segunda-feira, 16 de março de 2015

Companheira e fiel - Por onde andou Priscila na bíblia?









“Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios”.  (Romanos 16:3-4)

A bíblia pouco fala dela, numa pesquisa rápida conseguimos identificar o nome de Priscila mencionado sete vezes na bíblia, e em todas elas o nome dela sempre é mencionado junto ao do seu marido. Priscila era esposa de Áquila, ambos judeus e tinham o mesmo ofício que Paulo, confeccionavam tendas. Foi esse casal que abrigou Paulo em sua casa quando este esteve em Corinto, na Grécia, foram seus discípulos e, foi reconhecido pelo próprio apóstolo como “meus companheiros no serviço de Cristo Jesus”. O casal cedia sua casa para que o evangelho de Jesus fosse ministrado às pessoas, naquela época, a igreja primitiva reunia-se em residências. Priscila e Áquila tinham seu próprio negócio, exerciam juntos a mesma profissão, eles poderiam alegar que tinham muito a fazer no trabalho, e não poderiam se comprometer com a obra do Senhor, pois demandava muito tempo, tempo este que para quem trabalha sabe que é precioso, mas não foi o que eles fizeram, foram dedicados enquanto servos de Deus. Mas, por onde andou Priscila na bíblia? Para quem esperou um relato detalhado dos passos dessa serva fiel do Senhor, a resposta é muito curta: Priscila andou ao lado de seu marido, servindo juntos ao Senhor na propagação de seu evangelho.  

O livro de Gênesis relata a criação do mundo, depois de tudo feito, inclusive o primeiro homem, Adão, Deus lhe deu autoridade para que desse nome a tudo o que existia na terra, e assim fez Adão, porém Adão não achou nenhuma ajudadora idônea para ele, visto que todos tinham um par. Deus viu que não era bom que o homem ficasse só, e fez com que Adão dormisse e tomou uma de suas costelas e da carne do meio dela formou uma mulher, e a trouxe a ele. Quando viu Eva, Adão falou: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada”. (Gênesis 2:23). Adão se referiu a Eva não como sua inferior, mas como sua igual, em nenhum momento ele se coloca em posição superior. E nem foi essa a intenção de Deus ao criá-la. Deus fez macho e fêmea para que o propósito dEle se cumprisse nessa união. Há uma igualdade em valor, porém uma diferença na identidade e é nessa diferença que há a completude do Senhor, o laço de amor colocado pelo Criador atraindo-os um ao outro. E foi nessa diferença de identidade que não foi bem administrada pelo primeiro casal da terra que entrou a confusão e o engano, e, infelizmente persevera até os dias de hoje entre os gêneros. 

Quando foi induzida pela serpente a comer do fruto proibido, Eva poderia recorrer a seu esposo antes de tomar qualquer decisão, afinal de contas, eles eram um, mas não foi o que ela fez, não somente desobedeceu como incentivou Adão a comer também. Adão que poderia ter buscado ao Senhor para juntos encontrar uma solução, reconhecendo o erro de “ambos”, e clamar pela misericórdia do Criador à vida deles, foi conivente com o erro da mulher. O pecado original fez com que envergonhassem um do outro, na verdade, envergonharam-se ambos de si mesmos, pois, um era parte do outro (juntos formavam-se um só). Quando Deus perguntou-lhes o que havia acontecido, Adão culpou Eva, que culpou a serpente. Nenhum reconheceu o seu erro, pois independente do que a serpente havia dito ou instruído, Deus já havia dado instruções a ambos para que não comessem daquele fruto, inclusive já havia orientado sobre o que aconteceria se caso comessem. E foi assim a queda do homem, rompendo a relação harmoniosa entre o homem e a mulher, afastando-se de Deus. 

Até hoje o inimigo continua a falar às mulheres que o propósito do Senhor ao homem e a mulher é uma bobeira, coisa antiquada, que o mundo é moderno e a mulher é independente para fazer o que quer, que ela não precisa “dar satisfações” a seu marido, que ela ganha (financeiramente) melhor que ele, e sendo assim, não é preciso respeitá-lo, agora elas podem tudo, inclusive assumir a identidade que não é delas, e sim do homem. Isso só vem causando confusão nos relacionamentos com o intuito de impedir o cumprimento do propósito de Deus com a união do casal, pois Deus não une apenas pessoas, Ele une pessoas e propósitos. É egoísmo demais achar que o Senhor quer unir um homem e uma mulher apenas para satisfazerem um ao outro sexualmente ou afetivamente.  A mulher foi criada para ser a ajudadora, a auxiliadora, e ela não precisa se sentir inferior por esse termo, o próprio Deus é citado na bíblia como “nosso auxílio”. A mulher tem como função ser benção na vida do homem, de seu conjugue, mas muitas tem sido pedra de tropeço, ainda mais no que se refere à vida com Deus, o serviço à obra de Deus.  
Certa vez li um livro cujo título é “Escolhida para o altar” da pastora Tânia Rubin, no primeiro capítulo a autora leva a leitora a uma reflexão, caso ela esteja interessada em alguém que esteja convicto do seu chamado em Cristo, se ela está apta a acompanhá-lo e disposta a ser uma colaboradora da obra do Senhor juntamente com ele. A reflexão é válida, pois, muitas moças cristãs querem casar-se, se envolvem na igreja, pois querem um homem temente ao Senhor, que ame ao Senhor acima de tudo, pois sabem que serão amadas e respeitadas por eles, mas ao casar-se coloca os desejos dela acima dos planos de Deus à vida de seu  esposo, ao casal, ao relacionamento e nisso ao invés de levar o conjugue e sua família a mais próximo de Deus, é instrumento do inimigo para tirá-los da presença do Senhor, e cortar a conexão de Deus com sua família. 

Priscila em tão pouco nos ensina muito. Ensina às mulheres, independente de ser casadas ou que planejam se casar, a voltar ao principio da criação, a tomar o seu lugar dado por Deus e a exercer a sua função. Em ser cooperadora na obra do Senhor e cumprir o chamado junto a seu conjugue. Lembrando que isso não se refere apenas a trabalhos na igreja, mas também em sua própria casa, pois a família é o primeiro ministério de um cristão. É muito comum hoje em dia, ver mulheres que tiram a autoridade de pai do seu esposo na frente de seus filhos, estimulando a rebeldia destes que ao crescerem terão dificuldades com submissão e respeito a autoridades em sua vida. Mulheres que recusam a receber pessoas em sua casa para um culto doméstico ou alguma reunião de evangelismo, pois se preocupam com as paredes de sua casa que podem ser manchadas ou até mesmo com o porcelanato que pode ser arranhado. Mulheres que não aceitam dividir o tempo do seu marido com pessoas as quais ela alega nem conhecer, ou, mulheres que até estão ao lado de seus esposos a serviço do reino, porém, com o coração endurecido rejeitando tudo aquilo. É uma pena que estas esquecem quem os criou, quem abençoou esta união, quem deu-lhes filhos e quem os fez prosperar nesta terra. Talvez você esteja achando esse texto apelativo, com um tom vingativo, mas não é, ate porque Deus continua sendo Deus quer sua família esteja ou não aos pés dEle, mas e sua família, o que seria/será dela sem Deus? 

Talvez Eva considerava-se apenas uma “ajudadora” no sentido pejorativo em que muitas consideram (inferior) e por não fazer uso da sabedoria comprometeu toda  sua descendência. Mas Deus mostrou o quão importante é a mulher para o reino dEle pois foi uma mulher que Ele usou para que Seu filho viesse ao mundo e o salvasse. “E conheceis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32), este engano de que há diferença de valor entre homem e mulher já foi caído por terra, mas agora é preciso tratar o seu orgulho, a sua soberba, a sua vaidade que ainda sustenta tudo isso, mas isso, infelizmente, cabe a você fazer. Ore ao Senhor, peça a Ele direção, peça a Ele que tire o sofisma de seus olhos, que abra os seus ouvidos, os seus olhos para que você possa ver a dimensão do propósito que Ele preparou a você e sua família, e principalmente ao invés de criticar ou desestimular o seu companheiro, peça ao Senhor que a capacite e a motive para ser uma ajudadora de excelência, lembrando que tudo o que é feito na obra do Senhor não são para homens, tão pouco para o seu homem, mas sim, para Deus.  

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