“Em verdade vos
digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o
que ela fez será contado para sua memória” Marcos 14:9
Quem não conhece a história da mulher do vaso de
alabastro? (Marcos 14: 3-9) O próprio Jesus disse que o gesto daquela mulher
seria lembrando por onde o seu evangelho fosse pregado. A mulher em questão era
Maria, irmã de Lázaro, aquele que Jesus ressuscitou. Mas o que foi assim de tão
extraordinário que Maria fez para que tivesse seu nome registrado nas
escrituras sagradas? A sábia Maria fez as melhores escolhas, sempre a melhor
parte!
Jesus estava na casa de Simão junto aos demais discípulos
quando veio uma mulher que trazia consigo um vaso de alabastro com um perfume
valioso, a bíblia diz aquele perfume era de “nardo”, segundo estudos o nardo
era um bálsamo raro extraído de uma planta nas regiões do Himalaia (Índia) por
ser um produto importado seu custo era muito alto. Maria quebrou o vaso de
alabastro e derramou todo aquele perfume sobre Jesus, ungiu seus pés e secou -
lhes com seus cabelos. O perfume era tão intenso que encheu toda a casa. Alguns
dos discípulos que estavam com Jesus mostraram-se indignados com a atitude
dela, pois, acharam um desperdício derramar todo aquele perfume que por ser
algo tão precioso poderia ser vendido e o dinheiro arrecadado poderia ser
ofertado aos pobres. Então lhe chamaram a atenção, foi quando Jesus a defendeu
dizendo: “Deixe-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra. Porque sempre
tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim
nem sempre me tendes. Esta fez o que podia, antecipou-se a ungir o meu corpo
para a sepultura”. Jesus já sabia que tramavam para pegá-lo e que estava
próxima a hora da sua morte, e se alegrou com a atitude daquela mulher.
Um perfume tão valioso deve ter custado muito
à Maria. O vaso também era muito especial, pois o alabastro é extraído do
interior das cavernas, o seu local de extração por vezes é de dentro de uma
caverna onde se forma as estalactites e as estalagmites. O artesão retira do
encontro dessas duas formações naturais da natureza o alabastro e assim o molda.
E foi um vaso assim que Maria quebrou diante de Jesus para que toda a essência fosse
derramada sobe Ele.
Mas o que essa atitude de Maria diz a nós
mulheres nos dias de hoje? Antes de falarmos sobre isso vamos lembrar-nos de outra
história dessa mesma Maria. “E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus
numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa; E tinha
esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus,
ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e,
aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir
só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás
ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária;E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” (Lucas 10:38-42).
Nas duas histórias
descritas Maria fora criticada por suas atitudes. Na primeira pelos discípulos
de Jesus e na segunda por sua irmã Marta. Os primeiros acharam um absurdo e desperdício
o que havia feito com aquele perfume, a outra, incomodou-se vendo Maria sentada
ouvindo Jesus enquanto havia tanta coisa por fazer. E em nenhuma delas, Maria
perdeu o seu foco, o seu alvo que era Cristo. Vivemos em uma sociedade em que a
mulher tem conquistado tantas coisas, tem se desdobrado para atender a tantos
compromissos ora por necessidade, ora por vaidade, e isso tem feito com que
muitas mudassem o alvo de suas vidas. Muitas até estão na mesma casa que Jesus,
servem Ele, mas não O tem como alvo em suas vidas, as coisas que fazem não são
para glorificá-Lo, não buscam ouvi-Lo, conhecê-Lo, não buscam mais intimidade
com Ele.
Quando conversava
com a mulher samaritana à beira do poço, Jesus disse-lhe: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais
que assim o adorem” (João 4:23).
Quando estava sentada no banquinho, Maria estava aprendendo sobre as
escrituras, ficou atenda, pois, queria aprender com Jesus. Já na casa de Simão,
Maria esteve ali para adorá-lo, vejam bem, em sua casa ela esteve em um
banquinho, na casa de Simão, aos pés do Senhor. Maria sabia que o lugar mais
alto onde uma mulher deve estar é aos pés do Senhor.
Devemos assim como Maria adorar ao Senhor em
espírito e em verdade. Nosso coração é como o vaso de alabastro, e o Senhor
deseja que nós quebremos o nosso coração diante dEle, Ele não rejeita um
coração quebrantado. Derrame aos Seus pés suas lágrimas, toda a sua essência,
com toda devoção, em adoração, humildade e reconhecimento de Sua grandeza e
majestade. Muitas mulheres ficam à procura das palavras bonitas para apresentar
ao Senhor em adoração, mas vemos que Maria não disse nada, ela simplesmente derramou-se
diante do Messias. Não importa as críticas e nem a reprovação das pessoas em
relação a sua atitude diante de Jesus. Maria não buscou a aprovação das
pessoas, ela buscou agradar a Jesus, e foi o Senhor quem a honrou, foi Ele quem
falou dela ordenando aos que fossem levar a Tua palavra para que aquele ato fosse
registrado, para que em todos os lugares onde Seu evangelho fosse pregado a
atitude de Maria fosse lembrada. Num mundo onde para se obter os cinco
minutinhos de fama as mulheres vem apelando para tudo, nós nos sensibilizamos
com histórias como a de Maria, que por nem um instante quis ter fama, mas por
ser sábia e escolher sempre a melhor parte fez com que o seu nome ficasse
marcado por toda a eternidade.
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