sexta-feira, 29 de maio de 2015

Lóide – Discipulando gerações


Se pelos seus frutos se conhece uma árvore, não precisamos buscar tanto a respeito da vida de Lóide, a quem o apóstolo Paulo menciona em uma de suas cartas na bíblia como uma mulher que “tem uma fé não fingida” (1Tm1:5). Lóide, para quem não sabe, era a mãe de Eunice, que era a mãe de Timóteo, um servo fiel a quem Paulo se referia como “meu verdadeiro filho na fé”.

Paulo não poupou elogios a Timóteo por seu conhecimento bíblico, e fez questão de destacar a influência positiva de sua avó e de sua mãe na formação de sua conduta moral. O interesse do apóstolo em levar consigo Timóteo para pregar o evangelho foi porque as pessoas que o conhecia davam bom testemunho de sua conduta, pois, o jovem tinha uma formação e um caráter formado nos princípios cristãos.   

Embora Lóide fosse avó de Timóteo vemos a influência dela na educação do jovem, pois como relata Paulo “a fé habitou primeiro em Lóide, avó de Timóteo, depois em sua mãe, Eunice”. A bíblia diz que “a fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus” (Rm 10:17). A matriarca da família educou sua filha falando da palavra de Deus, e quando Eunice tornou-se mãe transmitiu a seu filho a mesma educação que havia recebido. Esse é um ato de “passar o bastão”, é ter o compromisso não apenas com uma vida, um filho, mas, com toda a sua geração. A oração, a meditação nos textos bíblicos era regra diária na vida dessa família. Timóteo cresceu “respirando Bíblia”. A casa onde o jovem cresceu era um terreno fértil, adubado pela palavra de Deus, e a semente plantada por Lóide brotou e fez de Timóteo um continuador da obra de Paulo.

A palavra de Deus diz: “Ensina a criança o caminho que ela deve seguir e quando for velho não desviará dele” (Pv 22:6).  O que você tem ensinado a seus filhos? Qual tipo de educação tem dado a eles? A semente do seu ensino vai gerar bons frutos no futuro deles? Os lugares que tem frequentado junto com eles, são os lugares que você gostaria que no futuro eles frequentassem e que levasse os filhos deles? Como são suas conversas em casa? O que atiça a curiosidade de seu filho e como você responde às indagações dele? Como está sendo feito o alicerce do caráter e da conduta de seu filho?


Jesus Cristo deve ser a rocha onde esse alicerce deve ser construído e a bíblia, o manual, nela tem uma infinidade de sabedoria acerca de caráter, ensino, respeito e amor ao próximo, entre tantos outros assuntos que envolvem um relacionamento entre pais e filhos e podem auxiliar na formação de sua conduta. Sempre que tiver dificuldade em alguma área em relação a educação de seu filho, chame-o mostre o que está escrito na palavra de Deus acerca daquele assunto, eduque-o pautado na palavra de Deus para que ele cresça em temor à esta palavra, tornando –se um homem íntegro e que dará bons testemunhos assim como foi o jovem Timóteo. 

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Santa e Submissa - Maria a mãe de Jesus






Imagine-se no meio dos preparativos de sua festa de casamento e de repente você descobre que está grávida, a surpresa é maior, pois você é virgem, nunca conheceu homem algum. E como diz o jargão nas redes sociais, surpresa pouca é para os fracos, você é muito forte e descobre que está grávida do Filho de Deus. Mas daí você cai da cama e acorda. Sufoco hem, ainda bem que ninguém pôde ver seu rosto, pois, está diante da tela do computador, mas com certeza se embarcou nessa história, o seu semblante ficou bem assustado, não é mesmo?

Isso aconteceu de verdade, há mais de dois mil anos atrás, a jovem Maria soube que estava grávida do Filho do Deus Altíssimo através de um anjo, e, diferentemente do relato do início deste post, Maria não acordou, pois, nem bem dormira. Maria estava noiva de José, e iriam casar muito em breve. A bíblia conta que José, que era um homem muito justo, para não infamar Maria, planejava deixá-la secretamente. Mas um anjo apareceu-lhe em sonho testificando que o que havia sido gerado em Maria era fruto do Espírito Santo. Ele permaneceu com ela, casaram-se e não a tocou até o nascimento de Jesus.  

Jesus crescia, e se fortalecia no Espírito, cheio de sabedoria, e, a graça de Deus estava com Ele. Todos os anos seus pais iam à Jerusalém à festa da Páscoa. Quando completou doze anos, Jesus foi também, mas ao retornarem notaram que Jesus não estava com nenhum deles, depois de procurá-lo por três dias, o casal o encontrou no templo conversando com os doutores e ensinando-os, todos ficaram maravilhados com a sua inteligência. A bíblia relata que Maria perguntou a Jesus porque havia feito isso com eles, e o menino respondeu lhes: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? (Lucas 2:49. Eles não compreendiam o que Jesus dizia, mas, Maria guardava todas aquelas palavras em seu coração. 

Maria guardava as palavras de Jesus e suas atitudes em seu coração pois sabia que Ele era a promessa da redenção, Ele era o Messias, o Salvador, o Libertador do povo de Israel. Mas sua discrição e obediência fizeram com que os planos do Senhor cumprisse no tempo determinado por Deus. Maria tinha um coração de serva, e guardou a promessa em Seu coração até que o Messias fosse revelado. Durante todo o ministério de Jesus, ela esteve do seu lado, e mesmo quando tentou induzi-lo a fazer sua vontade quando estiveram juntos na boda de Caná, quando faltou vinho, Maria recolheu-se, obedecendo ao tempo da manifestação do poder de Deus através de seu filho. 

Maria muito nos ensina em sua dedicação, em sua humildade, em sua santidade e dedicação ao Senhor. Ela nos ensina a sermos colaboradores de Deus para o cumprimento da promessa na vida de nossos filhos, mas algumas podem questionar, era muito fácil ser mãe de Jesus, Ele era Deus. A mãe do menino Deus tinha que ter um coração muito submisso a Ele para que a promessa se cumprisse. Ela o educou de acordo com a vida que tinha, não fez esforços que comprometesse sua condição social, mesmo sabendo que Ele era o Filho de Deus, o pôs para trabalhar e aprender o ofício de seu pai José. Maria poderia tirar proveito de Jesus e no momento da fome cobrar-lhe para que transformasse pedra em pão, mas não, ela foi uma mãe segundo o coração do Senhor, pois permitiu ser moldada por Deus, confiando nEle a todo instante quanto a forma de educar e instruir seu filho durante o seu crescimento.  Que sejamos inteiramente dependentes do Senhor na educação de nossos filhos, que sejamos suas incentivadoras e apoiadoras do projeto de Deus em suas vidas, que sejamos companheiras ensinando lhes a viver de maneira humilde em obediência e submissão ao Senhor.  

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Ana - oração e gratidão





Essa é sem dúvida uma das histórias mais lindas da bíblia, Ana motiva a todos por ser um exemplo de fé e confiança em Deus. Ana era casada com o apaixonado Elcana. Que mulher não deseja ter ao seu lado um homem que a ame assim? Mas Ana tinha uma amargura na alma, ela era estéril. Elcana também era casado com Penina, com quem tinha filhos, que  zombava de Ana devido a sua esterilidade. As circunstâncias e o diagnóstico que apontava à sua incapacidade física de dar a luz filhos fez com que Ana colocasse toda sua esperança aos pés do Senhor. Como era comum naquela época os povos subiam ao santuário de  Siló para adorar ao Senhor e Ana derramava o seu coração aos pés dEle. Certa vez, enquanto Ana orava, o sacerdote Eli a repreendeu pensando que estivesse bêbada, pois mexia somente os lábios em sua oração. “Porém, Ana respondeu: Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito, nem vinho nem bebida forte tenho bebido, porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor” (1 Samuel 1:15). “Então respondeu Eli: Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste” (1 Samuel 1:15). Depois disso, Ana seguiu o seu caminho, seu semblante não era mais triste. Ela que estava há dias sem comer, voltou a se alimentar. Antes de retornar para casa, Ana adorou ao Senhor. Embora, a sua condição continuasse a mesma, Ana creu em seu coração que o seu clamor havia chegado ao Senhor, e que Ele iria abençoá-la e celebrou, adorando-O e louvando-O como ação de graça. A bíblia conta que ao chegar em casa, Ana e Elcana estiveram juntos e o Senhor “se lembrou” de Ana e a abençoou, e ela concebeu um menino, cujo nome, Samuel, que significa “Pedido ao Senhor”. 

Ana sem dúvida deveria ser uma mulher muito especial, pois seu esposo a amava muito, Elcana fazia todas as suas vontades e não economizava em agradar sua esposa. Mas, e diante de Deus, o que a fez tão especial aos olhos do Criador? A primeira qualidade de Ana, era a sabedoria, ela buscou recurso onde se podia encontrar. A segunda, ela restaurou a sua aliança com o Senhor ao fazer um voto com Ele. Talvez você questione, é necessário prometer algo a Deus para que Ele nos abençoe? Não, claro que não, até porque nada do que façamos ou entregamos ao Senhor recompensa Sua misericórdia e a Sua abundante graça em nossas vidas. Ana teve o discernimento e compreendeu que os filhos são do Senhor, portanto devem ser entregues a Ele, o voto foi na verdade um reconhecimento de Ana a respeito da aliança que todos nós temos com Deus, e, em sua oração, ela submeteu-se ao Senhor para honrá-la. Terceira, confiou em Deus, ela creu que o Senhor ouviu a sua oração, pois sabia que Deus está atento ao clamor de seus filhos, e antes mesmo de testificar a benção já celebrou. Ana não duvidou da fidelidade de Deus.  

Busca, Aliança e Confiança são características de uma mãe diante do Senhor. Embora nessa passagem Ana ainda não tivesse filho, porém, a maternidade já era um desejo vivo em seu coração, ela nos ensina sobre oração, busca, submissão e confiança em Deus. Busca. Algumas mães ao enfrentar problemas em casa com os seus filhos compartilham com outras pessoas, nada contra em compartilhar a dor ou um momento difícil que estamos passando com outras pessoas, mas desde que sejam pessoas ou amigos que possam colaborar e nos acrescentar algo que possa nos edificar e nos auxiliar na resolução do problema. Mas o que é comum, são mães que buscam pessoas para desabafar, saem comentando assuntos inerentes aos problemas em casa com o intuito de desabafar para sentirem-se melhores, como se sair falando dos problemas de sua casa e de sua família a terceiros fosse resolvê-los. Faça como Ana, vá direto à fonte que pode lhe dar recursos para vencer essa guerra, vá aos pés do Senhor, ore, chore diante daquele que pode colher suas lágrimas e ouvir o seu coração. Não há um que se quebranta diante de Deus que não receba o refúgio, refrigério, direção e cura. Ele não nos deixa voltar vazios. Ele toma o nosso jugo e nos entrega o Seu, que é suave e leve. 

Aliança. Tudo fez Deus para o seu louvor. Tudo que pertence a terra pertence ao Senhor, foi Ele que tudo fez. A família é projeto de Deus e os filhos Sua herança. Essa é a aliança estabelecida por Deus conosco, fomos criados e mesmo depois da queda do homem com o pecado, fomos resgatados, somos dEle, pertencemos a família dEle, Ele é nosso Pai, o qual devemos ser submissos, neste caso, entendendo que somos filhas de um Deus que é fiel,  devemos, no mínimo, sermos fiéis a Ele. Se quisermos Sua fidelidade devemos ser fiéis também.   Muitas mães em seus anseios para que seus filhos tornem-se melhores em tudo, colocam neles todas as suas expectativas em relação ao futuro, profissões, posições e não se importam com o que o Senhor quer de seus filhos, muitas mães levam os seus filhos à caminhos que não são do Senhor, desviando lhes do propósito de sua criação. Devemos honrar a nossa aliança com Deus consagrando a Ele os nossos filhos, pois a vontade dEle em nossa vida e na vida de nossos filhos é melhor que qualquer sonho ou planejamento nosso. 

Confiança. Quem espera confia, e quem confia, espera. A fé é a certeza do que não pode se ver, crer que Deus guerreia nossas batalhas nos dá a convicção de que tudo o que apresentarmos diante dEle em relação aos nossos filhos serão ouvidos e atendidos segundo a Sua vontade, pois Ele sabe o que realmente eles precisam. Muitas vezes julgamos a Deus baseado em nós mesmos, no nosso caráter de natureza pecaminosa, e duvidamos do seu agir. Mas Deus não é fiel porque cremos nEle, Ele é fiel porque Ele é Deus. Essa é a Sua natureza. 

Ana foi abençoada e gerou a Samuel, este foi levado ainda criança para servir ao Senhor no templo junto ao sacerdote Eli. Era menino quando ouviu pela primeira vez a voz de Deus, e foi seu servo de excelência, dedicado totalmente aos propósitos de Deus. Samuel foi o último dos juízes e o primeiro dos profetas, foi ele quem ungiu o primeiro rei de Israel, Saul e ungiu também a Davi, embora tenha morrido antes que este assumisse o reinado. Quando foi entregar Samuel no templo, Ana fez a mais bela oração de adoração ao Senhor em ação de graças registrada na bíblia. O mesmo caminho que ela percorreu para apresentar sua petição, ela percorreu para apresentar sua gratidão. Quantas já percorreram o vale da sombra da morte orando e clamando a Deus por seus filhos (ora nas drogas, ou no leito de um hospital, numa doença, ou até mesmo na rebeldia, nos vícios ou prostituição), mas ao chegar a pastos verdejantes nem se lembrou de glorificá-lo. Ele está conosco no vale, Ele quem nos traz o refrigério. Que assim como Ana, nós saibamos ser mães gratas ao Senhor, sua gratidão fez com que ela fosse abençoada ainda mais, pois, depois que deu luz à Samuel, ela teve mais três filhos. Que sejamos mães graciosas, confiantes e submissas ao Senhor. Ele honra a nossa busca e o nosso clamor.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Corajosa e confiante em Deus - O legado de Joquebede






Joquebede era hebreia, filha de Levi, um dos filhos de Israel, e, vivia no Egito. Havia passado muitos anos desde a morte de José e da primeira geração de seu povo que entrou no Egito. Os filhos de Israel multiplicaram e tornaram-se muito fortes e poderosos a ponto de incomodar o novo rei, que havia sido levantado no Egito, e que não conhecia a história de José. Com medo de que todos voltassem contra a nação e saíssem da terra, fez-lhe seus escravos. Os egípcios afligiam aos filhos de Israel, mas eles ficavam cada vez mais fortes. Vendo que nada enfraquecia aquela gente o rei resolveu interferir em sua reprodução, na nova geração. Ele ordenou às parteiras que ao realizar partos das mulheres hebreias, caso o bebê fosse menino, elas deveriam matá-los, somente menina deveria ser conservada viva, porém elas eram tementes a Deus e inventaram uma desculpa ao rei para não cometer nada que fosse contrário aos princípios do Criador. Não satisfeito, o rei instituiu que todos os filhos que nascessem fossem lançados no rio para que morressem. 

Uma dessas mulheres a dar a luz nessa época foi Joquebede, mãe de Moisés. Vendo o quão formoso ele era, o escondeu por três meses.  Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio” (Êxodo 2:3). Joquebede ordenou a sua filha que vigiasse a cesta para ver o que iria acontecer com a criança. Logo em seguida, a filha de Faraó que foi lavar-se no rio, viu a arca e pediu uma de suas criadas para apanhá-la. Quando viu que era uma criança, a moça entendeu que se tratava de um bebê de uma hebreia, e então usou de misericórdia e acolheu a criança. A irmã de Moisés, Miriã, que avistava de longe, correu em direção à moça, e se ofereceu para ir em busca de uma mulher que pudesse cuidar do bebê para ela, e então retornou com sua mãe, Joquebede. Sem saber que se tratava da mãe da criança, a filha do faraó a contratou para cuidá-lo. Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o.E, quando o menino já era grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado” (Êxodo 2:9,10). Nessa passagem de Êxodo 2, duas situações saltam aos olhos ao ler todo o capítulo: a cesta onde Moisés foi colocado, e, os anos em que Moisés foi criado por Joquebede antes de ir morar no palácio com a filha de Faraó. 

Os meninos deveriam ser jogados no rio para que morressem, segundo a ordem do rei. Moisés fora lançado no rio por sua mãe, mas não fora lançado de um jeito qualquer, ela preparou uma cesta e a revestiu de barro e betume para que não entrasse água dentro dela e dentro desta cesta colocou-lhe. Vivemos em uma sociedade onde as pessoas já esperam que o pior aconteça, as crianças já estão vivenciando coisas que não são para elas viverem e muitos pais alegam que elas devem ter contato com a realidade, e que é bom que saibam o que se passa no mundo desde novas, pois saberão lidar com isso ao crescerem. O rio era a realidade de Moisés, assim como todos os meninos que nasceram das mulheres hebreias, e foi no rio onde ele foi parar, mas Joquebede usou de sabedoria e preparou o lugar onde colocaria o seu filho, refez a cesta, mudou sua estrutura para abrigá-lo de forma segura sem que as águas do rio Nilo comprometesse sua  vida.  

Não é porque o álcool, as drogas, a prostituição, o homossexualismo é a realidade do mundo que devemos lançar nossos filhos a esse meio, alegando ser esta a realidade e que ele deve conhecê-la. Mas devemos revesti-los contra tudo o que foge aos princípios da Palavra de Deus, revestir não é impedir que eles convivam ou conheçam acerca destes, até porque, não é possível criar os nossos filhos em lugares isolados, vivemos em sociedade para nos relacionar e num país laico. Esse revestimento não é uma criação em casca de ovo, mas uma educação pautada nos princípios da Palavra de Deus e tempo dedicado em jejum e oração por suas vidas. Talvez você tenha se espantado ao ler no inicio deste paragrafo sobre o álcool, as drogas, a prostituição, e deva pensar que tudo isso é uma viagem, pois ninguém submeteria um filho a essas condições. Mas a que seu filho tem acesso? Quais são os lugares onde você o tem levado? Você permite que seu filho assista a novelas e programações impróprias a sua idade? Qual conteúdo tem sido ensinado a essa criança? 

A personalidade de uma criança é desenvolvida durante os cinco primeiros anos de sua vida. Moisés, em seus primeiros anos de vida fora criado no meio do seu povo e somente depois que já estava crescido foi morar no palácio de Faraó. Nesse período, Joquebede ensinou-lhe a cultura de seu povo e ensinou-lhe a respeitá-lo. Joquebede, embora a bíblia mencione o seu nome pouquíssima vez, demonstra o comprometimento de uma mãe na formação da personalidade de seu filho independente do lugar para onde ele irá. Se Moisés tivesse sido criado pela filha de Faraó ainda bebê no palácio do rei, provavelmente não teria sido o escolhido por Deus, pois embora tivesse sangue hebreu, não tinha relacionamento e tão pouco, conhecimento acerca de sua gente e de suas origens, tornaria – se igual aos demais egípcios. Mas Joquebede fez questão de ensiná-lo de acordo com os princípios do povo dos filhos de Israel, que era temente a Deus e não dos egípcios que eram idólatras.  

O que Joquebede ensinou a Moisés em seus primeiros anos de vida foi essencial à formação do seu caráter e de sua personalidade e foi isso que o fez instrumento do Senhor. Já ouvi mães dizer “Queria que meu filho agisse assim, soubesse de tais coisas ou comportasse de modo tal, mas ele ainda é pequeno não adianta ensiná-lo. Vou espera-lo crescer”. E vai ficar esperando, e vai ficar desejando. A criança é ensinável desde os seus primeiros minutos de vida, tudo o que lhe for apresentado desde a saída do ventre de sua mãe é aprendizado à sua vida. Mas o que falta é comprometimento com o ensino, com a educação da criança, vivemos em um tempo em que tudo é terceirizado, e, muitas mães terceirizam até aquilo que é de responsabilidade delas, tentam transferir à escola, à igreja, ao pastor, e se exime da responsabilidade dada a ela por Deus na vida de seu filho, deixando lacunas, que podem ser preenchidas de forma que venha a comprometer a formação do caráter desta criança. 

Não crie seu filho para o mundo, mas crie-o para a vida eterna. Não o ensine como se o mundo, o rio, o palácio fosse o alvo de sua vida, mas o ensine no caminho da salvação tendo sempre como alvo, Cristo. Talvez seja um texto duro para um mês tão especial em comemoração ao dia das mães. Mas vamos a parte mais linda desse estudo, a confiança de Joquebede, pois se ela revestiu tão bem seu filho, é porque ela sabia que algo muito especial iria acontecer na vida dele, ela teve fé, e confiou no Senhor. Vamos fazer a nossa parte, vamos buscar no Senhor estratégias para falar dEle e de seu amor aos nossos filhos, e então poderemos descansar, pois se as estratégias vem dEle, o resultado é Ele quem dará.  Que o Senhor nos presenteie com sabedoria que vem do alto e encha-nos do conhecimento da Sua vontade para que sejamos mães segundo o coração de Deus.