sexta-feira, 6 de março de 2015

Boa ouvinte e adoradora – Maria, a mulher que escolheu a melhor parte






“Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória” Marcos 14:9

Quem não conhece a história da mulher do vaso de alabastro? (Marcos 14: 3-9) O próprio Jesus disse que o gesto daquela mulher seria lembrando por onde o seu evangelho fosse pregado. A mulher em questão era Maria, irmã de Lázaro, aquele que Jesus ressuscitou. Mas o que foi assim de tão extraordinário que Maria fez para que tivesse seu nome registrado nas escrituras sagradas? A sábia Maria fez as melhores escolhas, sempre a melhor parte!

Jesus estava na casa de Simão junto aos demais discípulos quando veio uma mulher que trazia consigo um vaso de alabastro com um perfume valioso, a bíblia diz aquele perfume era de “nardo”, segundo estudos o nardo era um bálsamo raro extraído de uma planta nas regiões do Himalaia (Índia) por ser um produto importado seu custo era muito alto. Maria quebrou o vaso de alabastro e derramou todo aquele perfume sobre Jesus, ungiu seus pés e secou - lhes com seus cabelos. O perfume era tão intenso que encheu toda a casa. Alguns dos discípulos que estavam com Jesus mostraram-se indignados com a atitude dela, pois, acharam um desperdício derramar todo aquele perfume que por ser algo tão precioso poderia ser vendido e o dinheiro arrecadado poderia ser ofertado aos pobres. Então lhe chamaram a atenção, foi quando Jesus a defendeu dizendo: “Deixe-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra. Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes. Esta fez o que podia, antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura”. Jesus já sabia que tramavam para pegá-lo e que estava próxima a hora da sua morte, e se alegrou com a atitude daquela mulher.

Um perfume tão valioso deve ter custado muito à Maria. O vaso também era muito especial, pois o alabastro é extraído do interior das cavernas, o seu local de extração por vezes é de dentro de uma caverna onde se forma as estalactites e as estalagmites. O artesão retira do encontro dessas duas formações naturais da natureza o alabastro e assim o molda. E foi um vaso assim que Maria quebrou diante de Jesus para que toda a essência fosse derramada sobe Ele.  

Mas o que essa atitude de Maria diz a nós mulheres nos dias de hoje? Antes de falarmos sobre isso vamos lembrar-nos de outra história dessa mesma Maria. E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa; E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária;E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” (Lucas 10:38-42). 

Nas duas histórias descritas Maria fora criticada por suas atitudes. Na primeira pelos discípulos de Jesus e na segunda por sua irmã Marta. Os primeiros acharam um absurdo e desperdício o que havia feito com aquele perfume, a outra, incomodou-se vendo Maria sentada ouvindo Jesus enquanto havia tanta coisa por fazer. E em nenhuma delas, Maria perdeu o seu foco, o seu alvo que era Cristo. Vivemos em uma sociedade em que a mulher tem conquistado tantas coisas, tem se desdobrado para atender a tantos compromissos ora por necessidade, ora por vaidade, e isso tem feito com que muitas mudassem o alvo de suas vidas. Muitas até estão na mesma casa que Jesus, servem Ele, mas não O tem como alvo em suas vidas, as coisas que fazem não são para glorificá-Lo, não buscam ouvi-Lo, conhecê-Lo, não buscam mais intimidade com Ele. 

Quando conversava com a mulher samaritana à beira do poço, Jesus disse-lhe: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”  (João 4:23). Quando estava sentada no banquinho, Maria estava aprendendo sobre as escrituras, ficou atenda, pois, queria aprender com Jesus. Já na casa de Simão, Maria esteve ali para adorá-lo, vejam bem, em sua casa ela esteve em um banquinho, na casa de Simão, aos pés do Senhor. Maria sabia que o lugar mais alto onde uma mulher deve estar é aos pés do Senhor. 

Devemos assim como Maria adorar ao Senhor em espírito e em verdade. Nosso coração é como o vaso de alabastro, e o Senhor deseja que nós quebremos o nosso coração diante dEle, Ele não rejeita um coração quebrantado. Derrame aos Seus pés suas lágrimas, toda a sua essência, com toda devoção, em adoração, humildade e reconhecimento de Sua grandeza e majestade. Muitas mulheres ficam à procura das palavras bonitas para apresentar ao Senhor em adoração, mas vemos que Maria não disse nada, ela simplesmente derramou-se diante do Messias. Não importa as críticas e nem a reprovação das pessoas em relação a sua atitude diante de Jesus. Maria não buscou a aprovação das pessoas, ela buscou agradar a Jesus, e foi o Senhor quem a honrou, foi Ele quem falou dela ordenando aos que fossem levar a Tua palavra para que aquele ato fosse registrado, para que em todos os lugares onde Seu evangelho fosse pregado a atitude de Maria fosse lembrada. Num mundo onde para se obter os cinco minutinhos de fama as mulheres vem apelando para tudo, nós nos sensibilizamos com histórias como a de Maria, que por nem um instante quis ter fama, mas por ser sábia e escolher sempre a melhor parte fez com que o seu nome ficasse marcado por toda a eternidade.  

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