terça-feira, 17 de novembro de 2015

Não enterre o seu talento




Há mais de um ano que reativei esse meu blog, ele ficou mais de quatro anos sem atualização. Gostaria de compartilhar com vocês o que me fez retornar com os posts, foi uma experiência que tive com Deus e que ainda hoje fala muito forte ao meu coração. Estava em uma das minhas primeiras aulas da Escola de Dons 3 D na igreja que congrego aqui em Palmas (Igreja Internacional da Renovação).  O professor perguntou à classe quais dons cada um tinha e pediu um a um para que citasse-os. Quando chegou a minha vez, sorrindo respondi ao mestre: “Ah, eu não tenho dom nenhum! Mas bem que gostaria de ter o dom de cozinhar bem, de disciplina e organização (e comecei a citar os dons que desejava ter)”. Pois bem, a aula finalizou e retornei para casa, mas estava com algo afligindo o meu coração. Naquela mesma noite enquanto lia e meditava na palavra de Deus, o Senhor conduziu-me a “Parábola dos Talentos” (Mateus 25:14-30).

A parábola conta a história de um homem que antes de viajar chamou os seus servos e distribuiu os seus bens. A um foi dado cinco talentos, a outro, dois e ao terceiro, um talento, a cada um foi distribuído segundo a sua capacidade e depois ausentou-se para longe. Depois de um tempo, o senhor retornou e foi tomar contas com seus servos dos talentos que tinha lhes dado. O que havia ganhado cinco, multiplicou, adquirindo mais cinco, o que havia ganhado dois talentos, também dobrou a sua quantidade. A ambos, o Senhor respondeu-lhes: “Muito bom, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei, entra no gozo do seu Senhor”. Porém o terceiro servo, quando perguntado pelo seu Senhor sobre o que havia feito com o talento, respondeu-lhe: “Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; E atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu”. (Mateus 25:24-25). O senhor o chamou de servo mau e negligente e tomou o talento dando ao que havia recebido cinco e duplicado o valor. “Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância, mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado” (Mateus 25:29).  Ao finalizar essa leitura o Espirito Santo confrontou-me: “O que você tem feito com os dons que eu te dei? Você tem pedido outros dons, mas, tem enterrado o que já recebeu!”.

Nessa parábola vimos que Jesus disse que o senhor distribuiu os “seus bens”, os dons que temos são de Deus, e Ele disse ainda mais “a cada um foi dado segundo a sua capacidade”, ou seja, Ele sabe que temos condições de prosperar naquilo que Ele nos entregou. Acontece que muitas vezes não vemos nossas habilidades como dons, como um bem valioso que Deus nos deu e ficamos querendo fazer coisas que não é da nossa competência (não que não podemos conseguir, mas que não foi o que Deus confiou a nós). O terceiro servo não teve a mesma pro atividade dos demais, temeu fracassar e ainda tentou justificar sua atitude atribuindo à dureza do seu senhor. Com isso ele não somente demonstrou não conhecer a quem servia como também demonstrou ingratidão, não reconhecendo como benção o que havia recebido. Os demais, o senhor chamou-lhes de “servos bons e fieis” e convidou-lhes a se alegrar nEle, ou seja o Senhor é glorificado com tudo o que fizermos. Deus se alegra quando prosperamos naquilo que Ele nos dá, Ele se alegra quando rompemos as nossas limitações e nos empenhamos em frutificar o que foi entregue em nossas mãos.

“Foste fiel no pouco e no muito te colocarei”, talvez o Senhor espera somente a sua fidelidade no pouco que Ele tem te entregue para lhe colocar onde tanto deseja, mas se você não cuida do pouco que recebeu porque o Senhor lhe confiaria grandes projetos? Essa parábola ainda hoje fala muito comigo, e em todas as áreas da minha vida. Resolvi usar os meus dons para Deus, para manifestação de Sua glória. 1 Timóteo 4:14 diz: “Não despreze o dom que há em ti”. Mas esses talentos não referem-se apenas a dons espirituais, habilidades manuais, mas a tudo o que recebemos de Deus, a nossa casa, a nossa família, o nosso ministério. Tantas coisas que recebemos e deixamos “enterrados”, não reconhecendo como um bem, algo valioso vindo de Deus para cuidarmos. Mas a parábola é clara quando diz que o senhor daqueles servos passando um tempo retornou e fez contas com eles. Se o Senhor voltasse hoje como você seria chamado por Ele: servo bom e fiel, ou, servo mau e negligente? Vamos meditar um pouquinho!

Shalom! Graça e Paz! 

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