“Saudai a Priscila e a Áquila, meus
cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida expuseram as suas
cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios”. (Romanos 16:3-4)
A bíblia pouco fala dela, numa pesquisa
rápida conseguimos identificar o nome de Priscila mencionado sete vezes na bíblia,
e em todas elas o nome dela sempre é mencionado junto ao do seu marido.
Priscila era esposa de Áquila, ambos judeus e tinham o mesmo ofício que Paulo, confeccionavam
tendas. Foi esse casal que abrigou Paulo em sua casa quando este esteve em
Corinto, na Grécia, foram seus discípulos e, foi reconhecido pelo próprio
apóstolo como “meus companheiros no serviço de Cristo Jesus”. O casal cedia sua
casa para que o evangelho de Jesus fosse ministrado às pessoas, naquela época,
a igreja primitiva reunia-se em residências. Priscila e Áquila tinham seu
próprio negócio, exerciam juntos a mesma profissão, eles poderiam alegar que
tinham muito a fazer no trabalho, e não poderiam se comprometer com a obra do
Senhor, pois demandava muito tempo, tempo este que para quem trabalha sabe que
é precioso, mas não foi o que eles fizeram, foram dedicados enquanto servos de
Deus. Mas, por onde andou Priscila na bíblia? Para quem esperou um relato
detalhado dos passos dessa serva fiel do Senhor, a resposta é muito curta:
Priscila andou ao lado de seu marido, servindo juntos ao Senhor na propagação
de seu evangelho.
O livro de Gênesis relata a criação do mundo,
depois de tudo feito, inclusive o primeiro homem, Adão, Deus lhe deu autoridade
para que desse nome a tudo o que existia na terra, e assim fez Adão, porém Adão
não achou nenhuma ajudadora idônea para ele, visto que todos tinham um par. Deus
viu que não era bom que o homem ficasse só, e fez com que Adão dormisse e tomou
uma de suas costelas e da carne do meio dela formou uma mulher, e a trouxe a
ele. Quando viu Eva, Adão falou: “Esta é
agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher,
porquanto do homem foi tomada”. (Gênesis 2:23).
Adão se referiu a Eva não como sua inferior, mas como sua igual, em nenhum
momento ele se coloca em posição superior. E nem foi essa a intenção de Deus ao
criá-la. Deus fez macho e fêmea para que o propósito dEle se cumprisse nessa
união. Há uma igualdade em valor, porém uma diferença na identidade e é nessa
diferença que há a completude do Senhor, o laço de amor colocado pelo Criador
atraindo-os um ao outro. E foi nessa diferença de identidade que não foi bem
administrada pelo primeiro casal da terra que entrou a confusão e o engano, e,
infelizmente persevera até os dias de hoje entre os gêneros.
Quando foi induzida pela serpente a comer do
fruto proibido, Eva poderia recorrer a seu esposo antes de tomar qualquer
decisão, afinal de contas, eles eram um, mas não foi o que ela fez, não somente
desobedeceu como incentivou Adão a comer também. Adão que poderia ter buscado
ao Senhor para juntos encontrar uma solução, reconhecendo o erro de “ambos”, e
clamar pela misericórdia do Criador à vida deles, foi conivente com o erro da
mulher. O pecado original fez com que envergonhassem um do outro, na verdade,
envergonharam-se ambos de si mesmos, pois, um era parte do outro (juntos
formavam-se um só). Quando Deus perguntou-lhes o que havia acontecido, Adão
culpou Eva, que culpou a serpente. Nenhum reconheceu o seu erro, pois
independente do que a serpente havia dito ou instruído, Deus já havia dado instruções
a ambos para que não comessem daquele fruto, inclusive já havia orientado sobre
o que aconteceria se caso comessem. E foi assim a queda do homem, rompendo a
relação harmoniosa entre o homem e a mulher, afastando-se de Deus.
Até hoje o inimigo continua a falar às
mulheres que o propósito do Senhor ao homem e a mulher é uma bobeira, coisa
antiquada, que o mundo é moderno e a mulher é independente para fazer o que
quer, que ela não precisa “dar
satisfações” a seu marido, que ela ganha (financeiramente) melhor que ele,
e sendo assim, não é preciso respeitá-lo, agora elas podem tudo, inclusive
assumir a identidade que não é delas, e sim do homem. Isso só vem causando confusão
nos relacionamentos com o intuito de impedir o cumprimento do propósito de Deus
com a união do casal, pois Deus não une apenas pessoas, Ele une pessoas e
propósitos. É egoísmo demais achar que o Senhor quer unir um homem e uma mulher
apenas para satisfazerem um ao outro sexualmente ou afetivamente. A mulher foi criada para ser a ajudadora, a
auxiliadora, e ela não precisa se sentir inferior por esse termo, o próprio
Deus é citado na bíblia como “nosso auxílio”. A mulher tem como função ser
benção na vida do homem, de seu conjugue, mas muitas tem sido pedra de tropeço,
ainda mais no que se refere à vida com Deus, o serviço à obra de Deus.
Certa vez li um livro cujo título é “Escolhida
para o altar” da pastora Tânia Rubin, no primeiro capítulo a autora leva a
leitora a uma reflexão, caso ela esteja interessada em alguém que esteja convicto
do seu chamado em Cristo, se ela está apta a acompanhá-lo e disposta a ser uma
colaboradora da obra do Senhor juntamente com ele. A reflexão é válida, pois, muitas
moças cristãs querem casar-se, se envolvem na igreja, pois querem um homem
temente ao Senhor, que ame ao Senhor acima de tudo, pois sabem que serão amadas
e respeitadas por eles, mas ao casar-se coloca os desejos dela acima dos planos
de Deus à vida de seu esposo, ao casal, ao
relacionamento e nisso ao invés de levar o conjugue e sua família a mais
próximo de Deus, é instrumento do inimigo para tirá-los da presença do Senhor,
e cortar a conexão de Deus com sua família.
Priscila em tão pouco nos ensina muito.
Ensina às mulheres, independente de ser casadas ou que planejam se casar, a
voltar ao principio da criação, a tomar o seu lugar dado por Deus e a exercer a
sua função. Em ser cooperadora na obra do Senhor e cumprir o chamado junto a
seu conjugue. Lembrando que isso não se refere apenas a trabalhos na igreja,
mas também em sua própria casa, pois a família é o primeiro ministério de um
cristão. É muito comum hoje em dia, ver mulheres que tiram a autoridade de pai
do seu esposo na frente de seus filhos, estimulando a rebeldia destes que ao
crescerem terão dificuldades com submissão e respeito a autoridades em sua vida.
Mulheres que recusam a receber pessoas em sua casa para um culto doméstico ou
alguma reunião de evangelismo, pois se preocupam com as paredes de sua casa que
podem ser manchadas ou até mesmo com o porcelanato que pode ser arranhado. Mulheres
que não aceitam dividir o tempo do seu marido com pessoas as quais ela alega
nem conhecer, ou, mulheres que até estão ao lado de seus esposos a serviço do
reino, porém, com o coração endurecido rejeitando tudo aquilo. É uma pena que
estas esquecem quem os criou, quem abençoou esta união, quem deu-lhes filhos e
quem os fez prosperar nesta terra. Talvez você esteja achando esse texto
apelativo, com um tom vingativo, mas não é, ate porque Deus continua sendo Deus
quer sua família esteja ou não aos pés dEle, mas e sua família, o que seria/será
dela sem Deus?
Talvez Eva considerava-se apenas uma “ajudadora”
no sentido pejorativo em que muitas consideram (inferior) e por não fazer uso
da sabedoria comprometeu toda sua descendência.
Mas Deus mostrou o quão importante é a mulher para o reino dEle pois foi uma
mulher que Ele usou para que Seu filho viesse ao mundo e o salvasse. “E
conheceis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32), este engano de que
há diferença de valor entre homem e mulher já foi caído por terra, mas agora é
preciso tratar o seu orgulho, a sua soberba, a sua vaidade que ainda sustenta
tudo isso, mas isso, infelizmente, cabe a você fazer. Ore ao Senhor, peça a Ele
direção, peça a Ele que tire o sofisma de seus olhos, que abra os seus ouvidos,
os seus olhos para que você possa ver a dimensão do propósito que Ele preparou
a você e sua família, e principalmente ao invés de criticar ou desestimular o
seu companheiro, peça ao Senhor que a capacite e a motive para ser uma
ajudadora de excelência, lembrando que tudo o que é feito na obra do Senhor não
são para homens, tão pouco para o seu homem, mas sim, para Deus.
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