quinta-feira, 7 de maio de 2015

Corajosa e confiante em Deus - O legado de Joquebede






Joquebede era hebreia, filha de Levi, um dos filhos de Israel, e, vivia no Egito. Havia passado muitos anos desde a morte de José e da primeira geração de seu povo que entrou no Egito. Os filhos de Israel multiplicaram e tornaram-se muito fortes e poderosos a ponto de incomodar o novo rei, que havia sido levantado no Egito, e que não conhecia a história de José. Com medo de que todos voltassem contra a nação e saíssem da terra, fez-lhe seus escravos. Os egípcios afligiam aos filhos de Israel, mas eles ficavam cada vez mais fortes. Vendo que nada enfraquecia aquela gente o rei resolveu interferir em sua reprodução, na nova geração. Ele ordenou às parteiras que ao realizar partos das mulheres hebreias, caso o bebê fosse menino, elas deveriam matá-los, somente menina deveria ser conservada viva, porém elas eram tementes a Deus e inventaram uma desculpa ao rei para não cometer nada que fosse contrário aos princípios do Criador. Não satisfeito, o rei instituiu que todos os filhos que nascessem fossem lançados no rio para que morressem. 

Uma dessas mulheres a dar a luz nessa época foi Joquebede, mãe de Moisés. Vendo o quão formoso ele era, o escondeu por três meses.  Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio” (Êxodo 2:3). Joquebede ordenou a sua filha que vigiasse a cesta para ver o que iria acontecer com a criança. Logo em seguida, a filha de Faraó que foi lavar-se no rio, viu a arca e pediu uma de suas criadas para apanhá-la. Quando viu que era uma criança, a moça entendeu que se tratava de um bebê de uma hebreia, e então usou de misericórdia e acolheu a criança. A irmã de Moisés, Miriã, que avistava de longe, correu em direção à moça, e se ofereceu para ir em busca de uma mulher que pudesse cuidar do bebê para ela, e então retornou com sua mãe, Joquebede. Sem saber que se tratava da mãe da criança, a filha do faraó a contratou para cuidá-lo. Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o.E, quando o menino já era grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado” (Êxodo 2:9,10). Nessa passagem de Êxodo 2, duas situações saltam aos olhos ao ler todo o capítulo: a cesta onde Moisés foi colocado, e, os anos em que Moisés foi criado por Joquebede antes de ir morar no palácio com a filha de Faraó. 

Os meninos deveriam ser jogados no rio para que morressem, segundo a ordem do rei. Moisés fora lançado no rio por sua mãe, mas não fora lançado de um jeito qualquer, ela preparou uma cesta e a revestiu de barro e betume para que não entrasse água dentro dela e dentro desta cesta colocou-lhe. Vivemos em uma sociedade onde as pessoas já esperam que o pior aconteça, as crianças já estão vivenciando coisas que não são para elas viverem e muitos pais alegam que elas devem ter contato com a realidade, e que é bom que saibam o que se passa no mundo desde novas, pois saberão lidar com isso ao crescerem. O rio era a realidade de Moisés, assim como todos os meninos que nasceram das mulheres hebreias, e foi no rio onde ele foi parar, mas Joquebede usou de sabedoria e preparou o lugar onde colocaria o seu filho, refez a cesta, mudou sua estrutura para abrigá-lo de forma segura sem que as águas do rio Nilo comprometesse sua  vida.  

Não é porque o álcool, as drogas, a prostituição, o homossexualismo é a realidade do mundo que devemos lançar nossos filhos a esse meio, alegando ser esta a realidade e que ele deve conhecê-la. Mas devemos revesti-los contra tudo o que foge aos princípios da Palavra de Deus, revestir não é impedir que eles convivam ou conheçam acerca destes, até porque, não é possível criar os nossos filhos em lugares isolados, vivemos em sociedade para nos relacionar e num país laico. Esse revestimento não é uma criação em casca de ovo, mas uma educação pautada nos princípios da Palavra de Deus e tempo dedicado em jejum e oração por suas vidas. Talvez você tenha se espantado ao ler no inicio deste paragrafo sobre o álcool, as drogas, a prostituição, e deva pensar que tudo isso é uma viagem, pois ninguém submeteria um filho a essas condições. Mas a que seu filho tem acesso? Quais são os lugares onde você o tem levado? Você permite que seu filho assista a novelas e programações impróprias a sua idade? Qual conteúdo tem sido ensinado a essa criança? 

A personalidade de uma criança é desenvolvida durante os cinco primeiros anos de sua vida. Moisés, em seus primeiros anos de vida fora criado no meio do seu povo e somente depois que já estava crescido foi morar no palácio de Faraó. Nesse período, Joquebede ensinou-lhe a cultura de seu povo e ensinou-lhe a respeitá-lo. Joquebede, embora a bíblia mencione o seu nome pouquíssima vez, demonstra o comprometimento de uma mãe na formação da personalidade de seu filho independente do lugar para onde ele irá. Se Moisés tivesse sido criado pela filha de Faraó ainda bebê no palácio do rei, provavelmente não teria sido o escolhido por Deus, pois embora tivesse sangue hebreu, não tinha relacionamento e tão pouco, conhecimento acerca de sua gente e de suas origens, tornaria – se igual aos demais egípcios. Mas Joquebede fez questão de ensiná-lo de acordo com os princípios do povo dos filhos de Israel, que era temente a Deus e não dos egípcios que eram idólatras.  

O que Joquebede ensinou a Moisés em seus primeiros anos de vida foi essencial à formação do seu caráter e de sua personalidade e foi isso que o fez instrumento do Senhor. Já ouvi mães dizer “Queria que meu filho agisse assim, soubesse de tais coisas ou comportasse de modo tal, mas ele ainda é pequeno não adianta ensiná-lo. Vou espera-lo crescer”. E vai ficar esperando, e vai ficar desejando. A criança é ensinável desde os seus primeiros minutos de vida, tudo o que lhe for apresentado desde a saída do ventre de sua mãe é aprendizado à sua vida. Mas o que falta é comprometimento com o ensino, com a educação da criança, vivemos em um tempo em que tudo é terceirizado, e, muitas mães terceirizam até aquilo que é de responsabilidade delas, tentam transferir à escola, à igreja, ao pastor, e se exime da responsabilidade dada a ela por Deus na vida de seu filho, deixando lacunas, que podem ser preenchidas de forma que venha a comprometer a formação do caráter desta criança. 

Não crie seu filho para o mundo, mas crie-o para a vida eterna. Não o ensine como se o mundo, o rio, o palácio fosse o alvo de sua vida, mas o ensine no caminho da salvação tendo sempre como alvo, Cristo. Talvez seja um texto duro para um mês tão especial em comemoração ao dia das mães. Mas vamos a parte mais linda desse estudo, a confiança de Joquebede, pois se ela revestiu tão bem seu filho, é porque ela sabia que algo muito especial iria acontecer na vida dele, ela teve fé, e confiou no Senhor. Vamos fazer a nossa parte, vamos buscar no Senhor estratégias para falar dEle e de seu amor aos nossos filhos, e então poderemos descansar, pois se as estratégias vem dEle, o resultado é Ele quem dará.  Que o Senhor nos presenteie com sabedoria que vem do alto e encha-nos do conhecimento da Sua vontade para que sejamos mães segundo o coração de Deus.



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