sexta-feira, 27 de março de 2015

De Sarai a Sara – Mudando a identidade em Cristo






Embora mostrasse submissão a Abrão, Sarai era uma mulher impulsiva, ela agia conforme a sua vontade e não conforme a vontade de Deus. Deus havia prometido a Abrão que ele teria uma grande e abençoada descendência nesta terra. Porém, sua esposa Sarai era estéril, não podendo ter filhos. Mesmo vivendo em obediência ao Senhor eles não sabiam como tal benção poderiam alcançá-los. O que eles não sabiam também é que entre a profecia liberada e o cumprimento da promessa há um percurso a ser percorrido. Sarai e Abrão duvidaram do agir do Senhor, não sabiam que Deus poderia mudar a capacidade física de Sarai, pois além de ser estéril, havia encerrado o costume das mulheres, e, ambos se encontravam com idade bastante avançada. Não vendo condições de dar à luz a uma criança, Sarai sentiu a necessidade de intervir para assumir o controle da situação, oferecendo a Abrão sua serva egípcia Agar para que concedesse dele um filho: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai” (Gênesis 16:2). Mas o filho da promessa sairia do ventre de Sarai, e não de Agar. A bíblia conta que quando Agar engravidou de Abrão, a serva começou a desprezar sua senhora, pelo fato de ser o ventre dela que abrigava o filho do seu senhor. Sarai demonstrou fúria, perda de equilíbrio de suas emoções, a ponto de expulsá-la de sua casa, colocando a para fora de casa, estando Agar ainda grávida, mas um anjo do Senhor a trouxe de volta.  

Foi Sarai quem promoveu toda aquela situação, e depois não soube lidar com suas emoções e seus sentimentos em relação ao que vivia, quando saímos do caminho da promessa, a paz do Senhor também sai do nosso coração, nesse momento acabamos sendo levadas por nossos sentimentos e não mais controladas pelo Espírito Santo de Deus. A mulher que tem perfil controlador tem que buscar em Deus sabedoria para lidar com sua impulsividade, no livro de Provérbios 9: 10 está escrito: O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”.Temor” significa “respeito” e confiar em Deus é uma forma de respeitá-lo também. Essa necessidade de estar no comando, tão comum entre as mulheres, bloqueia o agir de Deus, não que Ele cruze os braços recusando – se a ajudar-nos, mas, se o comando pertence à outra pessoa que não seja Ele, Ele fica sem condições de agir, afinal Deus é justo, e por Sua justiça deu-nos o livre arbítrio. 

Depois do nascimento de Ismael, filho de Abrão com Agar, houve uma necessidade de uma intervenção divina no caráter de Sarai. Assim como Abrão que teve seu nome modificado de Abrão, que significa “Pai exaltado” passou a ser chamado de Abraão, “Pai de Multidões”, Sarai, que significa “Minha Princesa” teve seu nome trocado por Sara, “Princesa de Nações”. E depois disso o Senhor apareceu a Abraão estabelecendo uma aliança com ele, reiterando a promessa liberada a ele. Abraão tinha cem anos quando Isaque nasceu. E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado” (Gênesis 21:2). A bíblia relata a alegria de Sara e a sua gratidão à fidelidade de Deus “E disse Sara: Deus me tem feito riso; todo aquele que o ouvir se rirá comigo. Disse mais: Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos? Pois lhe dei um filho na sua velhice”. (Gênesis 21: 6 – 7). Como mudou o discurso da matriarca que anteriormente acusava a Deus por não permitir-lhe que tivesse filhos. 

Alguém já agiu assim? Ou permanece agindo assim? Muitas vezes agimos precipitadamente colocando Deus contra a parede cobrando - lhe o porquê da promessa não ter sido cumprida ainda em nossas vidas. Não obtendo respostas, buscamos atalhos e seguimos outro caminho em busca da nossa benção, o clássico discurso “Deus está demorando, e eu tenho minhas necessidades. Deus está demorando agir, e, essa proposta aqui é muito boa, devo aceitá-la”.  O problema desses atalhos é que eles são perigosos, sombrios, não sabemos aonde ele irá nos levar, quer dizer o caminho, embora duvidoso, tem sempre o mesmo resultado: frustração. Nessa hora em que nos decepcionamos com os nossos resultados resolvemos dar liberdade para Deus agir, muitas dizem: “AGORA só Jesus na causa”, mas a causa sempre foi dEle, nós que a arrancamos de suas mãos, mas é nesse momento que Deus nos surpreende, pois quando nós entregamos as nossas armas, quando levantamos as mãos nos rendendo diante dEle, entregando aquela situação a Ele, Ele nota a liberdade que foi dada a Ele em nossa vida, naquela determinada situação, então, Ele age. Mas antes Ele vai tratar a personalidade, o caráter, tirar os resquícios do velho homem, ou da velha mulher, para que esses não venham mais interferir na Sua obra, esse processo tarda um pouco mais o cumprimento da promessa, pois deve-se retornar de onde saiu, Deus não é Deus de atalhos, Ele leva nos a conversão da rota para retomarmos o caminho em que estávamos.

Um verdadeiro profeta tem nome e endereço, para quando aquele que o procurar possa encontrá-lo. Jesus é o nosso profeta e vive ao lado do pai, sentado num trono. Se a promessa liberada por Ele ainda não se cumpriu em sua vida, busque-o. Mas buscar ao Senhor e não cobrar-lhe a profecia, até porque se Ele disse que vai fazer, Ele irá fazer “Ele não é homem para que minta e nem filho do homem para que se arrependa” (Número 23:19). Busque sua face para compreender mais de você sob a ótica dEle, peça a Ele para que lhe revele o que é preciso ser trabalhado em seu coração, em sua vida, para que as bênçãos já liberadas lhe alcance, talvez, assim como Sarai, Deus tenha que mudar o seu nome, a sua identidade, o lugar onde você vive e, até mesmo mudá-la de cidade, para moldá-la tornando a de acordo com a promessa que Ele tem para sua vida. A ansiedade faz você pensar que tudo deve acontecer agora, e a fé faz com que você saiba que tudo deve acontecer no tempo de Deus. Alinhar nossas vontades e desejos aos dEle, o nosso coração ao dEle, são formas de confiar e honrar o nosso Senhor, não temos como retribuir nenhuma benção dada por Ele a nós, mas, podemos ser no mínimo, fiéis ao Deus que é fiel conosco. Confiar, esperar, se entregar, isso tudo também é uma forma de exercer e demonstrar a nossa fidelidade a Ele.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Companheira e fiel - Por onde andou Priscila na bíblia?









“Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios”.  (Romanos 16:3-4)

A bíblia pouco fala dela, numa pesquisa rápida conseguimos identificar o nome de Priscila mencionado sete vezes na bíblia, e em todas elas o nome dela sempre é mencionado junto ao do seu marido. Priscila era esposa de Áquila, ambos judeus e tinham o mesmo ofício que Paulo, confeccionavam tendas. Foi esse casal que abrigou Paulo em sua casa quando este esteve em Corinto, na Grécia, foram seus discípulos e, foi reconhecido pelo próprio apóstolo como “meus companheiros no serviço de Cristo Jesus”. O casal cedia sua casa para que o evangelho de Jesus fosse ministrado às pessoas, naquela época, a igreja primitiva reunia-se em residências. Priscila e Áquila tinham seu próprio negócio, exerciam juntos a mesma profissão, eles poderiam alegar que tinham muito a fazer no trabalho, e não poderiam se comprometer com a obra do Senhor, pois demandava muito tempo, tempo este que para quem trabalha sabe que é precioso, mas não foi o que eles fizeram, foram dedicados enquanto servos de Deus. Mas, por onde andou Priscila na bíblia? Para quem esperou um relato detalhado dos passos dessa serva fiel do Senhor, a resposta é muito curta: Priscila andou ao lado de seu marido, servindo juntos ao Senhor na propagação de seu evangelho.  

O livro de Gênesis relata a criação do mundo, depois de tudo feito, inclusive o primeiro homem, Adão, Deus lhe deu autoridade para que desse nome a tudo o que existia na terra, e assim fez Adão, porém Adão não achou nenhuma ajudadora idônea para ele, visto que todos tinham um par. Deus viu que não era bom que o homem ficasse só, e fez com que Adão dormisse e tomou uma de suas costelas e da carne do meio dela formou uma mulher, e a trouxe a ele. Quando viu Eva, Adão falou: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada”. (Gênesis 2:23). Adão se referiu a Eva não como sua inferior, mas como sua igual, em nenhum momento ele se coloca em posição superior. E nem foi essa a intenção de Deus ao criá-la. Deus fez macho e fêmea para que o propósito dEle se cumprisse nessa união. Há uma igualdade em valor, porém uma diferença na identidade e é nessa diferença que há a completude do Senhor, o laço de amor colocado pelo Criador atraindo-os um ao outro. E foi nessa diferença de identidade que não foi bem administrada pelo primeiro casal da terra que entrou a confusão e o engano, e, infelizmente persevera até os dias de hoje entre os gêneros. 

Quando foi induzida pela serpente a comer do fruto proibido, Eva poderia recorrer a seu esposo antes de tomar qualquer decisão, afinal de contas, eles eram um, mas não foi o que ela fez, não somente desobedeceu como incentivou Adão a comer também. Adão que poderia ter buscado ao Senhor para juntos encontrar uma solução, reconhecendo o erro de “ambos”, e clamar pela misericórdia do Criador à vida deles, foi conivente com o erro da mulher. O pecado original fez com que envergonhassem um do outro, na verdade, envergonharam-se ambos de si mesmos, pois, um era parte do outro (juntos formavam-se um só). Quando Deus perguntou-lhes o que havia acontecido, Adão culpou Eva, que culpou a serpente. Nenhum reconheceu o seu erro, pois independente do que a serpente havia dito ou instruído, Deus já havia dado instruções a ambos para que não comessem daquele fruto, inclusive já havia orientado sobre o que aconteceria se caso comessem. E foi assim a queda do homem, rompendo a relação harmoniosa entre o homem e a mulher, afastando-se de Deus. 

Até hoje o inimigo continua a falar às mulheres que o propósito do Senhor ao homem e a mulher é uma bobeira, coisa antiquada, que o mundo é moderno e a mulher é independente para fazer o que quer, que ela não precisa “dar satisfações” a seu marido, que ela ganha (financeiramente) melhor que ele, e sendo assim, não é preciso respeitá-lo, agora elas podem tudo, inclusive assumir a identidade que não é delas, e sim do homem. Isso só vem causando confusão nos relacionamentos com o intuito de impedir o cumprimento do propósito de Deus com a união do casal, pois Deus não une apenas pessoas, Ele une pessoas e propósitos. É egoísmo demais achar que o Senhor quer unir um homem e uma mulher apenas para satisfazerem um ao outro sexualmente ou afetivamente.  A mulher foi criada para ser a ajudadora, a auxiliadora, e ela não precisa se sentir inferior por esse termo, o próprio Deus é citado na bíblia como “nosso auxílio”. A mulher tem como função ser benção na vida do homem, de seu conjugue, mas muitas tem sido pedra de tropeço, ainda mais no que se refere à vida com Deus, o serviço à obra de Deus.  
Certa vez li um livro cujo título é “Escolhida para o altar” da pastora Tânia Rubin, no primeiro capítulo a autora leva a leitora a uma reflexão, caso ela esteja interessada em alguém que esteja convicto do seu chamado em Cristo, se ela está apta a acompanhá-lo e disposta a ser uma colaboradora da obra do Senhor juntamente com ele. A reflexão é válida, pois, muitas moças cristãs querem casar-se, se envolvem na igreja, pois querem um homem temente ao Senhor, que ame ao Senhor acima de tudo, pois sabem que serão amadas e respeitadas por eles, mas ao casar-se coloca os desejos dela acima dos planos de Deus à vida de seu  esposo, ao casal, ao relacionamento e nisso ao invés de levar o conjugue e sua família a mais próximo de Deus, é instrumento do inimigo para tirá-los da presença do Senhor, e cortar a conexão de Deus com sua família. 

Priscila em tão pouco nos ensina muito. Ensina às mulheres, independente de ser casadas ou que planejam se casar, a voltar ao principio da criação, a tomar o seu lugar dado por Deus e a exercer a sua função. Em ser cooperadora na obra do Senhor e cumprir o chamado junto a seu conjugue. Lembrando que isso não se refere apenas a trabalhos na igreja, mas também em sua própria casa, pois a família é o primeiro ministério de um cristão. É muito comum hoje em dia, ver mulheres que tiram a autoridade de pai do seu esposo na frente de seus filhos, estimulando a rebeldia destes que ao crescerem terão dificuldades com submissão e respeito a autoridades em sua vida. Mulheres que recusam a receber pessoas em sua casa para um culto doméstico ou alguma reunião de evangelismo, pois se preocupam com as paredes de sua casa que podem ser manchadas ou até mesmo com o porcelanato que pode ser arranhado. Mulheres que não aceitam dividir o tempo do seu marido com pessoas as quais ela alega nem conhecer, ou, mulheres que até estão ao lado de seus esposos a serviço do reino, porém, com o coração endurecido rejeitando tudo aquilo. É uma pena que estas esquecem quem os criou, quem abençoou esta união, quem deu-lhes filhos e quem os fez prosperar nesta terra. Talvez você esteja achando esse texto apelativo, com um tom vingativo, mas não é, ate porque Deus continua sendo Deus quer sua família esteja ou não aos pés dEle, mas e sua família, o que seria/será dela sem Deus? 

Talvez Eva considerava-se apenas uma “ajudadora” no sentido pejorativo em que muitas consideram (inferior) e por não fazer uso da sabedoria comprometeu toda  sua descendência. Mas Deus mostrou o quão importante é a mulher para o reino dEle pois foi uma mulher que Ele usou para que Seu filho viesse ao mundo e o salvasse. “E conheceis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32), este engano de que há diferença de valor entre homem e mulher já foi caído por terra, mas agora é preciso tratar o seu orgulho, a sua soberba, a sua vaidade que ainda sustenta tudo isso, mas isso, infelizmente, cabe a você fazer. Ore ao Senhor, peça a Ele direção, peça a Ele que tire o sofisma de seus olhos, que abra os seus ouvidos, os seus olhos para que você possa ver a dimensão do propósito que Ele preparou a você e sua família, e principalmente ao invés de criticar ou desestimular o seu companheiro, peça ao Senhor que a capacite e a motive para ser uma ajudadora de excelência, lembrando que tudo o que é feito na obra do Senhor não são para homens, tão pouco para o seu homem, mas sim, para Deus.  

sexta-feira, 13 de março de 2015

Forte e Corajosa – Ester a rainha judia







“E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti”. (Ester 2:17)

“Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”, Calma, eu não me enganei de texto ao postar no blog, esse é o devocional desta semana. Quem nunca pronunciou essa expressão, no mínimo, já ouviu alguém falar, ela é dita naquelas situações onde as circunstâncias não aparentam ser nada favoráveis e nem boas. O post de hoje vai falar como lidar em situações assim onde podemos nos comprometer e ser prejudicadas independente da escolha que fizermos. Nesse mês dedicado a estudos das mulheres da bíblia eis que deparamos com uma mulher forte e corajosa, que teve sabedoria para enfrentar o gigante com as atitudes certas: tomando decisão e posicionamento.  

Ester uma jovem órfã e judia foi criada por seu primo Mardoqueu (Mordecai). Descontente com a atitude de sua esposa, a rainha Vasti, o rei Assuero foi aconselhado a destituí-la do posto de rainha devido ao seu não comprometimento a um chamado do rei durante uma festa que dava aos príncipes e demais homens da região. Assuero foi orientado a eleger uma moça para ocupar o cargo que era de Vasti. Moças jovens e virgens das províncias foram levadas ao palácio do rei, era na verdade o que nos tempos atuais chamamos de um “Concurso de Beleza”, aquela a quem o rei mais se agradasse receberia a coroa de rainha. 

O rei se agradou de Ester, que orientada por Mardoqueu não revelou sua origem judia. Mas dentro do palácio do rei, Ester tinha um inimigo, quer dizer o povo judeu tinha um inimigo, Hamã, ministro do rei que o convenceu a assinar um decreto que extinguiria todo o povo judeu, alegando que essa gente não respeitava leis e nenhuma autoridade. Hamã agira assim devido sua fúria contra Mardoqueu que não curvava diante dele, quando descobriu que ele era um judeu, resolveu vingar de todo o povo, porém ele não sabia que a rainha era judia. Mardoqueu procurou Ester no palácio para que ela tomasse conhecimento da situação em que os judeus encontravam e pediu um posicionamento. Ester não via saída e não sabia como poderia agir diante daquela situação, pois precisava agir com urgência e naquela época, aparecer diante do rei sem ser chamado por ele, era um crime com pena de morte: “Todos os servos do rei, e o povo das províncias do rei, bem sabem que todo o homem ou mulher que chegar ao rei no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu nestes trinta dias não tenho sido chamada para ir ao rei”. (Ester 4:11). Que situação estava a rainha Ester! Se fosse ao rei Assuero poderia ser condenada a morte, mas se não tomasse nenhuma providência morreria também, pois ela também era judia, e o rei não poderia poupá-la, pois não pode revogar sua palavra. 

Foi nesse momento que Ester buscou sabedoria no Senhor, ordenou a Mardoqueu que ele e todo o povo judeu jejuassem e orassem por ela. Ester e suas servas jejuaram também. Por três dias estiveram sem comer e beber em consagração antes de Ester ir até o rei. Após esse período, Ester se apresentou ao rei Assuero e declarou que era judia e revelou o plano de Hamã para matar seu povo. O rei tomou a sua causa, o inimigo foi morto e o seu povo ficou livre daquele decreto de morte. 

Quando recebeu a notícia de que todo o povo judeu iria morrer, Ester mostrou-se forte e corajosa, ela não se desesperou, mas se manteve confiante e tomou atitude e posicionamento diante da adversidade. Mesmo com a má notícia, a perseguição, a dor e desespero do seu povo e o medo da morte, a rainha não agiu por impulso, não agiu com suas próprias forças, mas buscou primeiramente a Deus, mobilizou todo o seu povo a orar e jejuar juntos por um único propósito, usou de sabedoria e confiou em Deus, essa confiança fez com que ela se apresentasse diante do rei com fé e esperança crendo que um milagre iria reverter a sua situação e a do seu povo. 

O que mais chama a atenção na história de Ester era que segundo a bíblia ela era muito bonita, ela foi a eleita do rei, e em nenhum momento usou isso como atributo para convencê-lo, não se deixou levar pela soberba ou vaidade para alcançar o fim que desejava, antes colocou-se inteiramente na dependência de Deus. Essa história vai à contra mão da realidade de muitas mulheres nos dias de hoje que listam atributos e qualidades que podem levá-las a conquistar tudo o que desejarem, agem por impulso e comprometem não somente a si mesma, mas também sua família, seus amigos e quem estiver em sua volta. A história de Ester é um convite para buscarmos mais em Deus antes de tomarmos decisões. Buscar e esperar em Deus não significa inabilidade, mas, sim sabedoria, o Senhor sempre responde aos que buscam nEle respostas e dá o direcionamento certo a seguir. Que sejamos todas nós, em Deus, fortes e corajosas, e isso é uma ordem dEle: “Não fui eu que “ordenei” a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar" (Josué 1:9). Mas antes de recebermos a ordem dEle e termos sua companhia precisamos saber qual é a sua direção, e isso só podemos saber, buscando-o.