segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O que fazer quando Ele dorme?





No início da minha caminhada com Jesus passava por um dos períodos mais conturbados da minha vida, já havia apresentado em oração ao Senhor o que necessitava e aguardava o tempo de refrigério, mas nenhuma resposta chegava, numa noite eu parecia estar em uma terrível tempestade e pus-me de joelhos ao chão e gritei ao Senhor: “Jesus, eu sei que o Senhor está no barco mas acorda por favor!” (A oração foi curta, mas o drama deve ter estremecido os céus!) Isso foi tudo o que eu consegui dizer em meio a dor, em seguida eu só chorei.  Ainda bem que o Espírito Santo nos ajuda em nossa fraqueza e intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Graças a Deus!) pois, não sabemos como orar (Romanos 8:26) e então o choro cessou e o Senhor trouxe calma a meu coração. Eu já havia experimentado o cuidado e o amor do Senhor e sabia que Ele era conhecedor das minhas necessidades e que sempre estivera comigo, mas aquele Teu silêncio trazia ainda mais desespero ao meu coração o que dava a impressão de que Ele estivesse dormindo. Dou gargalhadas quando me lembro disso, ainda bem que cada dia é um passo a mais na caminhada com Jesus. Já compartilhei esse testemunho em outro texto que eu escrevi, mas o trouxe de volta para refletirmos sobre o post de hoje: a fé! 

“E aconteceu que, num daqueles dias, entrou num barco com seus discípulos, e disse-lhes: Passemos para o outro lado do lago. E partiram. E, navegando eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento no lago, e enchiam-se de água, estando em perigo. E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, perecemos. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança. E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles, temendo, maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Quem é este, que até aos ventos e à água manda, e lhe obedecem?” (Lucas 8:22-25). No episódio em que Jesus repreendeu a tempestade os discípulos já o seguiam há algum tempo e já haviam testemunhado curas e milagres realizados por Ele diante de seus olhos. Mas ainda assim eles demonstraram fraqueza e medo mesmo tendo a presença do Senhor no barco. Talvez essa atitude dentre tantas outras onde alguns discípulos demonstraram falta de fé nos leva a um conforto quanto aos momentos em que vacilamos em nossa fé também. 

A palavra de Deus diz “Sem fé é impossível agradar a Deus”. É através da nossa fé que Ele age em nosso coração. De onde vem a fé? Como adquirimos mais fé? É Jesus quem nos dá? No livro de Romanos 10:17 Paulo escreveu: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. Enquanto orava em busca de uma fé inabalável fiquei reflexiva sobre esse versículo, pois conheço pessoas que conhecem a bíblia de “cor e salteado” (como elas mesmas dizem) mas dizem que nada mudou na vida deles. “E o ouvir PELA palavra de Deus”. A bíblia é a palavra de Deus, mas o que difere os que a leem e deparam-se apenas como se esta fosse um livro de histórias dos que a tem como uma palavra viva que eficaz, a espada de um cristão com o qual ele guerreia e protege das astutas ciladas do inimigo é a revelação do Espírito Santo de Deus. O próprio Jesus fala que muitas coisas estão encobertas a alguns e muitos têm olhos, mas, não veem, ouvidos mas, não ouvem porque não tem o Espírito Santo em suas vidas, com o qual comunicamos com nosso Deus e Ele comunica-se conosco. É o Espírito Santo quem nos edifica e o alimento deve ser a palavra de Deus. Ele faz nos saber dos planos de Deus às nossas vidas, nos direciona aos propósitos do Criador, nos convence do pecado, nos mentoria e nos conforta nas nossas aflições, Ele nos reveste de autoridade e de poder e nos aproxima de Deus, testificando em nosso coração tudo o que a palavra de Deus diz. Mas o que o que o Espírito Santo de Deus tem a ver com a fé? 

Quando saiu do Egito com os israelitas, Moisés não sabia que iria deparar com o Mar Vermelho e os soldados egípcios perseguindo-os logo atrás. Quando Deus ordenou a Moisés que estendesse seu cajado em direção ao mar, ele obedeceu e passou junto ao povo em terra seca, pois o mar havia sido dividido, ele soube que não fora o seu cajado que fizera aquele milagre. Davi ao oferecer-se para guerrear contra Golias recusando as armaduras que Saul tentou vestir nele e optando por suas próprias armas tinha a convicção de que não seria seu estilingue e tão pouco as cinco pedrinhas que iria derrotar o gigante. Quando Pedro curou o coxo de nascença descrito no livro de Atos 3, ele sabia que não era o que ele havia falado que havia feito com que os pés e os tornozelos do homem firmassem e fizesse com que ele que outrora nem andava, saísse pulando e glorificando a Deus no templo.  

Quando estes homens da bíblia assumiram o compromisso e tomaram a decisão de fazer o que fizeram a confiança deles não estavam em si mesmos, e nem em nenhum objeto de sorte, embora Moisés houvesse recebido um cajado e orientado por Deus quando o estendia algum milagre acontecia, não foi aquele pedaço de madeira quem operou tamanhas maravilhas. O que fizeram com que obtivessem êxito foi a fé deles em Deus. Em Hebreus 11:1 está escrito “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”. “Firme” quer dizer sólido, resistente, resoluto e “fundamento” quer dizer base, alicerce, apoio. Ou seja, a fé é um alicerce resistente, é uma base bem estruturada que não permite abalos.

Quando recebemos o Espírito Santo de Deus temos a convicção de Deus conosco. Em qualquer circunstância podemos contar com Sua presença e que nossas orações chegarão a Deus, pois temos um intercessor no céu, que é Jesus. Mas se Deus recebe nossas orações e confiamos nEle o que acontece quando Ele silencia? Eu perguntava isso ao Senhor, em respostas Ele pediu que eu estruturasse minha base. Como assim? De repente parece que quanto mais perguntas eu fazia mais cheias delas eu ficava, mas de uma coisa tenho certeza, Deus não é Deus de confusão. A prova de que fazemos perguntas demais ao Senhor nos prova que a nossa base (fé) precisa mesmo ser estruturada nEle. Deus então me revelou que as áreas da minha vida em que confiava apenas nEle eu rompia, prosperava e alcançava êxito, mas as áreas da minha vida que eu sempre dava um jeitinho, que eu sempre tinha uma solução, que era tão segura de mim a ponto de sequer orar pedindo Sua confirmação eu “metia os pés pelas mãos”. A minha fé não deve ser naquilo que eu quero que aconteça ou na benção que eu espero do Senhor, o que é um equivoco de muitos cristãos (embora poucos assumam). A minha fé deve ser em Deus. Se eu tenho fé em Deus e sei que Ele é o Deus do impossível e tenho testificado em Sua palavra toda a obra que Ele já fez desde a criação do mundo eu tenho que descansar nEle, pois Ele sabe o que é melhor para mim. Eu espero embora não veja, pois, sei conheço o Deus que me criou, e se por um acaso aquilo que eu esperava não aconteceu e houve frustração da minha parte é porque a minha confiança estava no meu pedido e não em Deus, pois nós sabemos que Deus é bondoso e amoroso, mas sabemos também que Ele é justo e sabe de todas as coisas. Se há frustração, houve abalo e deve ser firmado o alicerce.   

Escrevi sobre isso, pois dias atrás em oração agradecia ao Senhor por não ter me dado o que eu havia pedido há pouco mais de um ano, pois, hoje eu sei que eu não estava preparada para receber aquela bênção. Se eu recebesse na semana passada também não estaria, e tenho a certeza de que só a receberei quando eu estiver de fato preparada. A propósito, o motivo pelo qual agradecia por não ter recebido ainda, era o mesmo pelo qual clamava no testemunho que iniciei este post. Mas o que me fez mudar e me deixou tão segura em Deus assim? Eu estruturei a minha base, aliás, eu pedi ao Espírito Santo de Deus que a estruturasse para mim, o trabalho vem sendo grande, tenho a convicção de que não consigo sozinha (E que bom, pois não ouso tentar). Deus nos dá muito mais do que pedimos e pensamos e é impossível listar tudo o que recebi dEle durante esse período, coisas que nem sabia que existia, tão pouco que eu pudesse ter. Não sejamos como aqueles que têm olhos mais não veem, nós temos o Espírito Santo que quer nos revelar a visão de Deus às nossas vidas, quer nos levar a andar em lugares altos, mas devemos conhecer qual é a altitude de Deus para nós e isso é a fé quem nos impulsiona. Peça ao Senhor para que Ele abra os seus olhos espirituais e contemple o sobrenatural de Deus em sua vida. Ah, e respondendo a pergunta-título deste post: “- O que fazer quando Ele dorme?” Simples: - Descanse! No seu repouso você verás que Ele nunca dorme!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O verdadeiro jejum






“Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?” (Isaías 58:6)


Dentre tantas mudanças que o Senhor fez na minha vida, quebrar o jugo da crítica foi uma das mais fundamentais para o meu crescimento. Nessa área eu fui literalmente quebrada e venho sendo moldada pelo Senhor. Eu era uma pessoa extremamente crítica, para todas as coisas eu tinha que dar a minha opinião ou melhor “meter o bedelho”, com sua licença para o uso da expressão popular. Eu acho linda a forma como Deus trabalha em nossas vidas, de fato o Espírito Santo de Deus é mesmo um “gentleman” pois não entra onde não é convidado. Num certo momento da minha vida comecei a reparar-me em meio a pessoas que olhavam as outras dos pés a cabeça antes mesmo de olhar em seus rostos, me vi em rodas de conversas regadas a risadas maldosas sobre o comportamento de outras pessoas. De repente aquilo tudo começou a incomodar-me de uma forma que nunca havia me incomodado anteriormente. Nesse período eu pude assistir um vídeo de uma ministração cujo tema era “o verdadeiro jejum”, e ali o Senhor confrontou poderosamente o meu coração, levando-me a fazer um propósito caso eu quisesse que Ele trabalhasse aquilo em minha vida.

Raramente uso anéis, então resolvi colocar um anel em meu dedo no tempo estabelecido pelo Senhor para sempre que eu fosse tecer alguma crítica à alguém, mesmo sendo em pensamento, eu olhasse para minha mão e analisasse a fundamentação daquilo que eu pensava e qual era a minha intenção. O problema das nossas ações não são as ações por si mesmas, mas as intenções por trás delas. Deus sonda os nossos corações, ou seja, Ele observa as intenções por trás de cada uma de nossas atitudes, e conduziu-me a sondar meu coração também antes de falar e pensar pelos “cotovelos”. Essa experiência me trouxe muita reflexão sobre minha forma de olhar as pessoas, e percebi o quanto julgava baseando em “pré-conceito” adquirido apenas a partir da minha ótica.

Nenhum fruto nasce senão de uma árvore e nem uma árvore cresce se não tiver criado antes raízes. A crítica excessiva é um fruto, a sua árvore pode ser do "orgulho", da “amargura”, da “rejeição”, da “rebelião” e até mesmo da “autocondenação”, quando a pessoa condena uma atitude sua ou uma situação em que vive e como forma de autonegação busca no outro o mesmo defeito que há em si na tentativa de aliviar o que sente. Pessoas que sofrem com o seu peso acabam atacando quem tem o mesmo peso que ela, há casos de mulheres que sofrem com a infidelidade do marido e refugia-se do seu problema comentando a infidelidade ou comportamento do marido de uma outra. Todo mau comportamento, fruto de uma dessas raízes, requer muita dedicação para ser transformado. Podar os frutos não impede que eles não nasçam de novo é necessário trabalhar na raiz. Na parábola da figueira que não dava fruto contada por Jesus a seus discípulos (Lucas 13:6), o seu dono pediu ao servo que a cortasse, pois, ela era inútil, mas o servo pediu lhe um tempo pois iria “escavar e colocar esterque” em sua raiz, ou seja o problema poderia estar em sua raiz. O mesmo pode ser feito com árvores que não vem dando bons frutos.  O Espírito Santo pode nos mentoriar no papel de escavador retirando a terra que não é fértil e adubando as nossas raízes com a palavra de Deus. E cabe a nós sugá-la para que saiam de nossos ramos novos e bons frutos.  
    
No versículo de Isaías 58:6-12 que inicia esse post Deus diz "Este é o jejum que eu escolhi," e então o recomenda para nós. Nesse jejum Ele não se refere apenas a abster-se de comida, mas de jejuar dos maus sentimentos que habitam dentro de nós, e num tempo determinado, que é no período de toda a nossa vida, com o intuito de soltarmos as correntes da injustiça - quanta injustiça fazemos com nossos julgamentos - desatarmos as cordas do jugo - condenamos as pessoas baseado no nosso ponto de vista - quebramos todos os jugos - assim então poderemos ser de fato usados por Deus para abençoar a vida dessas pessoas, seja com um sorriso, um abraço ou um “Deus Te Ama”, afinal ninguém sabe qual o problema que o outro está passando. Assim como qualquer outro jejum, este não faz diferença para Deus, pois, Ele continua sendo Deus, independente do que nós façamos, mas faz diferença em nossa vida, pois somos libertos, afinal os escravos da crítica não são as suas vítimas, mas, sim os seus críticos. 

Talvez você chegue até aqui e diga “E a liberdade de expressão?”. Calma, ninguém disse para que você deixe de ter suas opiniões a respeito das pessoas, mas, antes de emiti-las e mesmo dar a elas um espaço em sua mente, questione: com que intenção eu faço essa crítica, ela é construtiva ou destrutiva? E então avaliamos se nós gostaríamos de ouvir aquilo, afinal, o que não queremos a nós não devemos fazer com o outro. A palavra de Deus diz em Mateus 7:3 E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” o versículo não fala apenas sobre vermos os defeitos dos outros e ignoramos os nossos, mas é um convite para retirar a trave do sofisma, do orgulho, da vaidade para poder enxergar o outro da forma como ele realmente é. Você já viu alguém pela fresta de uma porta? Não é possível ver a pessoa toda, não é mesmo? Assim também funciona quando tem traves em nossos olhos.  



Se você não se identificou com este texto, pois abomina tal comportamento receba os meus parabéns, isso é o verdadeiro significado da liberdade que não aprisiona os seus pensamentos a coisas que não edificam. Mas se você é excessivamente crítico e acha que isso não afeta sua vida pergunte ao Senhor qual a opinião dEle a respeito desse seu comportamento. Muitos cristãos alegam que a expressão “menos de mim, mais de Ti” é não falar de si e somente de Deus, o que não deixa de ser verdade, mas é também esvaziar de si, retirar todo o entulho do nosso coração substituindo pelos sentimentos que o Senhor quer que tenhamos afinal a boca fala do que está cheio o coração, se nosso coração estiver cheio dos sentimentos e os frutos do Espírito Santo nossas palavras e atitudes irão condizer.  É comum levarmos ao Senhor as nossas petições. Mas Deus quer nos dar bênçãos que realmente façam diferenças em nossas vidas. Talvez aquilo que você pediu ao Senhor já lhe foi entregue, mas você tem que tirar a trave do seu olho para poder enxergar.  

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A Boa, Agradável e Perfeita vontade do Senhor






Uma das maiores dificuldades de adaptação quando me mudei pra Palmas foi ter que abrir mão do hábito de comer pão no final da tarde. Na cidade onde morava, corria até a panificadora todos os dias (bem pertinho de casa) para comprar o pão quentinho do fim de tarde. Infelizmente aqui em Palmas devido à distância e a minha rotina eu não consigo fazer isso. Certo dia ao final do expediente de trabalho, quando estava à porta do prédio onde moro senti o desejo de comer pão, como naquela noite não tinha nenhum outro compromisso fui caminhando até o supermercado do shopping para compra-lo, não é tão perto, mas nem tão longe. É um percurso bom para ir meditando sobre a vida, e como sempre ando com o meu fone de ouvido fui louvando ao Senhor. 

Ao chegar ao supermercado avistei uma fila junto ao compartimento onde se coloca o pão, ao chegar mais próximo vi que restaram ali algumas unidades de pão que provavelmente havia sido colocado horas antes. Perguntei a primeira moça da fila se iria demorar para sair pão quentinho, ela me disse que sairia em 10 minutos. Eu estava cansada e gostaria muito de retornar a minha casa logo, então olhei para o pão que estava naquele compartimento analisando a possibilidade de levá-lo, afinal não era pão velho, só não estava quentinho. Foi nesse instante que veio um homem e fez a mesma pergunta que eu à moça e demonstrando ira em seu rosto devido o tempo que deveria esperar, virou as costas e saiu. Essa sua atitude me fez ficar e esperar pelo novo pão, pois pensei que quando aquele homem chegasse à saída do supermercado o pão já fosse liberado e ele então perderia sua viagem. Imagine só o quanto eu havia andado para comprar pão e por conta de uns minutinhos eu não o levaria quentinho. E foi o que houve cinco minutos depois o pão fora colocado ali. 

Ainda naquela fila lembrei-me do versículo da bíblia que diz: E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2). Às vezes fazemos nossas petições a Deus e Ele nos leva ao lugar de receber a benção, mas a nossa ansiedade não nos permite esperar, muitas pessoas aguardam com dúvida no coração se valerá de fato a pena aquela espera e outras por saber que levará algum tempo simplesmente vira as costas recusando aquilo que Deus preparou para sua vida. O versículo mencionado no livro de Romanos fala da vontade de Deus à nossa vida. Sua vontade é boa, perfeita e agradável. Isso me leva ao primeiro capítulo do primeiro livro da bíblia: Gênesis 1, onde é relatado como Deus criou o mundo, repare no que fez Deus ao final de cada dia. “E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom”. (Gênesis 1:12); “E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom”. (Gênesis 1:16-18); E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom. (Gênesis 1:21); “E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom”. (Gênesis 1:25);”E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. (Gênesis 1:27);”E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto”. (Gênesis 1:31).

Reparem que a cada dia Deus considerou “bom” a criação do respectivo dia, mas foi somente no dia sexto quando tudo fora criado, céu, terra, mares, animais, árvores, homem e mulher que Ele disse “muito bom”! Deus não se referia apenas a criação do sexto dia, Ele olhou toda a obra e disse que havia ficado “muito” bom, Ele reconheceu cada feito de cada dia para depois descansar com aquilo que havia criado, Ele não parou antes de concluí-la mas teve sempre a convicção de que o que estava fazendo era bom. Uma grande obra está sendo feita por Deus em sua vida, a cada crescimento, a cada passo seu, a cada conquista Ele está falando: “está bom”! Ainda faltam algumas áreas a serem moldadas, recriadas (arrancar o velho para fazer o novo) para então Ele dizer “está muito bom”. O problema do cristão é querer ser nova criatura é continuar a ver as coisas com olhos humanos, é querer viver os planos de Deus em sua vida, mas, não transforma o seu entendimento, quer colher os frutos espirituais, mas, adubando sua árvore com “estrume” (adubo de animal) e não com a fé. Com isso pode até experimentar a boa vontade de Deus, sim a vontade permissiva, mas não experimentará a Sua vontade soberana, que não é apenas boa, mas é agradável e perfeita. 

Já viu uma criança mudar sua idade de cinco a quinze ou vinte anos do dia para noite? Lógico que não, pois isso não acontece, e que estranho seria se acontecesse! “Tudo fez Deus formoso em seu tempo” (Eclesiastes 3:11). Enquanto aguarda o cumprimento da promessa de Deus em sua vida vá buscar conhece-Lo mais, obedecê-Lo e andar segundo a Tua palavra, pois é ela quem traz o crescimento. Deus não é Deus de obras inacabadas, Ele sempre conclui o que Ele começa, mas você pode colaborar entregando-se sem reservas a Ele. “Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Filipenses 1:6). 

E quanto a história mencionada no início deste post, sim, valeu a pena o percurso que fiz e também esperar os minutinhos, pois, o pão estava uma delícia! A vontade era tamanha que comi pelo caminho antes mesmo de chegar em casa (sem comentários!). Deus tem delícias para lhe dar ainda no percurso de seu caminho (nesta vida) antes de sua chegada em Sua casa (no céu). Não se amolde ao padrão deste mundo do “express” do “fast food”, isso pode funcionar com o alimento físico mas não com o alimento espiritual. Jesus é o caminho, Ele é o pão da vida “Quem de mim se alimenta, também viverá por mim” (João 6:57).