser crucificadas em nossas vidas para serem mortas e enfim experimentarmos a ressureição em Cristo, a verdadeira conversão no Senhor. Os discípulos andaram com Jesus durante o Seu ministério na terra, ao seu lado viram-no operar milagres e anunciar as boas novas. Com Jesus estiveram em tribulações, alegraram-se em festas e estiveram em comunhão antes de sua morte. Na noite que antecedeu a crucificação de Jesus, estiveram todos na mesa para a última ceia, antes, foram purificados ao terem seus pés lavados pelo próprio Mestre. Mas na hora em que Ele foi para cruz, quantos deles estiveram com Jesus? Todos o abandonaram e o deixaram (Mateus 26:56). Pedro que olhava de longe, quando questionado se era um dos que andavam com Jesus, O negou três vezes. É na cruz que vemos  como é o nosso relacionamento com Deus. Pedro arrependeu-se e depois que ficou cheio do Espirito Santo não somente não negou ao Senhor como morreu por Ele, crucificado de cabeça para baixo, pois não se achava digno de morrer como o Redentor.

Talvez você pensa o porque de ter compartilhado o meu testemunho e o considere bizarro perto de tantas histórias de verdadeiros mártires da fé.  Essa experiência me mostrou a imaturidade espiritual a qual eu tinha (e ainda tenho), e pude vê-la também em uma porção de gente, que também se irrita quando a direção de Deus não lhe convém. O nosso exercício de renúncia começa no pouco e só então estaremos aptos para o muito. Se a resistência de uma pessoa a quem falamos nos incomodar, teríamos nós coragem e ousadia para morrer por não negarmos a Jesus. Entendo que o Senhor permite muitas situações para provarmos e principalmente provar a nós mesmos o quão distantes da cruz estamos.  

Mas cabe a nós reconhecermos aquilo que Ele nos mostra para andarmos alinhados a Ele e enfim, alinharmos por completo à cruz, corpo, alma e espirito. A caminhada é longa, mas Ele sempre estará conosco a não ser se nós O negarmos, “Portanto qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que estás nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que estás no céus” (Mateus 10:32-33). Quando não O obedecemos negamos ao Senhor, quando não O reconhecemos, O negamos também, se em atitudes tão simples nos acovardamos, quem nos dá segurança de que em uma situação extrema não O negaremos ao também. A cruz nos dá essa segurança, mas, só se estivermos andando em direção dela.  

Estamos em nosso penúltimo dia do propósito “21 dias andando com Jesus”, e a pergunta é: “Você quer continuar a andar com ele? Talvez os próximos 21 dias seja um percurso com uma cruz pesada nas costas. Ainda assim, quer caminhar ao Seu lado?”. Que essa palavra gere arrependimento, renúncia e transformação em nosso coração, em nome de Jesus. E que possamos mudar as nossas orações de “eu quero” para “o que Tu queres” e possamos dizer juntos “O que é importante para ti Senhor, é importante para mim”, negando a nós mesmos.